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REFLEXÃO

O amor do Cristo

Da edição de agosto de 2006 dO Arauto da Ciência Cristã


A Bíblia e Ciência e Saúde caminham juntos como dois lados de uma mesma moeda. Mary Baker Eddy ordenou esses dois livros como o Pastor d' A Igreja Mãe (Manual da Igreja Mãe, p. 58). Tal como outros Cientistas Cristãos, John M. Tyler, de Pittsburgh, no estado da Pensilvânia, Praticista em tempo integral e Professor de Christian Science, volve-se continuamente a esse Pastor em busca de inspiração, orientação, paz, salvação e cura para todo tipo de problemas. Não apenas para ele, mas também para outras pessoas que solicitam tratamento pela Christian Science.

John Tyler defendeu sua tese de doutorado na Universidade de Princeton, sobre a construção da União Européia após a Segunda Guerra Mundial. Fluente em francês, o Sr. Tyler estudou diplomacia no "Sciences Po" – Instituto de Estudos Políticos, em Paris, como preparação para entrar no Serviço de Relações Exteriores dos Estados Unidos.

Hoje, a ligação de Tyler com o idioma francês se tornou mais forte. Ele dá conferências sobre a Christian Science em francês e em outros idiomas, como membro do Conselho de Conferências da Christian Science.

Tyler descobriu a Christian Science quando adolescente. Seu interesse pelas questões políticas e sociais o levou "a tentar resolver os problemas do mundo" de diferentes formas, tais como: organizando sindicatos Para assegurar os direitos trabalhistas e salários justos para operários explorados; amenizando as questões da guerra fria na Europa, como diretor-assistente de uma instituição de relações internacionais na Itália; tentando compreender e ensinando como constituir instituições políticas para promover justiça e liberdade, sem perder o senso de comunidade; fundando uma unidade ativista na universidade para promover o entendimento inter-racial e a cura.

John Tyler sentiu que o impulso do Espírito o guiava a cada uma dessas atividades, mas nunca tão claramente como quando entrou para a prática da cura em tempo integral e ao ensino da Christian Science.

Jeffrey Hildner: John, primeiramente, vamos falar da Bíblia. Existe alguma passagem, história ou cura em particular, que tenha significado muito para você, algo que o tenha ajudado em sua vida ou em seu ministério de cura?

John M. Tyler: A Bíblia está repleta de tesouros espirituais, que me ajudam a compreender a natureza da realidade, a curar a mim mesmo e a outras pessoas. Contudo, um incidente que Mateus descreve na biografia de Jesus, em seu Novo Testamento (ver Mateus 14:22-33) se destaca: Jesus despede a multidão e sobe a um monte a fim de orar sozinho. Nesse ínterim, seus discípulos tomam um barco e vão para o mar. Já bem tarde da noite, levanta-se uma tempestade. Então, os discípulos vêem Jesus andando sobre as águas. Eles ficam muito assustados e com medo, pois pensam estar vendo um fantasma. Mas Jesus os tranqüiliza. O discípulo Pedro pergunta a Jesus se ele, Pedro, pode ir até o Mestre. Jesus responde: "sim, vem". Pedro desce do barco e começa a andar sobre a água em direção a Jesus. Então, Pedro repara "na força do vento". De acordo com outra versão bíblica, as ondas o preocupam. (The Living Bible, Wheaton, Illinois: Tyndale House Publishers, 1971). Entretanto, Pedro fica desatento, com medo e começa a afundar. Ele grita e Jesus estende a mão e o salva. Eles voltam para o barco e cessa a tempestade.

Freqüentemente, esse incidente é considerado como uma espécie de fracasso da parte de Pedro porque, embora tenha caminhado sobre as águas, uma proeza bem significativa, ele não chegou até Jesus. Contudo, para mim, essa foi uma demonstração de fé maravilhosa da parte de Pedro. Ele se dispôs a sair do barco. Ele confiou em Jesus, que personificava o Cristo, e não apenas desejava, mas estava ansioso para ir até ele. Pedro começou a caminhar até Jesus com êxito, mas o desvio de sua atenção pelo medo, uma espécie de efeito hipnótico que o tornou ciente de alguma outra coisa que não o Cristo, fez com que ele começasse a afundar. Aterrorizado, ele gritou. Entretanto, o Cristo estava lá e veio até ele, Cristo Jesus estendeu-lhe a mão, ergueu-o e o salvou.

Pedro se dispôs a sair do barco. Ele confiou em Jesus, que personificava o Cristo, e não apenas desejava, mas estava ansioso para ir até ele.

A cada pedido de ajuda em oração, posso ter esse mesmo senso da presença do Cristo, da eterna vinda do Cristo. "Vir" é um verbo que Mary Baker Eddy usava freqüentemente em relação ao Cristo. O Cristo é algo que sabemos que está sempre aqui e vindo a nós. Contudo, o Cristo faz ainda mais do que isso. Ele nos eleva acima do medo, acima de qualquer situação difícil, nos cura e literalmente nos salva.

JH: Você está fazendo uma distinção entre Jesus e o Cristo, entre o ser humano e o espírito de Deus, a santidade, que Jesus tão perfeitamente exemplificou. Compreendo que você quer dizer que não é Jesus, mas o Cristo que vem a todos para salvar e curar, e ele vem à nossa consciência. Além disso, quando a consciência está em sintonia com o Divino, a experiência humana muda para melhor. Mas, você poderia explicar mais claramente: "O que é o Cristo"?

JMT: O Cristo representa a compreensão sobre Deus. Essa compreensão, que é puramente espiritual, vem ao nosso pensamento e nos desperta do sonho da matéria, da carne, da mortalidade. Podemos também dizer que o Cristo caracteriza o relacionamento entre o homem e Deus. É isso o que Jesus personificava tão integralmente e, por isso, era identificado como o Cristo. Mas, conforme demonstrado por Jesus, o Cristo é eterno e faz parte da nossa própria identidade. Vislumbramos isso quando compreendemos mais plenamente nosso relacionamento com Deus.

Existe a compreensão do homem como imagem, idéia, expressão, reflexo, emanação. Por meio desses cinco conceitos, obtemos uma idéia bem coerente da total dependência do homem em relação a Deus.

JH: O Cristo vem a nós na forma de uma bela e contínua mensagem de Deus, a Mente divina, dizendo-nos que nosso ser e natureza verdadeiros é semelhante a Deus, ou seja, espiritual, incorpóreo, atemporal, indestrutível, perfeito, próspero, criativo, inteligente, são, altruísta, bom e completo.

JMT: Certo. Quando curamos, começamos e terminamos reconhecendo e afirmando essa verdade sobre a pessoa que nos pede ajuda. Aprendi, conforme Mary Baker Eddy descobriu, que essa afirmação é um dos aspectos principais para uma cura espiritual bem sucedida.

JH: Agora, vamos falar sobre Ciência e Saúde. Esse livro nos oferece a chave das Escrituras. Ele desvenda o verdadeiro significado do do conceito do Cristo. Existe alguma passagem específica em Ciência e Saúde que você consulte freqüentemente, por lhe ser útil como Praticista e Professor de Christian Science?

JMT: Novamente, é difícil escolher uma em detrimento de outras. Mas, existe um trecho que consulto com bastante freqüência. O título marginal é: "A verdadeira natureza do homem" (Ciência e Saúde, p. 336). Acho que, se alguém apenas der uma olhada nesse título marginal, naturalmente imaginará: "O que a Christian Science diz sobre a verdadeira natureza do homem"? Bem, para mim, Mary Baker Eddy está apresentando as inúmeras e diferentes formas pelas quais podemos compreender a natureza do relacionamento do homem com Deus.

Existe a compreensão do homem como imagem, idéia, expressão, reflexo, emanação. Por meio desses cinco conceitos, obtemos uma idéia bem coerente da total dependência do homem em relação a Deus. Reconhecemos a Deus como causa, origem e mantenedor. Francamente, esse é um dos aspectos mais desafiadores para se compreender o conceito-chave, isto é, o relacionamento entre Deus e o homem. Quero dizer apenas isto: "Como o homem está relacionado com Deus"? "Como Deus está relacionado com o homem"? Contudo, não temos em nossa linguagem humana, em inglês ou em qualquer outro idioma, uma forma de descrever esses conceitos espirituais essenciais. Não se trata de apenas não termos uma maneira conveniente, mas é quase como se o idioma estivesse contra nós. Ao ler a página 349 de Ciência e Saúde, vemos que a Sra. Eddy destaca precisamente esse ponto em um parágrafo cujo título marginal é: "Inadequada a linguagem".

É por causa da inadequação da linguagem que Jesus freqüentemente se utilizava de parábolas e metáforas. Por que Mary Baker Eddy fez o mesmo? Por que também fazemos o mesmo? Buscamos maneiras de superar as limitações e de elevar o pensamento acima da linguagem, até o ponto onde podemos começar a perceber espiritualmente nosso verdadeiro relacionamento com Deus.

JH: A Bíblia e Ciência e Saúde se conectam muito bem com relação a esses dois trechos a que você se referiu. Uma compreensão do poder do Cristo, como descrito na Bíblia, caminha lado a lado com a compreensão da verdadeira natureza do homem, como explicado em Ciência e Saúde.

JMT: Acho que de inúmeras maneiras podemos dizer que a missão de Cristo Jesus foi demonstrar a verdadeira natureza do homem e da mulher, e a natureza do verdadeiro relacionamento do homem com Deus. Por meio de suas obras, Jesus mostrou o que a verdadeira compreensão desse relacionamento é capaz de realizar. Ele disse: "Eu e o Pai somos um" (João 10: 30).

No Antigo Testamento, a história de Moisés ilustra essa unidade de forma muito simples. Após ter a grande visão de uma sarça que, ardendo em chamas, não se consumia, Moisés pede a Deus para Se identificar a fim de que ele pudesse dizer aos filhos de Israel qual era o nome de Deus. Naturalmente, seu pedido era mais do que apenas um nome. Ele desejava ser capaz de identificar a natureza divina. Então, ouve a voz de Deus dizendo: "EU SOU O QUE SOU ... Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós outros" (Êxodo 3:14). Deus falou com Moisés na primeira pessoa do singular do verbo ser: EU SOU. Moisés ouviu Deus declarando a Si mesmo como o definidor de toda a existência, como o único Ego. Moisés e Jesus foram as pessoas mais humildes em toda a Bíblia. A humildade deles se devia precisamente à profunda compreensão que tinham de que não existe nenhum ego separado de Deus. Eles compreendiam que seu verdadeiro relacionamento com o Pai era de unidade. Mas, essa unidade não os absorvia nem destruía sua individualidade. Ela os capacitava a exercer um extraordinário poder espiritual, que abençoava e beneficiava outras pessoas.

JH: Mary Baker Eddy discernia que a profunda realidade ontológica da afirmação de Jesus "Eu e o Pai somos um", não se aplicava apenas a Jesus. Essa declaração se aplica a todos. Todos podem dizer: "Eu e meu Pai-Mãe Deus, o Princípio divino do ser, somos um". Para um Cientista Cristão, o que vem à mente, naturalmente, é a passagem em Ciência e Saúde em que Mary Baker Eddy explica: "...um em qualidade, não em quantidade. Assim como uma gota d'água é uma com o oceano, um raio de luz um com o sol, do mesmo modo Deus e o homem, o Pai e o filho, são um no ser" (p. 361).

JMT: É interessante que ela continua com outra afirmação que, na minha opinião, resume melhor essa unidade: "As Escrituras dizem: 'Pois nEle vivemos, e nos movemos, e existimos' " (Ciência e Saúde, ibdem).

JH: Mary Baker Eddy descobriu que a coexistência que cada um de nós desfruta com Deus é científica. Em outras palavras, o Princípio divino imutável controla nosso ser. Nossa unidade com a Vida divina, a fonte de todo bem, da vitalidade e da alegria, está eternamente firmada, é confiável e demonstrável. A palavra ciência e o que ela significa tem sido muito relevante para você, eu sei, pois você foi cientista político.

JMT: Na época da faculdade, havia um enorme debate no campo da ciência política. Estudavam-se as formas de governo e o exercício do poder para saber se poderiam ser científicos. Isso continuou durante a época em que eu lecionava. Quando deixei meu trabalho como professor de universidade para me tornar Praticista da Christian Science, expliquei aos meus colegas, meio na brincadeira, que desejava ir de uma ciência atenuada para uma ciência pura. Aprecio muito a maneira como os cientistas puros, tais como os químicos e os físicos, abordam suas ciências e sua atitude com relação à verdade. Admiro a expectativa de descobrimento. O ideal deles, nosso ideal, tão difícil de ser atingido, é ter a mente tão aberta que possamos aceitar até mesmo idéias completamente fora de nossas expectativas e de nossa maneira convencional de pensar. Os verdadeiros cientistas se fundamentam nas descobertas já feitas e dão enorme ênfase à honestidade. Esperam progresso real e inovações por meio de uma compreensão mais plena da verdade. Acima de tudo, aprecio seu maravilhoso respeito pela lei. Isso é algo que busco na vida, ou seja, nas leis da vida. A Christian Science as revela para mim. Nossa unidade com Deus é uma dessas leis do ser, da vida. Tenho conseguido testá-las, retestá-las e, ao fazê-lo, compreendo essas leis mais completamente.

Na Bíblia, Tiago descreve a Deus cientificamente assim: "Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança" (Tiago 1:17). As leis científicas de Deus são invariáveis e universais. Elas são verdadeiras, independem de quem as aplica, onde ou quando são aplicadas. As leis são demonstráveis e as demonstrações são reproduzíveis.

JH: O que mais sua experiência lhe ensinou sobre o que é necessário para ser um sanador eficaz?

JMT: Jeffrey, perdoe-me pela metáfora materialista, isso é muito óbvio. Descobri, sob a tutela de Jesus e da Sra. Eddy, que o ingrediente mais importante na cura é o amor. O que fazer para ser um sanador mais eficaz? Ame mais! A Christian Science é o casamento da Ciência, sobre a qual falamos até agora, com o cristianismo do amor, ou seja, amar a Deus e ao nosso próximo como a nós mesmos.

JH: Uma das esplêndidas premissas da estrutura científica da realidade, conforme descoberta e comprovada por Mary Baker Eddy, é que o bem e somente o bem é real, está presente e é todopoderoso. O bem é Deus e Deus é o bem. Ele é Tudo. Portanto, o mal não tem vida, substância, poder nem entidade. O mal é algo imaginário. Quando se dá um tratamento da Christian Science, em espírito de oração, a alguém que esteja enfrentando um problema físico ou qualquer outra dificuldade, qual a importância de se lidar com a pretensão do mal, de se desafiar a ilusão ou o falso deus de que o mal exista e tenha poder? O que você descobriu como sendo uma forma eficaz de fazer isso?

JMT: Boa pergunta. Acho que existe muito que podemos aprender com uma metáfora bem conhecida, ou seja, comparar a relação entre o bem e o mal com a luz e as trevas. A metáfora nos permite ver mais nitidamente as coisas a respeito da natureza do bem e do mal. É interessante como os físicos respondem a esta questão: O que é a escuridão? Eles reconhecem que ela não é uma coisa, uma entidade nem uma presença. A escuridão não tem nenhuma substância. Os físicos a definem como a ausência da luz. De fato, quando começamos a investigar a escuridão, somos, invariavelmente, levados de volta à compreensão das condições da luz. Como é que essa escuridão é menos intensa aqui? Quanto dela podemos medir? Somos levados constantemente de volta a um senso de luz, à compreensão do que é a luz, e sobre o que está acontecendo em termos da manifestação da luz. Assim como a escuridão pode ser definida como a ausência da luz, o mal pode ser definido como a ausência do bem, a ausência de Deus. Para mim, a melhor forma de se compreender o mal é apreciar mais profundamente a bem e Deus, que é a soma total e a fonte de todo o bem.

Assim como a escuridão pode ser definida como a ausência da luz, o mal pode ser definido como a ausência do bem, a ausência de Deus.

Acho que não podemos descartar a variedade de elementos que se intitulam como mal, ou seja, o ódio, a guerra, as pragas e todas as coisas más que fazem parte da experiência humana. Não podemos ser pensadores positivos superficiais, que ignoram o desafio que representa a presença do mal na existência humana. O mal está presente nela e, portanto, é preciso lidar com ele. Então, vem a pergunta: "Como lidamos com o mal"?

Se a característica básica do mal é a ausência do bem, então nos volvemos rumo à compreensão da totalidade do bem. Também se torna cada vez mais claro para mim, que compreender a totalidade do bem, a totalidade de Deus, é um dos principais temas dos ensinamentos, tanto de Jesus como de Mary Baker Eddy. Jesus se referia constantemente ao reino de Deus, ao reino do bem, àquele governo que é tão valioso, nada distante, que está à mão. De fato, está dentro de nós. Em todos os seus escritos, a Sra. Eddy se utilizava constantemente de diferentes variações sobre o tema de que Deus é Tudo. Esse conceito é central porque é o fundamento da nossa capacidade de enfrentar desafios. Para mim, a melhor arma para enfrentar qualquer desafio é o reconhecimento da essência do que Jesus disse, quando ele estava descrevendo o diabo ou o mal. Ele chamou o diabo de mentiroso: "Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira" (João 8: 44).

A característica fundamental do mal é se apresentar como se fosse verdadeiro, porque é isso que um mentiroso faz. Um mentiroso não tem nenhuma razão para contar uma mentira, a não ser a de tê-la considerada como verdade. Mas nós, por intermédio da oração, podemos estar na posição de ver além do que pretende ser verdade e perceber o que é mentira. Eis porque o reconhecimento da natureza de Deus e de Sua totalidade é tão crucial. Se nossa consciência está fundamentada no fato da totalidade de Deus, então nossa capacidade de ver além da mentira de um problema de qualquer espécie e de rejeitálo como uma mentira, é fortalecida.

Essa vinda do Cristo, essa compreensão espiritual da natureza real do homem como semelhante a Deus, tornase, então, a luz que vem à consciência e nos capacita a lidar com a falsa pretensão de que o mal exista.

JH: O Cristo faz com que nos volvamos para a luz. O Cristo nos afasta das mentiras sobre nossa natureza e nos conduz para a verdade de que nosso ser é semelhante a Deus, aqui mesmo, agora mesmo e sempre. Essa luz do Cristo, com a qual Jesus estava em contato, cura.

JMT: É isso mesmo. O Apóstolo João compara a vinda do Cristo com a luz. A luz que vem ao mundo. Essa vinda do Cristo, essa compreensão espiritual da natureza real do homem como semelhante a Deus, torna-se, então, a luz que nos vem à consciência e nos capacita a lidar com a falsa pretensão de que o mal exista. A compreensão da realidade absoluta de que o homem é a imagem e semelhança de Deus, essa é a luz do Cristo que vence a aparente escuridão da discórdia. Essa é a luz que cura.

JH: E o novo nascimento? Você se importaria de dar sua opinião sobre esse conceito e o que tem a ver com o que conversamos?

JMT: É um conceito maravilhoso. Eu o compreendo como um desafio à renovação. Mary Baker Eddy escreveu sobre esse conceito: "O novo nascimento não é obra de um momento. Começa com momentos e continua com os anos; momentos de entrega a Deus, de confiança como a dos pequeninos e de jubilosa aceitação do bem; momentos de abnegação, autoconsagração, esperança celestial e amor espiritual" (Miscellaneous Writings [Escritos Diversos] 1883—1896, p. 15).

Há uma grande alegria na ação da vinda do Cristo à consciência humana. Para mim, é isso que significa nascer de novo. Podemos dizer que estamos sempre nascendo de novo. Nascer de novo é um despertar da consciência. Toda vez que leio esta primeira parte da frase da Sra. Eddy, na página 249 de Ciência e Saúde: "Sintamos a energia divina do Espírito, que nos leva à renovação da vida..." é como se um jato de água me erguesse e me levasse à renovação da vida. Isso é o novo nascimento e é o que basicamente constitui a cura. A cura é um despertar do sonho da limitação, da escuridão, da presença e do poder de qualquer espécie de mal, para um senso da pura luz do dia, onde o Cristo está tão presente que não há espaço para nada a não ser Deus, a não ser o bem.

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