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Original para a Internet

A oração que nos leva a amar como Deus ama

Da edição de janeiro de 2022 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 25 de outubro de 2021


Ao ler sobre autocratas, injustiça internacional e nacional, segregação e racismo, minha opinião a respeito de muitos líderes políticos não era nada amistosa. “Algum dia eles vão pagar!” Pensava eu comigo mesmo. Era muito fácil lembrar esses líderes em termos de castigá-los.

Entretanto, o autor do 1º livro de João, na Bíblia, diz claramente que, se odiamos nosso irmão, a quem podemos ver, então é impossível amar a Deus, a quem não podemos ver. Aliás, João declara que, se dissermos que amamos a Deus e ao mesmo tempo odiamos nosso irmão, somos mentirosos (ver 4:20). Fiquei profundamente abalado e inquieto quando percebi o quanto meus pensamentos estavam alimentados pela raiva. Mas também ficou iluminado o caminho pelo qual eu precisava andar. 

É claro que eu não queria ser identificado como mentiroso. Eu realmente desejava, como escreve Mary Baker Eddy em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, “algo melhor, mais elevado, mais sagrado do que o propiciado pela crença material em um Deus físico e em um homem físico” (p. 258) — uma crença material que pinta uma imagem insuficiente e errônea da verdadeira identidade espiritual de cada um de nós.

Pensei na vida que Cristo Jesus levou e no exemplo que ele deixou para nós. Qual foi a reação de Jesus diante de seus próprios executores? Ele pediu para Deus os perdoar “...porque não sabem o que fazem...” (Lucas 23:34). Mesmo enfrentando sua maior provação, Jesus foi capaz de superar qualquer desejo de vingança. Mas como elevar o pensamento a uma altitude tão elevada, ou seja, à generosidade de espírito? A Sra. Eddy nos aponta a direção certa: “O Amor divino sempre satisfez e sempre satisfará a toda necessidade humana” (Ciência e Saúde, p. 494).  Naquela hora de necessidade humana, o que fez Jesus? Ele amou como Deus ama.

Amar como Deus ama é deixar que o Cristo fale no nosso pensamento, no nosso existir — humildemente deixar que a verdade inerente ao Cristo, verdade que pertence ao homem, esteja presente em nossos pensamentos e em nosso coração. O hino 222 do  Hinário da Ciência Cristã nos fala dessa atividade divina no coração humano: 

Quão silencioso vemos já 
     O inaudito dom! 
Assim ao coração Deus dá 
     A graça celestial. 
Ninguém ouvi-lo pode, 
     Mas entre nós está; 
E onde humildade houver, 
     O Cristo reinará.
                                   (Phillips Brooks)

O Cristo, a ideia eterna e indestrutível de Deus, chega à nossa consciência independentemente de tempo, lugar ou circunstância. Nós o reconhecemos por meio do senso espiritual quando nos voltamos a Deus. 

E quanto a mim e a raiva que vinha cultivando? A primeira pergunta que me fiz foi: “Como é que Deus fez o homem, seja um autocrata, um político ou a mim?” O primeiro capítulo do Gênesis afirma que somos feitos à imagem e semelhança de Deus, o Espírito. Deus só nos conhece como Sua semelhança — espiritual; boa; a imagem do Amor, da Mente divina; inteligente; guiada pelo senso espiritual e pela sabedoria; não guiada nem influenciada pelo mal. Deus não nos conhece como tirânicos, ignorantes, cruéis, egoístas, imbecis, partidários, segregadores ou racistas.

 O homem, a ideia de Deus, não é material, “não é constituído de cérebro, sangue, ossos nem de outros elementos materiais”, porque “a semelhança do Espírito não pode ser tão diferente do Espírito…

“O homem real não pode se apartar da santidade, nem pode Deus, de quem o homem provém, engendrar a capacidade ou a liberdade para pecar” (Ciência e Saúde, p. 475).

Ao contrário, o homem — cada um de nós — é bom, amoroso, terno e inocente. O Cristo me capacita a ver meu semelhante, meus irmãos e irmãs, espiritualmente, seja qual for sua posição política, afiliação, nacionalidade ou profissão.

E o Cristo nos dá a certeza de que a criação espiritual é a única realidade que emana de Deus — da Vida divina, da Verdade divina, do Princípio divino e do Amor divino. Ciência e Saúde declara: “Há um único caminho para o céu, para a harmonia — e o Cristo, na Ciência divina, nos mostra esse caminho. Consiste em não reconhecer nenhuma outra realidade — em não ter nenhuma outra consciência de vida — a não ser o bem, Deus e Sua reflexão, Seu reflexo, e em elevar-nos acima das chamadas dores e prazeres dos sentidos” (p. 242). Ver essa verdade, manter a visão espiritual da criação da Mente divina, é amar divinamente, amar nossos irmãos e irmãs da maneira divinamente inspirada que Jesus nos mostrou.

Percebi que, para amar mais a Deus, ser obediente e confiar nEle, eu tinha de me voltar para o Cristo e deixar que a raiva se dissolvesse. Eu tinha de estar disposto a pedir: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. E quando cometo algum erro, quando a raiva toma conta de mim, posso orar a Deus para que “o querido Cristo” entre em meu coração, o que traz perdão e humildade.

Por isso, posso orar para reconhecer que existe um só Deus, uma Mente só, um só Amor, um só Princípio, uma só Verdade, uma só Vida, uma só Alma. Em toda a criação de Deus, não existe homem mortal, não existe mortalidade, não existe limitação. Não existe crueldade, injustiça, divisão entre os filhos de Deus, não existe ideologia e ação baseadas em raça. Existe apenas a infinita expressão de Deus. Tudo o que existe é a criação perfeita, pura e inocente de Deus, e essa criação sempre O reflete.

Para que a fraternidade entre os homens se estabeleça em nossa vida, tem de estar enraizada em uma compreensão reconhecida e vivida da unidade e totalidade de Deus. A Sra. Eddy nos promete em Ciência e Saúde: “Um só Deus infinito, o bem, unifica homens e nações; estabelece a fraternidade dos homens; põe fim às guerras; cumpre o preceito das Escrituras: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’; aniquila a idolatria pagã e a cristã — tudo o que está errado nos códigos sociais, civis, criminais, políticos e religiosos; estabelece a igualdade dos sexos; anula a maldição sobre o homem, e não deixa nada que possa pecar, sofrer, ser punido ou destruído” (p. 340). 

Agora é a hora de amar divinamente. Hora de reconhecer um só Deus e Sua criação infinita. É a hora de reconhecer e afirmar que o filho de Deus — você, eu e todas as outras pessoas que vemos, ou  a respeito das quais lemos ou ouvimos falar— todas são espirituais, perfeitas e boas, feitas à imagem e semelhança de Deus. Pois somos todos filhos de Deus.

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