No primeiro capítulo do Gênesis, lemos: “No Princípio criou Deus os céus e a terra... Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom.” No espaço que medeia entre êsses dois versículos está o relato minucioso da criação espiritual. Em ponto algum dêsse relato está registrado ter sido feito algo que não fôsse bom.
Diàriamente, defrontamo-nos com o oposto do bem — o pecado, a doença, perdas, faltas, acidentes e muitos outros estados discordantes. Devemos aceitá-los como verdadeiros, convincentes e inevitáveis? A Ciência Cristã fornece a prova científica de que, por ser Deus o bem infinito, nenhum dêsses males é verdadeiro ou real, e podem, bem como seus efeitos, ser eliminados da experiência humana, sem deixar marca ou memória.
Mrs. Eddy escreve em Ciência e Saúde (p. 450): “O Cientista Cristão alistou-se para minorar o mal, a moléstia e a morte; e os vencerá por compreender a nulidade dêles e a totalidade de Deus, ou o bem.” Eis aí uma regra exata para livrar-mo-nos dos males que parecem afligir a humanidade.
Compreender que Deus é Tudo-em-tudo, o Ser Supremo, que criou o universo espiritual completo e bom, é compreender que nada pode haver senão o bem e por isso, o mal nada é, não tem existência. O que parece ser o mal é uma crença errada, produto do modo de pensar errado, ou seja, da mente mortal, que afirma haver Deus feito o oposto dÊle mesmo, e atribuído poder a êsse oposto, para inflingir discórdia à humanidade.
Se o mal é uma crença material errada, só pode existir no pensamento mortal, porque a Mente divina, Deus, só conhece o bem. A maneira de erradicar do pensamento a crença errada é trocá-la pela consciência do bem espiritual. Cristo Jesus assinalou isso a Nicodemos, quando disse (João 3:3): “Se alguém não nascer de nôvo, não pode ver o reino de Deus.” Nicodemos ficou admirado e perguntou como poderia passar pelo nascimento material uma segunda vez. Jesus respondeu: “Quem não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.”
O nôvo nascimento, ou regeneração, é a espiritualização do pensamento, a rejeição de tudo que é dessemelhante do bem e a admissão apenas daqueles pensamentos que expressem Deus, o bem. A regeneração ocorre como efeito da oração consagrada; leva-nos ao reino de Deus.
Quando os discípulos perguntaram a Jesus por que não puderam curar certo caso de doença, respondeu êle (Mateus 17:20, 21): “Por causa da pequenez da vossa fé. Pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a êste monte: Passa daqui para acolá, e êle passará. Nada vos será impossível. [Mas esta casta não se expele senão por meio de oração e jejum.]”
A oração e o jejum incluem a afirmação de que Deus é Tudo e a negação de que o mal tenha realidade. Precisamos negar o mal e rejeitá-lo do pensamento, sempre que o encontremos. Essa negação tem que ser específica, mas, de modo algum, deve o mal ser considerado verdadeiro. Na medida em que se afirme vigorosamente que Deus é Tudo e se mantenha essa declaração firmemente no pensamento, e na medida em que se negue com veemência que o mal específico tenha realidade e se rejeite resolutamente do pensamento, o bem toma, na consciência, o lugar do mal, e dêsse modo o mal é minorado.
Cristo Jesus veio à terra para mostrar à humanidade como aceitar o bem como real e rejeitar o mal como irreal. Sabia ser Deus a Verdade e o mal uma mentira e um mentiroso. Orava sem cessar, aclamando Deus em tôda a Sua glória. Jejuava muitas vêzes, mas não como os fariseus. Seu jejum era a negação específica do mal.
O Mestre provava a eficácia de sua oração e de seu jejum mediante as portentosas obras que realizava, curando os doentes e os pecadores e ressuscitando os mortos. A verdadeira oração e o verdadeiro jejum não podem falhar no seu propósito, porquanto estão baseados na verdade de que o bem é eterno, é tudo, sempre existiu e não pode ser invertido.
Jesus ordenou (Mateus 5:48): “Portanto, sêde vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste.” E Mrs. Eddy escreve (Ciência e Saúde, p. 254): “Deus exige perfeição, mas não antes que a batalha entre o Espírito e a carne tenha sido travada e a vitória ganha.”
Nossa Líder seguiu fielmente as pegadas de Jesus. Suas orações eram consagradas afirmações de que Deus é bondade e é Tudo, e também incluíam negações de que o mal tivesse realidade. Os resultados de sua luta contra o êrro foram vistos sob a forma de muitas curas, tanto de pecado como de doenças. A obra de sua vida foi o estabelecimento da Ciência Cristã como uma providência que livraria o mundo de todo mal. Graças aos ensinamentos dessa Ciência, o mal tem sido minorado na consciência e na experiência de grande número de pessoas.
À medida que cada Cientista Cristão, paciente e persistentemente orar e jejuar, aplicando sua compreensão espiritual aos problemas associados com a existência humana, provará a nulidade de tudo o que seja dessemelhante do bem, Deus, e o mal será progressivamente minorado. Quando a consciência humana estiver purificada de tôdas as crenças mortais e espiritualizada, a santidade e a harmonia se manifestarão universalmente, e não sobrará mal algum para negarmos.
Mrs. Eddy escreve (Ciência e Saúde, p. 492): “O ser é santidade, harmonia, imortalidade. Já está provado que um conhecimento disso, ainda que em pequeno grau, elevará a norma física e moral dos mortais, aumentará a longevidade, purificará e elevará o caráter. Assim, o progresso destruirá finalmente todo êrro e trará a imortalidade à luz.”
