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Superar a procrastinação na cura

Da edição de dezembro de 2022 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 1º de setembro de 2022.


Por mais de um ano tive evidências em meu corpo de algo anormal, e que estava começando a se espalhar. De início, não me preocupei, porque era uma infecção fúngica que não representava ameaça à vida, nem mesmo era perceptível, então pouco orei para resolvê-la. Obviamente, esse não é o critério correto para decidir quando devemos começar a orar! Devemos começar a orar assim que detectamos que algo em nossa vida não pareça estar cem por cento como deveria, e não permitir a procrastinação. Visto que Deus, o Espírito, é perfeito, e nós somos Sua imagem e semelhança, podemos orar, expectantes da cura completa. Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, escreveu: “De acordo com a Ciência Cristã, a perfeição é normal — não é milagrosa” (Escritos Diversos 1883–1896, p. 104).

Mas a mente mortal — a crença de que exista uma mente separada de Deus, sendo este a Mente divina e única — resiste à nossa inclinação natural de nos voltarmos a Deus, o Espírito infinito, para encontrarmos a verdade que cura o problema. Essa mente material resiste à espiritualização do pensamento, porque não conhece nem compreende o poder espiritual, a glória e a atividade da Mente divina. Presa em sua própria narrativa de que tudo é material, a mente mortal tende a ficar fascinada pela crença ou impressão de uma anormalidade física, e para por aí.

Felizmente, em nossa verdadeira identidade espiritual, não somos controlados por essa falsa mentalidade, mas somos ideias da Mente divina, Deus, e somos obedientes a Ele. Devido a isso, é natural que sintamos e obedeçamos à influência divina que faz com que não olhemos para o quadro físico. Então encontramos a paz na Mente divina, que conhece somente o bem. E quando estabelecemos a harmonia no pensamento, percebemos que também temos saúde, pois a saúde é “a consciência absoluta da harmonia e de nada mais” (Mary Baker Eddy, Rudimentos da Ciência Divina, p. 11).

Qualquer resistência à espiritualização do pensamento é um tipo de inércia que se opõe à perpétua atividade divina. Mas essa distração não pode prevalecer sobre o progresso natural do pensamento, o qual a Mente divina nos permite expressar. O livro-texto da Ciência Cristã afirma: “A Mente é a fonte de todo o movimento, e não existe inércia que lhe retarde ou impeça a ação perpétua e harmoniosa” (Mary Baker Eddy, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 283).

A ação harmoniosa é uma lei de Deus, que impulsiona o progresso e a cura. Essa lei divina é o que verdadeiramente governa todos os nossos pensamentos e ações. E nossa reflexão espiritual dessa ação harmoniosa se torna cada vez mais evidente em nossa vida, à medida que o pensamento se aproxima de Deus, a Verdade divina, que nos capacita para ver a harmonia da Verdade manifestada em todos os cursos de nossa vida.

Trabalhar com essas ideias deu novo ânimo ao meu pensamento, para superar qualquer relutância em orar por mim mesma e a tratar o problema por meio da metafísica divina, a Ciência Cristã. Afirmei que Deus, o Espírito, é o único Criador e mantenedor do homem, ou seja, de todos nós em nossa identidade e individualidade espiritual. As Escrituras ensinam que o homem é a imagem de Deus (ver Gênesis 1:27) e visto que uma imagem é uma representação de algo, vi-me como a amorosa “Exibição A” de Deus. E por ser Deus Amor puro e Vida feliz, Ele certamente não fez nada capaz de contaminar esse Amor e essa Vida.

A Sra. Eddy nos faz esta surpreendente pergunta: “É o homem um fungo material sem Mente que o ajude?” (Ciência e Saúde, p. 160). É claro que a resposta é um sonoro “Não!” E de fato temos a Mente divina, Deus, a fonte de todos os verdadeiros pensamentos, para nos ajudar a compreender o que é verdadeiro.

Senti-me elevada por essas verdades e tive a certeza de sua veracidade, bem como de sua eficácia em mudar o pensamento e o corpo. Mesmo assim, apesar de toda a oração que eu estivera fazendo e de todas as percepções espirituais que obtivera, não houve nenhuma mudança física. Veio-me ao pensamento a pergunta: “Devo me satisfazer com o crescimento espiritual e parar por aí?” Sinceramente, depois de alguns meses orando sobre essa situação, tive a tentação de fazer exatamente isso e viver com o problema.

Cristo Jesus sabia que poderia acontecer de deparar-nos com esse obstáculo, e encorajou seus ouvintes a perseverar e superar a inércia. Ele disse: “…Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á” (Lucas 11:9). E se tivermos de continuar buscando e batendo, que o façamos até alcançarmos a normalidade física, bem como a elevação espiritual. Jesus não esperava nem aceitava menos do que isso, como lemos na parábola da viúva e do juiz (ver Lucas 18:1–8). A viúva sabia que merecia um desfecho correto para seu problema e continuou seguindo em busca da resolução, até que o juiz decidiu a seu favor. Jesus assegurava aos seus ouvintes que eles (e nós) também receberíamos uma resposta justa como resultado da oração persistente. E a resolução não precisa incluir atrasos.

Por isso, continuei a afirmar a verdade que já conhecia a respeito de Deus e a rejeitar quaisquer dúvidas ou desarmonias, as quais eu sabia, do fundo do coração, não serem verdadeiras. Concentrada ao máximo na realidade do Espírito, da saúde e da harmonia, e tentando não dar atenção aos sintomas físicos, mantive-me firme.

Então, à medida que continuei orando, firme na compreensão de que não sou “um fungo”, nem um mero mortal, mas sim a ideia imortal incontaminada e magnificente do Espírito divino, o problema começou a diminuir em meu pensamento. Eu já não pensava nele com frequência. Em algum momento, os pensamentos a respeito do problema já não estavam mais clamando por atenção, e eu pude sentir que o conceito errôneo estava desaparecendo. A aparência física se normalizou e permaneceu assim.

Sendo ideias da Mente divina, nós refletimos a autoridade de Deus. A mente mortal não pode esperar, falar ou pensar mais do que nós, assim como a procrastinação e a inércia não podem atrapalhar a cura. Somos fortes no Espírito e temos o direito divino ao progresso e à cura que nos foram prometidos por Cristo Jesus.

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