A oração, juntamente com o estudo das Escrituras e do livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, já ajudou inúmeras pessoas a se sentirem mais próximas de Deus e serem, assim, curadas. Às vezes, contudo, pode parecer que precisamos estudar e orar muito para ficarmos realmente envoltos pelos braços do Amor divino. Mas, na realidade, somos expressões vivas da alegria e do amor de Deus e já habitamos nos braços do Amor, Deus. A Ciência Cristã revela que a alegria e a harmonia são aspectos sempre presentes dessa realidade e a consciência desse Amor é nossa verdadeira habitação, onde podemos ficar no sereno reconhecimento de nossa plenitude e bem-estar espirituais.
As ideias que aceitamos como verdadeiras, e os pensamentos que ocupam nossa mente, determinam a maneira como vivemos. Na proporção em que nossos pensamentos estão conscientemente fundamentados nos ensinamentos de Cristo Jesus, nós habitamos na consciência — o “palácio” — da Verdade e do Amor infinitos.
Aceitar a desarmonia ou não aplicar os ensinamentos da Ciência Cristã, quando enfrentamos um problema, pode fazer com que nos sintamos paralisados pelo medo e pela materialidade. Mas mesmo nesses momentos, a sempre-presença de Deus está conosco. Como escreveu a Sra. Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, ao comparar sua experiência com a jornada dos israelitas para se libertarem da escravidão: “Vi diante de mim o terrível conflito, o Mar Vermelho e o deserto; mas continuei a avançar, com fé em Deus, confiante de que a Verdade, a forte libertadora, me guiaria para a terra da Ciência Cristã, onde os grilhões caem…” (Ciência e Saúde, pp. 226–227).
Ser consumido pelo “terrível conflito” é viver em um crescente senso de erro e mal — o oposto da Verdade, Deus, o bem. Quanto mais focamos nossa atenção no problema que nos aflige, mesmo que seja na tentativa de curá-lo, mais real ele vai parecer. Mas se, em vez disso, avançamos “para a terra da Ciência Cristã, onde os grilhões caem”, encontramos o bem exatamente onde o problema parecia tão real.
Ao habitar nos pensamentos de Deus — mantendo a Verdade e a harmonia divina em primeiro plano no pensamento — constatamos que a suposta realidade da doença, da falta e até mesmo da morte começa a se desvanecer. Assumir a responsabilidade por nosso pensamento e, cada vez mais, pensar como Jesus pensava, nos ajuda a reconhecer que o todo-harmonioso reino de Deus, que Jesus disse estar dentro de nós, (ver Lucas 17:21), é a realidade atual.
A Verdade se torna mais interessante, mais atraente, à medida que nela habitamos. E podemos vivenciá-la em qualquer lugar e a qualquer momento, na proporção em que nela persistimos. Como diz a Bíblia a respeito de Deus: “Tu, Senhor, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em ti” (Isaías 26:3).
Uma maneira de colocar em prática tudo isso é expressando profunda gratidão e amor a Deus, como fez Jesus antes de ressuscitar Lázaro (ver João 11:41–44) e antes de alimentar uma multidão de cinco mil pessoas, sendo que havia apenas dois peixinhos e cinco pães (ver João 6:5–13). Lázaro ressuscitou e aquelas milhares de pessoas foram alimentadas, como resultado da consciente compreensão que Jesus tinha a respeito do bem ilimitado de Deus.
Nós também podemos ficar em comunhão com Deus, o bem infinito. Ao acordar, todas as manhãs, podemos abandonar a tentação de nos conectarmos com a desarmonia ou a dor do dia anterior e, em vez disso, elevar o pensamento acima de um ego mortal aparentemente separado de Deus. Podemos dizer, por exemplo: “Sou muito grato a Ti, Deus. Eu Te amo. Sei que Tu és minha vida. Sou muito grato pela Verdade e sei que Tu és a Verdade”. Expressar gratidão é um eco do próprio amor divino e expande dinamicamente nosso próprio senso de bem no dia a dia.
Uma amiga minha relatou que após passar apenas uma semana expressando amor e gratidão a Deus a cada manhã, e sinceramente se sentindo grata, sua vida mudou. Após um longo período de estagnação, tendo dificuldade em tomar decisões para o progresso em sua vida, ela constatou que tudo mudou e sentiu-se capacitada a facilmente agir. A hipoteca de sua casa foi aprovada, a compra da casa foi concluída e seu pedido de filiação nA Igreja Mãe (A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, em Boston) foi aceito. Ela escreveu: “Estou vivendo no círculo do Amor e me recuso a dele sair!”
Dia após dia, até mesmo momento a momento, escolhemos nosso campo mental — o reino de Deus, a Verdade imortal, ou a escravidão do erro mortal. É inútil e frustrante tentar permanecer com um pé em cada área. Viver com Deus, o bem, é nosso estado original e natural. Como parte perfeita da perfeita criação de Deus, cada um de nós pode optar por fazer isso.
Expressar gratidão e amor é frequentemente tudo o que precisamos fazer para estarmos conscientes do existir no reino de Deus, nossa legítima morada. Consiste em permanecer na órbita dos pensamentos de Deus. Expressar o que compreendemos do infinito amor de Deus nos permite participar desse amor e vivenciar ainda mais a perfeita paz de Deus — um senso completo e estável de bem-estar. Sermos gratos a Deus nos permite sentir a Deus muito além de meras palavras. Também nos ajuda a compreender que nunca ficaremos sem o bem de Deus, porque esse bem é nosso verdadeiro lar.
Porventura tentamos humanamente administrar a doença, o estresse, a desilusão, a confusão, a ansiedade causada pelas notícias etc.? Ou, em vez disso, quando nos sentimos cansados, menosprezados ou deprimidos, nos dispomos a transformar nosso pensamento e avançar “para a terra da Ciência Cristã, onde os grilhões caem”?
Somos e sempre seremos o que Deus, o Princípio perfeito, cria: o homem perfeito. Essa é a verdadeira identidade espiritual de cada um de nós como a autoexpressão ativa do Princípio.
Você anseia por um senso mais profundo e mais claro de alegria e harmonia — não apenas ler palavras, mas expressar a Palavra de Deus como sua própria vida? Você se dedica ao estudo, mas continua buscando a citação perfeita na Bíblia e nos escritos da Sra. Eddy, como se ainda não tivesse encontrado o Cristo, a Verdade? O fato é que o Cristo está aqui e nós estamos convidados a viver nessa consciência. Nada pode nos impedir de aceitar esse convite — nenhuma injustiça, nenhum erro, medo ou qualquer senso de limitação ou ego pessoal.
Podemos escolher como pensar, a cada momento. Você deseja habitar na Verdade e no Amor infinitos — em uma morada cheia do mais alto pensamento do Cristo? É claro que sim. E como você é o precioso filho ou filha de Deus, você tem direito a permanecer nessa morada.