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Original para a Internet

Faça a colheita!

Da edição de novembro de 2018 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 6 de setembro de 2018.


O ato de agradecer é largamente reconhecido como um valioso aspecto de uma vida proveitosa, para os indivíduos, as famílias, as comunidades e as nações. E a gratidão é sempre importante, especialmente quando o bem não parece evidente. Por isso, é animador o fato de alguns países terem estabelecido um Dia de Ação de Graças uma vez por ano. Dois exemplos são essa celebração em outubro no Canadá e em novembro nos Estados Unidos, entre outros.

Existem também no mundo inteiro várias formas de celebrações culturais regionais de Ação de Graças. Essas comemorações são muitas vezes relacionadas com o período após a ceifa, como expressão de gratidão por uma colheita abundante. Mas o fato de que esses festejos não deixam de acontecer, ainda que a colheita não tenha sido muito farta, ou até mesmo tão escassa que constitui um sério desafio à vida das pessoas, é prova da resiliência que está no coração da humanidade. É uma resiliência que abre caminho para que coisas melhores aconteçam. Por exemplo, quando os peregrinos celebraram o primeiro Dia de Ação de Graças no lugar que viria a ser a nação americana, quase metade deles havia perecido durante um inverno rigoroso. Da gratidão deles veio a força que os capacitou para perseverar e prosperar.

Quando contemplamos a colheita, seja de uma plantação, seja do bem em qualquer aspecto da vida, a gratidão pode nos abrir os olhos para enxergar a abundância do bem, assim como ver oportunidades para uma expressão mais ampla do bem, exatamente onde este parece calamitosamente ausente. Cristo Jesus uma vez falou a seus discípulos a respeito da necessidade de esforçar-nos por enxergar uma colheita até mesmo quando tudo indicava que ainda nada havia para ser colhido. Ele disse: “Não dizeis vós que ainda há quatro meses até à ceifa? Eu, porém, vos digo: erguei os olhos e vede os campos, pois já branqueiam para a ceifa” (João 4:35).

Qual de nós nunca lamentou uma carência em alguma área de nosso “campo”, ou seja, na nossa experiência presente, e simplesmente esperou que as coisas pudessem, por si próprias, melhorar no futuro? Mas eu me dou conta de que, ao fazer uma pausa mental para buscar, reconhecer e dar valor a tudo de bom que posso encontrar na experiência pela qual estou passando, e em todo o mundo, meus olhos se abrem para coisas que antes eu não enxergava. Tenho sido compelida a fazer isso, não apenas porque Jesus disse que a seara já está pronta para a ceifa, mas também devido a esta convincente orientação dada por Mary Baker Eddy no livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “Somos realmente gratos pelo bem já recebido? Então faremos uso das bênçãos que temos e assim estaremos preparados para receber mais” (p. 3).  

Quando Jesus disse que deveríamos “erguer os (nossos) olhos”, ele estava pedindo para olharmos numa direção espiritual, para o Espírito divino, Deus, e para a abundância espiritual que Deus está sempre oferecendo para beneficiar a todos, sem excluir ninguém. E se não conhecemos a Deus, ou não entendemos nem o que Ele está provendo nem como ter acesso a isso, então ser “gratos pelo bem já recebido” já é um bom começo; podemos fazer uma pausa mental, evitando nos deter no que parece estar faltando, e passando a buscar humildemente as mínimas evidências da presença do bem ao nosso redor, como por exemplo, um par de sapatos que possamos calçar, um varredor cujo trabalho é limpar a calçada por onde caminhamos, um sinal de trânsito que controla o fluxo de veículos para que os pedestres possam atravessar em segurança, uma pessoa que, em uma cadeira de rodas, nos cumprimenta com um sorriso. 

O sentimento de gratidão, mesmo que seja mínimo, permite que aumente a nossa capacidade de tomar consciência da presença do bem. A gratidão eleva nosso pensamento para além das coisas, para a causa espiritual de tudo que é bom, para as qualidades espirituais que Deus expressa por meio de Seus filhos e filhas, que somos todos nós. Por exemplo, algumas dessas expressões são o esmero com que se produzem os sapatos que usamos, a ordem que o varredor de rua emprega para tornar agradável o nosso caminho, o amor e a inteligência que criaram o sinal luminoso que provê segurança para todos, e a alegria daquela pessoa do meu bairro que se locomove na cadeira de rodas para os afazeres cotidianos.

A gratidão por coisas simples que talvez deixemos passar despercebidas, nossas expressões de bondade e amor, cultiva um grato coração, o solo que traz uma abundante colheita do bem em nossa vida. Como diz o primeiro verso de um hino do qual os estudantes da Ciência Cristã gostam muito:

Um puro e grato coração
É um jardim de amor,
No qual a graça divinal
Floresce em esplendor.

            (Ethel Wasgatt Dennis, Hinário da Ciência Cristã, 3)

A gratidão pode se tornar o nosso modo de ser diariamente, momento a momento, um reconhecimento de que onde a carência, a dor ou a violência grita: “Sou real e não existe nada pelo qual ser agradecido!” exatamente ali Deus está provendo muita saúde, proteção e oportunidades para reconhecermos e desfrutarmos. Essa é a base da cura na Ciência Cristã, onde Deus, que é o bem sempre presente, e nos criou e mantém como Seu reflexo perfeito, formado espiritualmente, está sempre (em quaisquer circunstâncias) exatamente aqui, para nos abrir o coração, o pensamento e os olhos para que enxerguemos as verdades espirituais libertadoras. Muitos autores que escrevem para esta publicação, inclusive eu, sabemos dessa verdade por experiência própria.

Jesus nos encorajou a buscar a Deus diante de cada necessidade, porque a realidade é Deus e Sua criação espiritual. As discórdias, limitações e impurezas da experiência humana são as concepções errôneas a respeito da vida, e Jesus veio para salvar a humanidade inteira de nelas acreditar, vivenciá-las, ou a elas ceder. Ele disse: “...conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8:32). A gratidão pela realidade de Deus, exatamente onde parece encoberta pelo sentido material, deixa fluir e expandir a luz da verdade espiritual na nossa consciência. Essa luz espiritual remove do pensamento os erros que trazem problemas e suas consequências, substituindo-os pela cura física e mental, pelo crescimento espiritual, pela transformação do caráter, por novas oportunidades, e por progresso ilimitado.

Deixe seu coração crescer em gratidão e faça a colheita!

Barbara Vining
Redatora-Chefe

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