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SALMO 23

Segure na mão do Pastor

Da edição de março de 2010 dO Arauto da Ciência Cristã


Cresci aprendendo a respeito de Deus e tendo curas maravilhosas por meio da oração na Ciência Cristã. Entretanto, uma experiência em particular ocorrida há alguns anos, apresentou-me Deus como o grande Pastor. O salmista cantou: O Senhor é meu pastor; nada me faltará. Ele me faz repousar em pastos verdejantes. Leva-me para junto das águas de descanso; refrigera-me a alma. Guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome" (Salmos 23:2, 3). Deus é esse grande Pastor que nos protege do perigo e nunca nos deixa perdidos. A cura que relato a seguir foi um marco para mim porque obtive novos vislumbres acerca da profundidade da mensagem do Salmo 23, e realmente conheci meu Pastor pela primeira vez.

Em março de 2000, encontrei-me ameaçado com sintomas assustadores de uma doença debilitante. Nunca recebi nenhum diagnóstico, mas eu apresentava febre, calafrios e diarreia crônica. Parecia que eu não tinha muito controle sobre meu corpo e frequentemente me sentia fraco.

Logo que essa doença apareceu, lembro que tive pensamentos estranhos de que eu talvez tivesse feito algo errado para merecer esse sofrimento. A tentação de descobrir alguma falta, culpa, ou mesmo uma causa para a doença era muito forte. Como um projetor de cinema, comecei a repassar na mente experiências passadas. Haveria eu cometido algum tipo de deslize que tivesse provocado isso? Talvez eu não tivesse sido tão dedicado a Deus como deveria? Na época, 17 anos haviam se passado desde que assistira a um culto na igreja ou que realmente havia estudado a Ciência Cristã, de forma ativa. No entanto, confiar na oração em busca de ajuda e cura era algo que continuava a fazer, de tempos em tempos.

À medida que a "fita do projetor" começou a se desenrolar, cada vez mais rapidamente, veio-me o pensamento de que Deus não estava me perguntando como isso acontecera, nem me julgando ou me culpando de nenhuma forma. Lembrei-me de que, na época em que frequentei a Escola Dominical da Ciência Cristã, aprendi o fato fundamental de que Deus é Amor (ver 1 João 4:16). Ele não é uma espécie de juiz severo, que distribui dor e castigo. Ao contrário, Ele é o Amor divino que nos purifica, revelando nossa identidade espiritual. Nas palavras do Salmo 23, o Seu "bordão" e o Seu "cajado" protegem e defendem a nossa pureza, como filhos de Deus.

Sentir o amor e a verdade da mensagem de Deus foi um suave momento de iluminação espiritual que me tranquilizou. Compreendi que nunca estive perdido ou deixado sem consolo. Meu Pastor estava comigo e, com essa compreensão, sabia que seria curado.

Portanto, empenhado em orar pela cura, recorri a um Praticista da Ciência Cristã para legitimar minhas orações. Perguntei-me: "Será que estava fazendo o que era certo? Será que realmente seria curado"? Enquanto estava sentado no escritório do praticista, em sua casa, lembro-me de ter ficado grato por sua absoluta dedicação a Deus, e por ajudar outros a obter a cura. Lembro-me de ter me sentido profundamente amado, seguro, e à vontade. Tive também a certeza de que estava no caminho certo. O praticista me incentivou a buscar diretamente a Deus e a confiar nEle. Acredite ou não, saí de seu escritório sorrindo. Sabia que poderia contatá-lo para orar comigo sempre que precisasse, mas também reconheci que esse era o momento de conhecer melhor a Deus. Senti-me confiante em continuar com minhas próprias oraçōes.

Minha rotina diária não mudara muito, e ainda conseguia ir trabalhar. Muito embora fosse primavera, frequentemente sentia muito frio ao longo do dia. Ficava mais confortável usando muitas camadas de roupa. Havia dias em que aparecia no trabalho usando chapéu, roupas de baixo térmicas, suéter e jaqueta. Como meu serviço era em um armazém muito movimentado, não precisava usar uniformes ou roupas especiais, e, portanto, minhas roupas não chamavam muita atenção. Ninguém parecia notar ou comentar sobre minha aparência. Reconheci que essa era uma das muitas maneiras pelas quais estava sendo cuidado durante todo esse tempo. Não necessitava responder a nenhuma pergunta sobre os sintomas que sentia e estava protegido da preocupação dos outros. Para mim, isso significava que eu estava sob o olhar atento do Pastor e que Ele satisfazia minha necessidade de paz e sustento.

A cada dia adquiria um pouco mais de confiança em Deus e na Sua solicitude por mim, o que, por sua vez, dava-me a coragem e a força espiritual para "enfrentar corajosamente" a doença. Embora os sintomas persistissem, sentia uma convicção crescente de que a cura estava ocorrendo. Tornava-se cada vez mais claro para mim que Deus não estava apenas presente, mas ajudava-me a reconhecer que a minha identidade espiritual permanecia intacta e perfeita. Era inspirado a passar os dias da forma mais natural possível. Isso incluía, entre outras coisas, comer três refeições por dia, embora não conseguisse reter a comida por muito tempo.

Todos os dias aguardava ansioso o horário entre o término do trabalho e o pôr do sol. Uma vez que sempre amei a natureza, quer fazendo uma leve caminhada em uma trilha no parque, ou sentado em um banco debaixo de um salgueiro, sempre aproveitava o contato com a natureza, para orar. Nesse ambiente, eu conseguia deixar para trás qualquer coisa que me lembrasse doenças e apenas ouvia a Deus. No porta-malas do meu carro eu guardava a Bíblia, Ciência e Saúde e outros escritos de Mary Baker Eddy. Naquela ocasião, morava em uma cidade relativamente grande, e não me passou despercebido que Deus me conduzia diariamente a um lugar de descanso, oração e repouso, tal como descrito em um dos versículos do Salmo 23: "Você me deixa repousar em campos de grama verdes. Você me conduz a riachos de águas tranquilas, e refrigera minha vida" (versículos 2, 3, Bíblia Contemporânea, versão em inglês). Tinha a impressão de que eu sempre encontrava um lugar novo e especial para me sentar e ponderar as ideias espirituais que aprendia.

Três meses depois e durante essa época de estudo e conscientização espiritual, acordei no meio da noite com muita dor. Os sintomas pareciam especialmente agravados e me sentia sozinho e assustado. Entretanto, havia me tornado mais seguro de que podia confiar no apoio seguro da mão do meu Pastor. Clamei a Ele em oração. Recebi uma resposta quando abri Ciência e Saúde, e estas palavras saltaram diante dos meus olhos: "Compenetra-te da presença da saúde e do fato de que o ser é harmonioso..." (p. 412). Essa declaração parecia uma ordem, como também um antídoto para eliminar o sofrimento que sentia. Mas, como?

Então, ocorreu-me que a Vida estava em toda parte e que ela se manifestava exatamente naquele momento. A Vida era tudo e estava em toda parte, por fora, por dentro, e em volta de tudo. A Vida era Deus, e eu estava simplesmente refletindo a Vida naquele momento. Isso era tudo o que existia.

Senti-me ternamente amparado, em paz, a dor desapareceu e adormeci. Na manhã seguinte, acordei completamente restaurado. Os sintomas da doença tinham sumido completamente. Minha temperatura estava normal e meu corpo recuperou suas funções normais.

Essa não era uma compreensão intelectual ou afirmação, mas um fato espiritual que havia aprendido ao longo dos últimos três meses, uma realidade que agora sentia que compreendia.

Senti-me ternamente amparado, em paz, a dor desapareceu e adormeci. Na manhã seguinte, acordei completamente restaurado. Os sintomas da doença tinham sumido completamente. Minha temperatura estava normal e meu corpo recuperou suas funções normais. Claro que eu estava em êxtase. Entretanto, mais do que qualquer coisa, sabia que eu havia acabado de receber uma lição sagrada a respeito do pastoreio de Deus e aprendido que Ele realmente vê cada um de nós como Sua imagem e semelhança.

Aprendi que Deus era responsável por mim, sempre havia sido e sempre seria. Uma vez que eu era uma ovelha abençoada em Seu rebanho, isso fazia com que eu soubesse que Ele nunca me deixaria vagar a esmo ou cair em situações de perigo. Eu não poderia ser abandonado ou deixado para trás para lutar sozinho por meu sustento e por minha saúde. Deus sempre me concederia tudo de que necessitasse para progredir em minha compreensão espiritual, tanto sobre Ele, como sobre mim mesmo.

Após essa cura, comecei a frequentar regularmente uma igreja local da Ciência Cristã. Logo me tornei membro e fiz o Curso de Instrução em Classe Primária com um Professor de Ciência Cristã. Agora dedico a maior parte do meu tempo ao estudo e à prática da Ciência Cristã.

Essa experiência continua a confirmar para mim o fato de que homens e mulheres, feitos à imagem e semelhança de Deus, são inteiramente bons, não importa o que façam. Não posso julgar os outros, porque Deus não nos julga. Ele chama nossa atenção para aquilo que Ele vê, para a cura. Da mesma maneira que o grande Pastor ama seu rebanho, posso amar meus semelhantes, tanto homens como mulheres. Agora sei que essa é a consciência espiritual ou a "casa do Senhor" que o Salmo 23 promete, a casa na qual cada um de nós verdadeiramente vive para sempre. *

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