A música sempre fez parte de minha vida. Muitos membros de minha família têm inclinação para a música, o que sempre foi um ponto forte de conexão entre nós, principalmente durante as festas de fim de ano.
No ano passado, na época do Natal, eu estava me debatendo com uma dolorida obstrução no ouvido e problemas de audição. Também estava muito estressada devido a uma agenda corrida de viagens, nesse período, com o cancelamento de alguns voos, o que impossibilitou a visita a muitos familiares próximos.
Eu estava me sentindo muito mal com o congestionamento no ouvido, e esgotada devido às questões da agenda. O problema auditivo era o incômodo maior, pois interferia em meu desempenho, e não me permitia cantar corretamente. O fato de eu não conseguir me expressar musicalmente fazia com que me sentisse ainda mais desconectada dos familiares, com quem eu não iria conseguir passar as festas de fim de ano.
Entrei em contato com uma praticista da Ciência Cristã e lhe pedi ajuda por meio da oração, para tratar dessas questões. Ela leu para mim a seguinte passagem: “O ‘ouvido divino’ não é um nervo auditivo. É a Mente que tudo ouve e tudo sabe, e que sempre conhece todas as necessidades do homem e as satisfaz” (Mary Baker Eddy, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 7). A ideia de que o “ouvido divino” não era algo físico, mas representava o fato espiritual de que Deus conhece nossas necessidades, e que essas necessidades são satisfeitas, chamou muito minha atenção, e foi particularmente reconfortante para mim, pois estava sentindo falta de estar com minha família.
Naquela noite, acordei em meio a um pesadelo assustador e, imediatamente, comecei a orar com a primeira estrofe do Hino 412 do Hinário da Ciência Cristã, que diz o seguinte:
Ó sonhador, desperta do teu sonho;
Ó tu, cativo, te ergue, livre e são.
O Cristo rasga o denso véu do erro,
E vem abrir as portas da prisão.
(Rosa M. Turner, trad. © CSBD)
Comecei a aplicar as exortações contidas nos versos acima, aos desafios físicos e emocionais que eu estava enfrentando. Precisei abandonar a crença de que eu poderia sentir dor, ter congestionamento do ouvido, ou sentir falta de alguma coisa, e aceitei minha verdadeira natureza como o reflexo perfeito, completo e imutável de Deus. O medo e a frustração que eu estava sentindo foram substituídos pela verdade sobre minha existência — a completa harmonia, inclusive em relação à saúde. Percebi que a rapidez com que esse hino me veio ao pensamento fora o resultado de minha receptividade ao “ouvido divino”, a Mente divina, Deus, que conhece minha necessidade e a satisfaz instantaneamente. Consegui adormecer e dormi durante o resto da noite.
Quando acordei pela manhã, a dor havia diminuído consideravelmente, e a clareza mental havia substituído o congestionamento do ouvido. Continuei o tratamento pela Ciência Cristã com a praticista e, em poucos dias, eu estava completamente curada — física e mentalmente. Não voltei a sentir dor e passei o restante daquele período festivo cantando alegremente músicas natalinas, e me sentindo próxima de minha família, mesmo estando a centenas de quilômetros de distância.
Mandy-kay Pécheck
Sherman Oaks, Califórnia, EUA
