Assim que conheci a Ciência Cristã, há uns quatro anos, tive minha primeira experiência de cura pela oração. Certo dia, eu estava saindo para trabalhar, quando avistei uma filhotinha de gato rondando próximo ao meu portão. Resolvi voltar e deixá-la em casa.
Alguns dias depois, percebi algumas feridas se alastrando pelo corpo dela. Quando um veterinário a examinou, disse que era uma doença grave e comum entre gatos de rua, e que eu teria de levá-la várias vezes para tomar vacina. Também disse que eu não a deixasse na rua novamente, se não quisesse ter esse trabalho, pois ele acreditava que a doença era transmissível. Se eu preferisse, ele poderia sacrificá-la.
Decidi ficar com ela e mantê-la dentro de casa, sem contato com outras pessoas e outros animais.
Eu estava começando a frequentar uma igreja filial da Ciência Cristã no Rio de Janeiro. Era quarta-feira, e resolvi ir à reunião de testemunhos. Quando o culto terminou, eu não conseguia conter as lágrimas — estava emocionada diante do pensamento de que eu também poderia colocar em prática as mesmas verdades espirituais mencionadas pelas pessoas que haviam relatado testemunhos de cura, naquele culto. Como elas, eu também poderia vivenciar uma experiência de cura.
Quando uma pessoa, membro da igreja, se aproximou para me cumprimentar, eu lhe contei o que ocorrera com a gatinha. Essa pessoa me ajudou a ver que, apesar daquele quadro de desarmonia, poderíamos reconhecer que toda a criação de Deus — que inclui todos os animais — é o reflexo, a reflexão, de Deus. Por isso, cada criatura é a expressão perfeita do Amor divino, e inteiramente espiritual. Pensei na gatinha como uma ideia de Deus, plenamente harmoniosa. Essa amiga da igreja ainda falou de outro membro da igreja, que costumava cuidar dos seus gatinhos colocando em prática os ensinamentos da Ciência Cristã.
Saí da igreja mantendo em mente que minha gatinha expressava a perfeição dada por Deus. Todas as vezes que pensava nela, eu afirmava que Deus criou tudo perfeito, e que toda dessemelhança da harmonia divina não passava de uma sugestão errônea, pois Deus, o bem, é plenamente harmonioso, está acima de tudo e é Tudo. Por isso, tudo expressa somente harmonia. E isso exclui toda sugestão errônea que alegue que alguma desarmonia, inclusive a doença, tenha poder.
Telefonei para o membro da igreja que cuidava de seus gatinhos aplicando os ensinamentos da Ciência Cristã. Ele me disse que eu poderia continuar reconhecendo, em oração, que em Deus não há imperfeição e que, portanto, Sua criação pode somente refletir perfeição. Assim eu fiz, e em pouco tempo, à medida que reconhecia a expressão da harmonia em minha gatinha, ela começou a melhorar. Persisti orando dessa maneira até que ela ficou completamente livre dos ferimentos e ficou curada.
A gatinha continua alegrando minha casa, e não voltou a apresentar nenhum sintoma, nem dessa, nem de outras doenças.
María Regina de Freitas
Duque de Caxias, Rio de Janeiro, Brasil
