Há algum tempo, um amigo e eu estávamos em um campo de futebol para assistir a um jogo do time de nosso vilarejo. Durante o jogo, recebi, pelo WhatsApp, uma mensagem de um conhecido, pedindo oração.
Afastei-me um pouco para responder a mensagem, e parei de prestar atenção ao que acontecia no jogo. Escrevi que mesmo que o erro, o oposto da Verdade, Deus, nos atacasse, deveríamos nos manter fiéis à verdade.
Assim que enviei a mensagem, a bola de futebol me acertou com força no olho direito. Fiquei atônito por alguns instantes, mas logo afirmei que no universo ordenado e harmonioso de Deus — o reino dos céus que nos cinge por completo — não há acidentes. Isso me ajudou a me ater à verdade espiritual a respeito da situação, e a assegurar, aos jogadores e a uns espectadores que estavam próximos a nós, que tudo estava bem.
Enquanto eles voltavam a prestar atenção ao jogo, eu me acalmei e mantive o pensamento firme no que é verdadeiro. Apesar de meu olho lacrimejar e eu ter dificuldade de enxergar com ele, não me concentrei nisso. Ao contrário, persisti na oração. De repente, percebi que estava errada a mensagem que eu enviara dizendo que o erro nos atacaria com suas crenças errôneas. O erro é uma mentira. Uma mentira não constitui algo; é uma negação. É o nada e não pode nem querer nem fazer algo, portanto, não pode nem me atacar nem querer fazê-lo. Pensando assim, fechei a porta de minha consciência à mentira, proibindo sua entrada. Também afirmei que nenhum sofrimento pode resultar de querermos amorosamente ajudar alguém, como eu estivera fazendo.
No caminho para casa, em oração reconheci também que a verdadeira visão é espiritual, outorgada por Deus, que é o próprio Espírito. Por isso, esse senso espiritual permanece intocado e não é limitado pela matéria nem por nada físico.
Quando cheguei em casa, fiquei contente por ter paz e sossego para continuar a me aprofundar na oração. Sempre que pensamentos de medo sugeriam que meu olho estava seriamente ferido, eu perseverava em minhas convicções espirituais. Ao tentar, e não conseguir, ler algo no livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de Mary Baker Eddy, lembrei a mim mesmo que a visão é uma qualidade espiritual de Deus, e, por isso, eu não podia estar separado dela. Eu estava pronto para deixar o Espírito, a Verdade, me mostrar que eu estava livre do problema. Seguro disso, adormeci.
Na manhã seguinte, de início eu estava com receio de abrir os olhos, caso a cura não tivesse ocorrido. Mas orei para reconhecer a Verdade e nela confiar, e compreendi que tudo o que seja dessemelhante da Verdade não tem poder. Então, abri os olhos com confiança. Eu conseguia enxergar claramente! O mais maravilhoso a respeito dessa cura foi a sensação de um amor todo-abrangente que me sobreveio naquela manhã.
Agradeço a Deus por essa cura, e dou glória a Ele.
Felix Droß
Kirchhain, Alemanha