Quando a oração não traz nenhum efeito positivo visível e, de acordo com os resultados, talvez tenha aumentado os temores de alguns pacientes, é a oração ou os métodos de pesquisa que precisam melhorar?
Recentemente publicado no "American Heart Journal" (Diário Americano do Coração), a pesquisa "Study of the Therapeutic Effects of Intercessory Prayer", ou STEP [Estudo dos Efeitos Terapêuticos da Oração lntercessória], tem gerado perguntas e comentários sobre a eficácia da oração como um agente na cura. O estudo sobre pacientes que passaram por cirurgias cardíacas mostrou que aqueles que receberam orações de terceiros, de uma denominação protestante do estado do Missouri chamada "Silent Unity" (Unidade Silenciosa) e de duas congregações católico-romanas, apresentaram um pouco mais de complicações médicas do que aqueles pacientes que não receberam nenhuma oração das congregações envolvidas.
Desde a publicação do estudo, alguns médicos denunciaram essa prática como "ciência ruim". Outros médicos e cientistas pesquisadores disseram que a oração produz resultados positivos e que é somente uma questão de se criar melhores métodos de pesquisa. Na verdade, alguns membros da comunidade religiosa parecem satisfeitos com o fato de que a oração, como um agente de cura, pareça ter sido colocada em seu devido lugar. Um capelão de hospital descreveu os resultados da STEP como "notícias bemvindas", porque os que acreditam em oração intercessória representam a "facção mágica da religião" (The New York Times, Raymond J. Lawrence, de abril de 2006).
Embora tenhamos uma abordagem diferente sobre a prática da cura espiritual e nenhum praticista ou membro da Christian Science esteja incluído nesse estudo, temos algo significativo em comum com os pesquisadores da STEP e médicos da mesma opinião. Estamos unidos a eles no desejo de aliviar o sofrimento humano. Estamos todos tocados pelo impacto tangível, e ao mesmo tempo imensurável, do amor incondicional no processo de cura. Concordamos com os membros das comunidades médicas e científicas que consideram a espiritualidade e a natureza do "Invisível infinito" como a fronteira final.
"... o reconhecimento da perfeição do Invisível infinito", escreveu Mary Baker Eddy, a fundadora do Arauto, "confere um poder que não pode ser obtido de nenhuma outra forma" (Unity of Good [Unidade do bem], p. 7). A Sra. Eddy foi alguém que compreendeu com clareza e sentiu "conscientemente" o poder de Deus. Na mesma página, ela descreveu algumas das muitas vezes em que havia curado pessoas por meio da oração: um caso de ossos deslocados e "um câncer que havia avançado até a veia jugular". Ela também relatou ter reerguido "moribundos para a saúde instantânea".
Para os Cientistas Cristãos, Cristo Jesus foi um modelo de sanador. Suas orações eram declarações de confiança em Deus. Ele mostrava à pessoa que necessitava de cura algo de seu próprio elo imutável com o Divino, como filhos e filhas inteiramente espirituais de Deus. Ele não misturava o tratamento espiritual com a medicina material. As pessoas, por sua própria vontade, buscavam a ajuda espiritual dele.
As orações de Jesus eram também espontâneas e sinceras. Não eram fórmulas. Nunca aumentavam o medo, mas expunham sua irrealidade. Em seu ministério de cura, as palavras não interferiam na mensagem restauradora do Amor divino, que fala específica, direta e individualmente à mente humana.
Por exemplo, uma pessoa que era atormentada pela surdez e por um empecilho na língua, foi curada pela oração de uma só palavra de Jesus, que o Evangelho de Marcos cita em aramaico: "Efatá" (Marcos 7:34). Efatá significa "estar bem aberto; libertado; e colocado em liberdade". Essa enfática mensagem de voz ecoa hoje com a energia renovada, como uma oração para que a sociedade enxergue mais abertamente a cura cristã, como Mary Baker Eddy a cujo método explanou em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras.
A Christian Science não reivindica nenhum direito exclusivo à cura espiritual, mas é fiel ao original cristão e seu método. Essa Ciência veio como o Cristo, como uma revelação. A Ciência do Cristo não altera, de maneira nenhuma, o significado único de Cristo Jesus e a prova que ele deu do poder de Deus para curar. Ela somente torna aqueles que humildemente buscam a cura pelo Cristo, capazes de praticá-la com eficácia e com confiabilidade, para o bem da humanidade.
Não sabemos se a pesquisa clínica poderá algum dia medir adequadamente o efeito da oração. Entretanto, a busca individual para se descobrir a natureza de Deus e a realidade ainda pouco percebida de homens e mulheres como a criação inteiramente espiritual de Deus tem apresentado um efeito maravilhoso em inúmeros casos: a cura permanente. Cada triunfo sobre a doença traz uma maior libertação do medo de adoecer.
Esse é o efeito sanador completo pelo qual a maioria das pessoas anseia profundamente.
