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Original para a Internet

Uma Rocha de estabilidade para as nações

Da edição de novembro de 2018 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 17 de setembro de 2018.


Lendo reportagens do jornal, encontro a questão da fragilidade e da aparente instabilidade nos governos de nações. Os fatores subjacentes a esses problemas parecem incluir as alegadas tomadas de decisões e práticas antiéticas, levadas a cabo por alguns líderes e autoridades governamentais, incluindo desobediência às leis do país. Em última análise, o resultado é que não se consegue controlar a corrupção.

Quando procuramos a estabilidade nos governos das nações, o que às vezes encontramos parece o contrário, algo tumultuado, que não merece confiança. E até mesmo o que pode parecer estabilidade, do ponto de vista dos sentidos materiais e com base no pensamento material, essa estabilidade nunca pode ser duradoura. No entanto, quando consideramos o verdadeiro governo como espiritual, nós o reconhecemos como estável, permanente, universal, ilimitado e realmente invulnerável a qualquer influência material. Isso se deve ao fato de que a verdadeira estabilidade, que inclui firmeza e confiabilidade, tem origem em Deus, conforme ensinado pelo cristão por excelência, Cristo Jesus, que nos mostrou o Caminho.

Quanto aos ensinamentos de Jesus no Sermão do Monte, ele declarou com muita clareza: “Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha” (Mateus 7:24, 25). Para Cristo Jesus, Deus era uma Rocha, permanente e firme, na qual ele podia sempre confiar, proporcionando-lhe estabilidade espiritual. Seguir os ensinamentos de Jesus é como construir sobre uma rocha, ou seja, Deus é o fundamento estável.

Cristo Jesus compreendia que a realidade espiritual podia ser reconhecida e demonstrada, sabendo que o reino de Deus é o único reino, o único governo verdadeiro, como estas palavras atribuídas à Oração do Senhor naquele sermão transmitem: “e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal [pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém]” (Mateus 6:13). Jesus também comprovou a glória de Deus de muitas maneiras: curando os doentes, ressuscitando os mortos, alimentando as multidões, caminhando sobre as águas, bem como em sua ressurreição e ascensão sublimes. Os governos que parecem estar vivenciando instabilidade certamente poderiam se beneficiar da Oração do Senhor, fundamentada sobre a Rocha de Deus, a Verdade, e trazendo à luz essa fonte de poder firme e confiável.

Ao orar em prol da estabilidade das nações, acho que essas palavras da oração de Jesus ajudam muito. Reconheço, por meio da oração, a verdade espiritual de que Deus não nos deixa cair em tentação, que a tentação não tem nenhum poder no reino de Deus; e que também o homem, como o filho espiritual de Deus, pode refletir somente a bondade do caráter de Deus, no qual o mal não existe. O reino de Deus está instituído universalmente e Seu governo está intacto, é estável e demonstrável.

Mary Baker Eddy, uma dedicada cristã e pensadora espiritual, também ensinou que a verdadeira estabilidade tem origem em Deus. Tenho um quadro na parede do meu escritório, o qual me faz lembrar um poema de sua autoria, intitulado: “Cristo, Meu Refúgio”. Nessa obra de arte há uma rocha, simbolizando a Deus, a Verdade, que transmite fortemente esse senso de estabilidade. A pintura mostra uma praia na costa de um litoral em que as ondas do mar golpeiam contra uma grande rocha. Estas são em parte, as palavras da Sra. Eddy, no poema mencionado:

Na rocha da Verdade vim
   A Vida achar;
Ali, nem vento ou onda a mim 

   Vem abalar. 
(Hinário da Ciência Cristã, 253, trad © CSBD)

A compreensão da Sra. Eddy a respeito de Deus como a Verdade foi para ela uma rocha, à medida que ela percorria sua desafiadora jornada de fé, que a levou a descobrir a Ciência Cristã e a fundar a Igreja de Cristo, Cientista. Essa rocha proporcionou-lhe um fundamento espiritualmente permanente e fidedigno, a partir do qual dar provas da realidade espiritual, ou seja, a verdade sobre o existir espiritual do homem conforme ensinado na Ciência Cristã. Ela escreveu: “Construindo sobre a rocha dos ensinamentos do Cristo, temos uma superestrutura eterna nos céus, onipotente na terra, abrangendo o tempo e a eternidade” (Message to The Mother Church for 1901 [Mensagem À Igreja Mãe para 1901], p. 25).

Enquanto eu servia na Marinha dos Estados Unidos, confiar em Deus, a Verdade, foi como uma rocha de estabilidade para mim e minha esposa, durante um período de incerteza a respeito de qual seria um dos meus próximos postos de serviço. Eu estava esperando notícias do selecionador da Marinha que supervisionava as tarefas. Mas, como os dias, semanas e meses se passavam sem que recebêssemos alguma notícia, continuamos em oração. Eu afirmava, em espírito de oração, a verdade de que Deus, a Mente única, é que está no controle e não muitas mentes, e eu sabia que Deus realmente governa a minha vida. Portanto, o plano de Deus está em ação e, consequentemente, nosso lugar já estava estabelecido naquela ocasião. Sabíamos que essa situação estava sujeita ao tempo de Deus, e não ao nosso tempo ou ao da Marinha.

Finalmente, fui informado sobre duas opções e oramos para saber qual era a orientação de Deus e sermos guiados pela vontade dEle. Um dia, enquanto estava em alto mar, caminhando pela proa do navio, veio-me ao pensamento uma mensagem inspirada a respeito de uma das opções, que dizia: “Vá para a Carolina do Norte — vocês serão grandemente abençoados”. Foi isso o que fizemos e fomos grandemente abençoados! Nós realmente constatamos que Deus, a Verdade, foi uma poderosa fonte de estabilidade espiritual para nós, trazendo-nos a certeza de Seu controle, orientação e cuidado, juntamente com uma sensação de paz e calma, diante da ansiedade e da incerteza.

Eu me dou conta de que, quando minha oração consiste em compreender a verdade acerca do existir espiritual do homem, eu me mantenho solidamente fundamentado para entender que o homem é o filho espiritual de Deus, criado à Sua imagem e semelhança, totalmente bom (ver Gênesis 1:27, 31). Como filho espiritual de Deus, o homem (incluindo cada um de nós) vive, se move e existe em Deus, que é infinito, é o bem (ver Atos 17:28), a Mente única, da qual deriva toda boa qualidade do homem. 

Em espírito de oração, afirmo que o homem só pode expressar a justiça e a bondade de Deus, que se evidenciam no discernimento moral correto, incluindo tomar decisões éticas, respeitar o estado de direito, resistir à tentação de aceitar suborno e evitar conflitos de interesse. Qualquer propensão a pensamentos e ações perversas, enganosas e desonestas, não tem poder verdadeiro para governar as pessoas, porque Deus governa Seus filhos. É importante compreender e afirmar que os líderes e as autoridades do governo estão realmente subordinados ao governo de Deus — a “uma influência divina sempre presente na consciência humana” (Mary Baker Eddy, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. xi). E como Deus é todo-poderoso, essa influência divina é o único poder que governa o homem. Portanto, isso pode ser manifestado na mudança e na reforma dos corações humanos para a melhoria das nações.

Algo dessa mesma forma de pensar está também declarado em Ciência e Saúde: “Deus jamais poderia transmitir um elemento do mal, e o homem nada possui que não lhe provenha de Deus” (p. 539). A Ciência Cristã deixa muito claro que o mal é irreal e não tem capacidade para controlar o homem, criado por Deus, e sendo sempre bom. E, visto que o bem, que é Deus, está sempre presente, o mal, os pensamentos e comportamentos imorais, não têm presença, lugar nem poder verdadeiros. As orações que afirmam essa verdade promovem melhorias nos governos humanos.

O reino de Deus está instituído universalmente e Seu governo está intacto, é estável e demonstrável.

Na verdade, o bem nunca é vulnerável a uma influência má porque existe apenas um único poder, Deus. Estas palavras de Ciência e Saúde são uma base sólida para nossas orações nesse sentido: “Mantém-te firme na compreensão de que a Mente divina governa e de que na Ciência o homem reflete o governo de Deus” (p. 393). Visto que Deus, o bem, a Mente única, é todo-poderoso e harmoniosamente governa o universo espiritual, o homem só pode refletir o governo harmonioso da Mente, o qual pode ser manifestado nas nações por meio da melhoria do caráter moral e do comportamento dos líderes e das autoridades governamentais.

Têm havido alguns sinais encorajadores de progresso moral nas nações durante os últimos anos. Aqui estão apenas alguns deles, conforme noticiado no The Christian Science Monitor: o primeiro-ministro da Índia tornou as licitações do governo mais transparentes. Na Ucrânia, os casos estão finalmente sendo levados aos tribunais por novas entidades anticorrupção, “na esperança de quebrar uma cultura de impunidade”. E uma agência na Indonésia, a Comissão de Erradicação da Corrupção, conduziu processos contra funcionários de alto escalão e também promove o ensino da integridade e da honestidade às crianças (ver The Monitor’s View [A Visão do Monitor], no The Christian Science Monitor de 1º de setembro de 2016).

Nosso reconhecimento da realidade espiritual de que o governo estável do universo de Deus está intacto, exatamente aqui, diminui as perspectivas dos governos instáveis, graças à influência de Deus, da Verdade. Ao nos rendermos em pensamento ao governo estável de Deus, podemos contribuir para o poder sanador de Deus e vê-lo evidenciado, pelo menos até certo grau, em maior estabilidade nas nações em todo o mundo. Verdadeiramente, Deus é uma Rocha — uma fonte permanente de estabilidade para indivíduos e nações.

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