Um dos traços característicos da democracia é cada indivíduo ter o direito de eleger, por voto secreto, aquêles a quem deseja ter como seus governantes. Por que, então, muitos cidadãos sinceros retraem-se da vida política e das campanhas que envolve? Será porque esta, tão freqüentemente degenera em linguagem insultuosa e em demagogia? Estão os cidadãos mais capazes, dispostos a representaremnos? Podemos nós, individualmente, fazer algo para melhorar a situação? Estamos usando corretamente nosso privilégio de votar?
Diz-se geralmente que o povo obtém o govêrno que merece. Seu conceito básico sôbre Deus, as atitudes de uns para com os outros, determinam largamente o tipo de govêrno que surge. Muito antes de surgirem os candidatos e seus programas, como é vital que os cidadãos de países democráticos examinem-se a si mesmos, para assegurarem-se de têm qualificações para serem servidos pelos melhores cidadãos disponíveis! E para verem que atingiram, individualmente, um grau de desenvolvimento que os habilita a conhecer as qualidades que os altos postos exigem, e a discriminar entre os programas políticos divergentes!
Depois de aposentado, um industrial costumava observar, com profundo interêsse, o desenvolvimento de firmas que havia administrado em seus estágios iniciais. Sua maior alegria foi ver a realização daqueles indivíduos a quem havia promovido, passo a passo, desde “office-boy” ou operário até altos postos administrativos e de autoridade. Sua maior decepção foi que, poucos dêsses indivíduos, não importa quão grandes as suas realizações, souberam desenvolver a visão, a abnegação e a habilidade para treinar outros jovens para os sucederem. A experiência dêsse homem mostra a necessidade de auto-pre-paro, qualidade que um cidadão deve ter antes de assumir a responsabilidade de escolher outros para postos governamentais.
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