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Original para a Internet

Mais que o suficiente para todos

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 16 de setembro de 2024


Pessoas com pontos de vista diferentes sobre política talvez tenham opiniões acirradas sobre riqueza, recursos, equidade e justiça, mas há um ponto que essas opiniões têm em comum, é o senso de que simplesmente não há recursos suficientes para todos. Alguns acreditam que se alguém trabalhar duro terá tudo o que precisa. Outros se sentem vítimas de um sistema que lhes é desfavorável, não importa o que façam. Contudo, o conceito subjacente é o de que existe um montante limitado de recursos do qual, ou todos venham  a receber um pouco, ou alguns recebam muito enquanto outros não recebam nada — seja emprego, habitação, alimentação ou capacidades. Essa nuvem escura de limitações obscurece a visão e pesa na perspectiva que muitas pessoas têm do mundo.

Lembremos, no entanto, uma promessa auspiciosa que consta na Bíblia, no livro de Malaquias: “Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida” (3:10). Que visão alvissareira! Ir a Deus, levar a Ele tanto a nossa necessidade quanto o nosso suprimento, e sentir sua provisão completa como uma torrente de bênçãos. Nesse versículo, também temos o convite para considerar que nós mesmos somos uma bênção para os outros, derramada como dádiva de Deus ao mundo.

Esse é o céu — o reino de Deus — que os patriarcas e as matriarcas vislumbraram, que os profetas profetizaram e que Cristo Jesus veio proclamar por meio de seu evangelho.

Desde os israelitas alimentados com maná e codornizes no deserto, até a viúva em Sarepta que pôde sustentar sua família e a Elias com suprimento inesgotável, até Jesus que alimentou multidões, temos exemplos vívidos de como a infinidade do céu inclui abundância para todos 

O que é inspirador sobre esses relatos bíblicos é que não se trata de histórias daquilo que é possível para algumas pessoas, e não para outras. Jesus começou seu ministério com palavras dirigidas a todos — os poderosos e os destituídos: “…Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” (Mateus 4:17). E encerrou seu ministério com a promessa de que seus seguidores seriam capazes de realizar as obras que ele fazia (ver Marcos 16:17, 18). Ele também disse: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco…” (João 14:16). Esse Consolador, esse Confortador, é a lei de Deus, a Verdade; não é algo que procuramos usar para conseguir mais harmonia. Pelo contrário, mostra-nos que Deus está sempre expressando a Si mesmo na harmonia chamada céu, e que ninguém fica de fora, de maneira alguma.

Na época moderna, Mary Baker Eddy descobriu a eficácia e a presença imediata e a provisão do poder de Deus em toda a Sua plenitude, inclusive em termos de saúde e capacidades. Graças à sua própria cura e a cura de outros, ela sabia que Jesus tinha mostrado como as coisas realmente são. E, com humildade e coragem, ela estabeleceu uma igreja “…concebida para ser edificada sobre a Rocha, o Cristo; ou seja, a compreensão e demonstração da Verdade, da Vida e do Amor divinos, curando o mundo e salvando-o do pecado e da morte; refletindo assim, em certo grau, a Igreja Universal e Triunfante” (Mary Baker Eddy, Manual da Igreja, p. 19).

Salvando o mundo! Ninguém e nada fica de fora. O que aprecio profundamente, nessa definição de Igreja, é o fato de ela ser verdadeiramente espiritual — não limitada pelo tempo ou pela arquitetura — e que eu sempre posso colocar em prática a “igreja viva”, com tudo o que ela inclui e promete quanto à salvação igual para todos. Posso deixar o poder sanador de Deus brilhar por meio de minhas ações e de minha compreensão.

Recentemente, minha família e eu estávamos esperando para fazer uma travessia de balsa de um país para outro. Ao ver a fila de carros à nossa frente e atrás de nós, comecei a ficar preocupado com a impossibilidade de todos caberem na balsa. Mas ao pensar sobre a natureza de Deus, senti a plena convicção de que havia lugar para todos — que o suprimento era suficiente. Deus não me garantiu especificamente que meu carro caberia na balsa, mas que simplesmente havia suprimento suficiente — uma certeza que abrangia a todos. Eu sabia que meu papel era concordar com isso e continuar a pensar a partir dessa premissa. Não apenas nós conseguimos entrar na balsa, mas também todos os carros atrás de nós. E foi um passeio verdadeiramente lindo, cruzando o mar. Minha profunda atenção à presença de Deus havia ajustado minha perspectiva para ver mais claramente o que de fato era a realidade.

Esse mesmo ajustamento na maneira de pensar é o que está por trás de toda cura que a Ciência Cristã possibilita a todos. Não se trata de mudar uma situação ruim para uma situação melhor; a oração primeiramente ajusta nosso senso a respeito do que de fato está acontecendo. A premissa concreta da qual Jesus partia, era a de que o céu está aqui; nosso papel é reconhecer isso e, caso não o estivermos vendo, teremos de nos dispor a arrepender-nos, como Jesus ordenou, ou seja, mudarmos nosso ponto de vista e nossa perspectiva. Acaso estamos insistindo no conceito de que alguns conseguem o que querem e outros só perdem, em um mundo onde não há o suficiente? Ou estamos lançando nosso peso para o lado do reconhecimento da onipresença do céu, com seu suprimento infinito? 

Há alguns anos, eu estava dando aula para uma jovem, na Escola Dominical, e ela me contou que seu irmão mais velho não estava se sentindo bem e estava com a mãe, assistindo ao culto. Passamos momentos inspirados considerando como o amor deve estar no centro da oração pelos outros. Ela afirmou que amava o irmão, e afirmamos juntos que Deus também o amava. E que ali mesmo na igreja, ele estava usufruindo das orações dos membros pela congregação e podia sentir o amor sanador de seu Pai-Mãe Deus. Em um pequeno cartão a menina escreveu: “Querido irmão, eu vou curar você”. Continuamos a ponderar sobre esse amor maravilhoso e sanador da Igreja e sobre a capacidade da própria menina de orar eficazmente, sabendo que a presença sanadora de Deus proporciona todo o cuidado de que necessitamos. Depois da Escola Dominical, ficamos gratos ao constatar que seu irmão havia tido uma cura completa, durante o culto.

Esta mesma lei de suprimento governa todos os detalhes de nossa vida. Podemos confiar na palavra de Jesus sobre o que ele afirma a respeito da presença do céu, com tudo o que isso implica. Não precisamos seguir uma visão de mundo que aceite limites de qualquer tipo. Começar com a premissa correta nos mantém receptivos para vermos e usufruirmos da provisão do céu, agora.

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