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A Verdadeira Sensibilidade

Da edição de julho de 1965 dO Arauto da Ciência Cristã


Mateus, Marcos e Lucas, todos êles contam um incidente muito apreciado, ocorrido no sacerdócio de cura de Cristo Jesus. Em uma grande multidão que seguia o Salvador, encontrava-se uma mulher que, havia doze anos, sofria de um mal muito aflitivo. Relata Marcos que ela, “vindo por trás dêle, por entre a multidão, tocou-lhe a veste. Porque dizia: Se eu apenas lhe tocar as vestes, ficarei curada” (Marcos 5:27, 28). Segundo o relato, ficou sã imediatamente.

O que produziu a cura? Será que o poder divino se transmitia de maneira sobrenatural, através de Jesus e pelo contacto material? Não, porquanto a Bíblia apresenta Jesus dizendo: “A tua fé te salvou.” Era uma fé cega, ou uma receptividade profunda e sincera, ou ainda uma sensibilidade verdadeira ao sentido da Alma, que une o pensamento à presença de Deus, Mente divina?

Mrs. Eddy explica o que ocorreu. Com inspirada visão espiritual, escreve na página 86 de Ciência e Saúde: “Jesus certa vez perguntou: 'Quem me tocou?' Supondo que apenas o contacto físico dera causa a essa pergunta, seus discípulos responderam: 'As multidões te apertam.’ Jesus sabia, e os outros ignoravam, que não a matéria, mas a mente mortal, tocara-o em busca de auxílio. Quando repetiu a pergunta, respondeu-lhe a fé duma mulher doente. A percepção imediata que êle teve dêsse apêlo mental ilustrou sua espiritualidade.”

Um elemento essencial da cura espiritual é a sensibilidade ou receptividade ao bem. Precisamos compreender mais a respeito dessa qualidade da Alma, Deus. Quando há bastante sensibilidade verdadeira no pensamento tanto do praticista como do paciente, a cura pode ser espontânea e rápida. A razão é que a sensibilidade ao bem é receptividade ao Cristo, Verdade, sempre presente. Quando o necessitado é fortemente sensível a idéias espirituais, aquêle que está em melhores condições de atender à necessidade aparece. Quando aquêle que pode ajudar a outrem está imbuído com a ternura do sentido espiritual necessário em dado caso, aquêle que está preparado para receber tal ajuda é atraído para êle.

O Amor divino está sempre aqui, está em tôda parte. Êsse Amor, ou Alma, é a própria essência e fonte da terna sensibilidade que está disponível para qualquer um.

A verdadeira sensibilidade, ou a intensa receptividade ao bem, encontra-se não só no conhecimento das idéias divinas, mas também na percepção de sua amável presença. Poder-se-ia dizer que conhecemos os pensamentos da Mente divina, mas percebemos o sentido da Alma que os expressa.

Na Ciência Cristã aprendemos que o homem, a semelhança de Deus, é sensível sòmente ao bem, pois Deus é o bem. É jubiloso saber que tudo está bem com Deus e o homem, e causa satisfação sentir que isso assim é. A cura é espontânea quando o Cristo, a Verdade que se conhece, e o Amor divino que se sente, são um só na consciência.

Mrs. Eddy projetou outra luz inspiradora sôbre a cura da mulher doente. Na página 57 de seu livro Unity of Good — A Unidade do Bem — escreve: “Quando Jesus voltou-se e disse: ‘Quem me tocou?’ deve ter sentido a influência do pensamento da mulher; pois está escrito que êle reconheceu que ‘dêle saíra poder’. Sua consciência pura discriminava e ofereceu êsse veredicto infalível; êle porém, não aceitou o êrro da mulher, nem por afinidade nem por fraqueza, porquanto o êrro foi descoberto e rejeitado.”

Precisamos sobrepor-nos à crença de que somos receptivos ao êrro, ou sensíveis a êle. Por razão de hereditariedade ou de temperamento, algumas pessoas parecem mais sensíveis ao êrro do que outras. Essa falsa sensibilidade às vêzes se apresenta como se fôsse uma constituição fraca, uma natureza passiva, uma supersubmissão à vontade de outros, ou como uma receptividade às sugestões do mêdo crônico. Se algo disso parece ocorrer, será necessário reafirmarmos contìnuamente a nós mesmos que “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações” (Salmo 46:1).

Um dos meios mais simples e lógicos de vencermos a largamente difundida crença na sensibilidade ao êrro, é cessarmos de insistir no êrro. Devemos, diàriamente, entregar-nos a um trabalho rigoroso de eliminar de nós todo pensamento errôneo e abster-nos de conversar ou ouvir relatos sôbre doença, pesar, infelicidade ou discórdia. Para fazer isso, precisamos manter pensamentos divinos, atitudes gentis e ativa sensibilidade ao bem.

Quando estudamos diàriamente a Lição-Sermão, delineada no Livrete Trimestral da Ciência Cristã, quando pomos em prática suas verdades e oramos cientìficamente para nós e para o mundo, lançamos os fundamentos para um bemestar e um progresso contínuo em direção a Deus.

A verdadeira sensibilidade está admiràvelmente resumida por nossa Líder em Ciência e Saúde, onde ela diz (p. 569): “Aquêle que tocar a orla da veste do Cristo e dominar suas crenças mortais, a animalidade e o ódio, rejubilar-se-á com a prova da cura — uma impressão doce e segura de que Deus é Amor.”

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