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Original para a Internet

O homem nunca nasceu na matéria

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 8 de novembro de 2021


Certa vez, ao estudar a Lição Bíblica que encontramos no Livrete Trimestral da Ciência Cristã, dei-me conta de que meu progresso espiritual parecia estar estagnado. Embora a Lição continuasse a ser parte importante de meu estudo diário, eu precisava de uma nova perspectiva.

Deus me revelou conceitos básicos para eu compreender a inspiração que a Lição Bíblica nos traz. Além disso, Mary Baker Eddy, a Descobridora da Ciência Cristã, deixou em seus escritos muitas declarações e explicações a respeito da verdade espiritual, as quais me fizeram refletir e avançar em meu estudo. O que aprendemos na Ciência Cristã é a Verdade discernida.

Em um simpósio, na igreja, um palestrante falou a respeito de Melquisedeque. Para mim, a história desse profeta tornou-se uma área de pesquisa, a fim de compreendê-lo de modo espiritual. A primeira ajuda que recebi está no poema da Sra. Eddy “Christ and Christmas [O Cristo e o Natal], em cujo Glossário está incluído este versículo da carta aos Hebreus, que se refere a Melquisedeque: “Sem pai, sem mãe, sem genealogia; que não teve princípio de dias, nem fim de existência, entretanto, feito semelhante ao Filho de Deus…” (7:3). Que belo resumo a respeito desse personagem, a quem muitos se esforçam para compreender, e que pisou na terra cerca de dois mil anos antes de Cristo Jesus.

Perguntei a mim mesmo: “O que isso (a manifestação de Melquisedeque) significa?” A resposta veio do primeiro capítulo do Gênesis: “Disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança…” (versículo 26). Melquisedeque é um exemplo espiritual de alguém sem começo mortal e sem fim de dias. Ele indica nossa verdadeira identidade criada por Deus. Aprendemos na Ciência Cristã a reconhecer a verdadeira criação, a única criação, nossa identidade espiritual, como o reflexo de Deus. Essa é a Ciência do existir em que não há “princípio de dias, nem fim de existência”. O homem de Deus (a verdadeira identidade de cada um de nós) nunca nasceu na matéria. É muito importante compreendermos que somos filhos de Deus, coexistentes e eternos com Deus.

Tive outra inspiração quando descobri a palavra preexistência, que a Sra. Eddy usou em Escritos Diversos 1883–1896: “Os mortais perderão o senso que eles têm de mortalidade — enfermidade, doença, pecado e morte — na proporção em que adquirirem o senso da preexistência espiritual do homem como filho de Deus; como o progênito do bem, e não do oposto de Deus — ou seja, o mal, ou um homem caído da graça divina” (p. 181). Deus é a vida do homem, sem começo e sem fim. Deus é infinito, e a infinitude nunca começou e nunca termina. Por isso, o homem espiritual nunca nasceu na matéria, ele sempre existiu.

A Sra. Eddy não usou a palavra preexistência em sua obra principal, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, mas a compreensão que ela possuía dessa palavra permeia seus escritos. Por exemplo, em Ciência e Saúde lemos: “Se vivemos depois da morte e somos imortais, devemos ter vivido antes do nascimento…” (p. 429). Isso, para mim, não foi algo fácil de compreender, mas é um exemplo da nova perspectiva que eu precisava ver, ouvir e compreender.

Deus, Eloim, nunca deu origem à matéria. Quando compreendemos isso, nosso raciocínio não pode ser obscurecido pelo pensamento dualista — a neblina que esconde a realidade divina; a crença de que existam tanto o Espírito como a matéria. Mas a mente carnal, a mente mortal, ilude o pensamento, induzindo-o a crer na matéria. Podemos superar a delusão desse erro por meio da percepção clara da realidade absoluta que encontramos na Verdade divina, a liberdade e o domínio que nos foram dados por Deus. Não existem duas mentes — uma boa e outra ruim, uma divina e outra material.

Por meio do estudo da Ciência Cristã, aprendemos que é irreal a crença de que exista “matéria boa” e “matéria ruim”, pois ambos são conceitos errôneos. O bem que percebemos é resultado do fato de que Deus é uno e único, o infinito Tudo, que Se revela espiritual e perfeito — a fonte de todo o bem, inclusive na vida diária do homem.

Na proporção em que nossa compreensão espiritual se torna mais profunda, crescemos e reconhecemos a falsidade da crença no homem dual — material e espiritual ao mesmo tempo. Com base no conhecimento da preexistência do homem, compreendemos que o mortal nunca fez parte da infinita criação divina. Deus é Tudo-em-tudo, e o homem espiritual é Seu reflexo. Como afirma a Sra. Eddy na “declaração científica sobre o existir”: “O Espírito é o real e eterno; a matéria é o irreal e temporal” (Ciência e Saúde, p. 468). Assim sendo, o bem que vemos ao nosso redor indica a presença do Espírito, e a verdadeira substância do bem de Deus é cem por cento espiritual, não material.

Compreender isso mais profundamente destrói a crença de que sejamos seres materiais que podem manifestar pecado, doença e morte. Ao contrário, somos ideias espirituais que só podem manifestar harmonia. Isso foi reforçado pela Sra. Eddy, quando disse: “Deus, o Espírito, sendo tudo, nada é matéria (Ciência e Saúde, p. 113).

Cristo Jesus falou sobre sua preexistência, quando disse: “…antes que Abraão existisse, eu sou” (João 8:58). Antes que Abraão existisse, e por todos os tempos, Deus e o homem são coexistentes, eternos e inseparáveis. Por que Deus e o homem são inseparáveis? Porque o homem é o reflexo de Deus, a imagem e semelhança de Deus. Um não existe sem o outro. Se Deus está aqui, então o homem está aqui e, do mesmo modo, se o homem está aqui, então Deus está aqui.

Toda causa e todo efeito são de Deus e Ele não criou o nascimento material, a idade, a doença ou a morte. Essas crenças errôneas não fazem parte da existência imortal. À medida que nos esforçamos para compreender mais profundamente essas verdades, nosso existir como ideia espiritual vem à luz. No primeiro capítulo do Gênesis, a primeira ordem de Deus foi “Haja luz” (1:3), e a luz trouxe compreensão espiritual.

Essa inspiração levou-me a uma terceira percepção, com isto que a Sra. Eddy afirma: “A Ciência Cristã traduz para os mortais a Mente, Deus. É o cálculo infinito que define a reta, o plano, o espaço e a quarta dimensão do Espírito” (Escritos Diversos, p. 22). É na “quarta dimensão do Espírito” que nós realmente vivemos e, à medida que compreendemos que realmente vivemos no Espírito, avançamos cada vez mais na superação dos conceitos mortais. O modo de pensar limitado é trocado por ideias infinitas que expressam a espiritualidade, o reino dos céus. Essa é a infinita e ilimitada “dimensão do Espírito”, Deus — verdadeiramente a única realidade. Esse objetivo é alcançado quando expandimos nosso conhecimento a respeito de Deus pela purificação de nosso pensamento, coando pensamentos errôneos e aprendendo quem de fato somos — e quando passamos a viver a partir desses ideais.

Na proporção em que aprendemos mais a respeito da vida eterna, podemos também aumentar nossa compreensão a respeito da ressurreição. Podemos empenhar-nos para vivenciar um tipo de ressurreição (pensamento ressuscitado) à medida que persistimos em mudar nossa maneira de pensar para um ponto de vista mais elevado e, então, as crenças materiais cedem à compreensão espiritual — “uma mudança de base” (Ciência e Saúde, p. 162).

Com o pensamento espiritualizado, chegamos a uma visão melhor e mais verdadeira de nossa imortalidade, nossa existência espiritual, nossa vida eterna. Cristo Jesus nos disse estas vivificantes palavras: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá” (João 11:25). Ressuscitamos à medida que elevamos nosso pensamento aos conceitos espirituais do verdadeiro homem.

Na proporção em que progredimos em nosso estudo da Ciência Cristã, aumenta nossa percepção da preexistência e da ressurreição — e nutrimos a compreensão de que, tanto nós como os outros, todos somos ideias espirituais. Esta revelação do existir infinito surge mais plenamente em nossa consciência, a saber, que “o homem não é material; ele é espiritual” (Ciência e Saúde, p. 468). Quando vemos a irrealidade da mente mortal, das crenças materiais e da criação material, chegamos à compreensão de que Deus nunca causou nada inferior à Sua própria criação espiritual e perfeita.

Com essas novas percepções, a Lição Bíblica ilumina novamente o caminho reto e estreito. Deus revelou-me os conceitos básicos para eu compreender mais profundamente a inspiração que a Lição Bíblica oferece. O que aprendemos na Ciência Cristã é realmente a Verdade discernida.

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