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O impacto imediato da oração

Da edição de agosto de 2022 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 23 de maio de 2022.


A história sempre foi palco de muitos conflitos e guerras. Ao mesmo tempo, também sempre houve pessoas, grupos e nações que defendem a paz e a diplomacia, e maior compreensão e paciência em relação às diferenças tanto nacionais quanto internacionais.

A consciência e as orações de muitos leitores desta revista provavelmente são direcionadas a terminar com todas as guerras e conflitos, já que nenhum destes se enquadra no fato de que Deus é Tudo e todo o bem. Essas orações são elevadas e vitais, e com certeza cobrem um importante aspecto do progresso da humanidade.

Mas eu gostaria de focar em como podemos orar com eficácia quando nos encontramos bem no meio de um conflito humano — seja da dimensão de uma guerra visível ao mundo todo, ou de menor tamanho e mais pessoal.

Por trás de todo conflito humano existem pessoas com pontos de vista divergentes. Mas independentemente do lado de um conflito em que alguém esteja, todos possuem um senso espiritual inato e têm uma união inquebrantável com Deus, o bem.

A Ciência Cristã ensina que Deus é o Princípio de todo o bem. Se aceitamos esse fato, então também aceitamos que as ideias desse Princípio divino (ou seja, todos nós, os filhos de Deus) estão em completa união com ele. Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de autoria de Mary Baker Eddy, declara: “O Princípio e sua ideia é um, e esse um é Deus, o Ser onipotente, onisciente e onipresente, e Sua reflexão, Seu reflexo, é o homem e o universo” (pp. 465–466). A ideia não é o Princípio, mas nunca pode ser separada de sua fonte, seja em pensamento, seja em ação. Ao longo de toda a Bíblia há exemplos desse fato. Também é salientado na Bíblia que o homem, a ideia de Deus, tem uma herança que é espiritual e incorruptível (ver 1 Pedro 1:3, 4). O que estou querendo dizer é que quando oramos sobre a guerra, pode ser incrivelmente eficaz começar a partir dessa premissa e depois continuar a apoiar o fato de que a influência desse Princípio divino, o Amor, alcança a consciência de todos de uma maneira tal, que cada indivíduo será receptivo a essa ideia.

Como todos nós temos um senso espiritual inato, temos a capacidade de discernir aquilo que é correto, real e verdadeiro. Essa consciência pode ter um impacto imediato, transformando o caráter e o coração às vezes em um instante. Também pode trazer inspiração aos pensamentos de alguém para tomar a decisão correta, e para realizar alguma ação inesperada que traga paz e segurança para aquele momento.

Orar com essas ideias não significa que estamos tentando fazer com que alguém veja as coisas do modo como nós as vemos; pelo contrário, essa oração reconhece que cada coração é naturalmente receptivo e guiado rumo a Deus, o bem, pois cada um de nós é a expressão de Deus. E podemos manter-nos firmes na compreensão de que nada pode impedir que alguém chegue a ter essa percepção.

Esse tipo de oração pode especificamente enfrentar e romper o falso conceito de que uma pessoa ou grupo tenha caído em escuridão mental e não saiba evitar ser o primeiro agressor. Essa é uma velha mentira e, embora pareça agravar-se quando sua falsidade está sendo destruída, não pode resistir à luz da Verdade ou do Amor divino que alcança a consciência de todos.

No início dos anos 2000, eu estava servindo nas forças armadas em meio a uma guerra tumultuada. Eu sei que muitas pessoas no mundo inteiro estavam em poderosa oração pela paz e pelo fim de todo o conflito. Mas também conheço pessoalmente um punhado de pessoas (e tenho certeza de que havia muitas mais) que estavam incansável e especificamente em seu “posto de oração” todos os dias, para apoiar a segurança e o bem-estar de todos aqueles que estavam nos locais atingidos pelas hostilidades. A parte mais importante dessas orações era reconhecer a capacidade ininterrupta do homem, de discernir e nutrir o bem.

Durante o tempo em que estive envolvido nesse conflito, eu tinha de liderar soldados e frequentemente tomar decisões rápidas e corretas. Todas as manhãs eu reconhecia em oração que meu maior dever era estar receptivo à influência do Amor divino, Deus, e responder imediatamente ao mais elevado impulso espiritual.

Em um caso específico, depois de sofrermos um grave e exato ataque surpresa, meus pensamentos iniciais foram impulsivos e dei instruções erradas ao meu pelotão. Mas, no momento seguinte, senti a calma e a clareza dissipando a névoa mental. Eu sabia que essa calma vinha de Deus. Imediatamente dei uma contraordem que foi bem calculada e segura para todos. Em vez de a situação se agravar, rapidamente se dissipou, para grande benefício daqueles que estavam apenas observando de fora, bem como daqueles diretamente envolvidos.

Lembro-me de muitos casos em que um caminho seguro e mais pacífico surgiu bem no meio de uma operação tática — casos em que eu ou outro membro do pelotão reconhecíamos e reagíamos fielmente a um impulso que levava a tomar decisões que conduziam à harmonia. Acho que muitos de nós tínhamos uma crescente consciência de que havia um caminho mais elevado, mesmo através do que às vezes parecia ser o “vale da sombra da morte” (ver Salmos 23:4). Para mim, esse caminho mais elevado era o que Cristo Jesus indicava aos seus seguidores, uma profunda consciência da onipotência do Espírito, Deus. Era essa consciência interior de profunda harmonia, que Jesus estava trazendo à vista em seus seguidores, uma consciência que pôde elevar tudo acima das ondas do medo e do conflito, para ver e sentir verdadeiramente o poder e a compreensão espiritual de seu comando ao vento e às ondas: “…Acalma-te, emudece! …” (Marcos 4:39).

Você pode oferecer apoio específico ao senso espiritual de cada indivíduo — seja agressor ou vítima. Essa é uma ajuda poderosa e direta. Nesse tipo de vigília de oração, ninguém fica de fora; abrange todos os níveis de combatentes, desde os recrutas até o líder, quando o Cristo conduz cada pensamento à conformidade com a Verdade.

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