Acordei cedinho, antes do sol nascer, e fiquei orando em silêncio perto da janela do quarto do hotel em que eu estava, no quinto andar. Quando a luz da manhã começou a surgir, os carros também surgiram, e tomaram as ruas lá embaixo.
Comecei a observar tudo a partir dessa visão elevada, e logo fiquei encantada com o que estava vendo. Com frequência ouvimos queixas e reclamações de motoristas loucos, inconstantes e, muitas vezes, irados, mas naquela manhã eu via uma imagem completamente diferente.
Lá embaixo, eu via motoristas obedientes, pacientes no trânsito; pessoas obedecendo às leis. Motoristas dando passagem a outros, mantendo a ordem — em fluxo e ritmo — motoristas mantendo-se em suas próprias faixas e respeitando os pedestres que atravessavam a rua. Eu estava testemunhando uma disciplina baseada em princípios, expressões de paz e segurança, e muita cortesia, enquanto as pessoas estavam confiantes de que os outros fariam o mesmo.
Onde alguns dos que estavam no nível da rua podiam ver uma cena caótica ou limitada, eu via um movimento orquestrado e a harmonia em ação. Tudo isso porque eu estava tendo uma visão mais elevada. Percebi que esse raciocínio apontava para as leis de Deus, as quais protegem, guiam e governam Seus filhos e o universo. Vemos essas leis em ação quando temos uma visão espiritual elevada de Deus e de Seu governo supremo, em que reconhecemos a harmonia como a realidade do existir.
Fiquei imensamente grata por esse momento tranquilo em que pude ter essa nova perspectiva. Ela me fez querer expressar paciência e boa vontade fraternal para com os outros, o que tem me ajudado a perdoar com mais facilidade, tanto na estrada quanto no meu dia a dia.
