Meu vizinho é pescador. Uma manhã, ao passear com meus cachorros por perto de casa, vi seu barco de pesca atracado em segurança no pequeno ancoradouro. Era um dia lindo, e o mar estava calmo. Ao olhar para além do barco até a grande extensão do mar adiante, comecei a perguntar-me como alguém deve se sentir em uma embarcação pequena, quando ventos fortes fazem com que grandes ondas se levantem contra as rochas e se choquem contra os quebra-mares. Perguntei-me: “Como é que eu me sentiria? Será que eu teria medo? Será que entraria em pânico e temeria pela minha vida?” Enquanto ponderava sobre tudo isso, veio-me o pensamento: “Mas os barcos são feitos para flutuar, para se manter à tona!”
Quão importante é então manter o barco impermeabilizado, à prova de água. Qualquer fissura no casco, e logo a água irá encontrá-las e infiltrar-se. Aliás, se passarem despercebidas, vamos ver que a embarcação está fazendo água, o que nos causaria um grande problema.
A atual pandemia do coronavírus tem causado enormes ondas de perturbação em todo o mundo e, em meio a esse desafio, o governo do Reino Unido tem usado frequentemente a expressão que já nos é familiar: “Estamos todos juntos nisso”. É reconfortante saber que estamos nos apoiando e nos ajudando mutuamente durante esse período difícil, por meio de atos de solidariedade e de amor, com muito desprendimento. Claro que, muito embora estejamos todos enfrentando a mesma crise, nossas experiências podem ser muito diferentes.
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