Tôda atividade é o resultado do pensamento. O modo de pensar correto produz uma atividade harmoniosa. O modo de pensar incorreto se concretiza em ação incorreta. Freqüentemente, ouvimos esta expressão, “É uma boa idéia.” Donde é que vem uma idéia verdadeiramente boa? Vem de Deus, a Mente perfeita e infinita, fonte inteligente de tôdas as idéias justas.
A Ciência CristãChristian Science — pronuncia-se: Crístian Çai'ens. habilita-nos a pensar e agir baseados nessa Mente perfeita e no seu reflexo perfeito, o homem. Quando empregamos em nossos assuntos uma idéia dada por Deus, o resultado é uma atividade útil e bem sucedida. Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, diz (Pulpit and Press — Púlpito e Imprensa — p. 3): “Sabei, pois, que possuís poder soberano para pensar e agir corretamente, e que nada vos pode privar da posse desta herança e invalidar o Amor.”
Esta Ciência ensina que a consciência espiritual é a única consciência do homem verdadeiro. Essa consciência prolifera com a atividade das ideias divinas. O Salmista cantou (Salmo 139:17): “Que preciosos para mim, Senhor, são os teus pensamentos! E como é grande a soma dêles!”
Por ignorarem a inseparável unidade do homem com Deus, os mortais aceitam uma consciência pessoal e material, desviando-se, assim, supostamente, da fonte do desenvolvimento divino. A experiência humana torna-se, então, apática, estéril e monótona.
Êsse sonho apático dos sentidos materiais pode por nós ser destruído, quando afirmamos constantemente e compreendemos que o homem da criação de Deus não se acha em dois estados diferentes de consciência, mas está consciente apenas do bem. Ao aceitarmos os pensamentos que nos vêm de Deus e os expressarmos em nossa vida diária, redundarão em atividade saudável e harmoniosa.
O homem, feito à imagem de Deus, não precisa lembrar-se. Êle sabe. Êle não procura em vão uma idéia, mas expressa a infinidade da Mente. A inteligência, que emana da Mente única, é divina. O homem espiritual reflete essa inteligência divina. Quando nos apegamos a essas verdades espirituais, não podemos ficar embaraçados, constrangidos ou desmemoriados, e estamos habilitados a agir corretamente em qualquer empreendimento que sejamos chamados a levar a cabo.
Certa vez, uma estudante da Ciência Cristã foi convidada a falar perante numerosa reunião pública. A sensação de mêdo e de incapacidade que se apoderou dela foi tão grande que ela se sentiu tentada a renunciar a êsse mister. Percebeu, então, que essa era uma oportunidade para glorificar a Deus e não a pessoa.
A declaração que o Apóstolo Paulo fêz na epístola aos Filipenses (4:13): “Tudo posso através do Cristo que me fortalece” [Bíblia inglêsa], veio-lhe ao pensamento. A Cientista empenhou-se para que o Cristo, a verdadeira idéia de Deus, lhe inspirasse e governasse o modo de pensar. A sugestão negativa de que ela era uma pessoa mortal cheia de mêdo, foi substituída pela verdade divina de que possuía habilidade dada por Deus para refletir domínio e calma.
Gradualmente, tornou-se consciente de um grande amor pelos ouvintes, um amor que foi crescendo até que todo vestígio de mêdo foi destruído. Cumpriu seu dever cheia de alegria e com todo êxito.
Pensar e agir baseado na personalidade humana é um êrro. Confiar numa personalidade atrativa não proporcionará nem bons negócios, nem amizades leais, nem felicidade duradoura. O sábio estudante da Ciência Cristã aprende com humildade a romper os grilhões da personalidade e a aceitar sua individualidade espiritual como semelhança que é de seu criador.
Essa aceitação não lhe diminui as oportunidades e as realizações. Ao contrário, aumenta-as. Reconhecer nossa identidade espiritual e em seguida viver de acôrdo com êsse reconhecimento, prepara o terreno para uma experiência humana muito mais fértil e mais satisfatória.
Estar consciente da infinidade de Deus, o Amor divino, é expressar a beleza do modo de pensar inspirado. O Amor percebe a sua própria totalidade expressa na beleza da santidade. Ser verdadeiramente afetuoso é ser verdadeiramente belo. Tal beleza é a expressão da mentalidade espiritual. Ê a radiação interna da Alma. É a evidência da natureza semelhante à de Deus.
Uma pessoa impelida por pensamentos puros age afetuosa, bondosa e cortêsmente. Permitir que a cobiça, o ódio ou o egoísmo nos governem o modo de pensar é restringir nossas atividades, é perder a beleza e ser privado da alegria.
Em nossos momentos de oração e comunhão com Deus, descobrimos os pensamentos ou idéias que conduzem a atividades justas. Em sua Mensagem a A Igreja-Mãe para 1901, Mrs. Eddy escreve (p. 20): “O Cientista Cristão está a sós com o seu próprio ser e com a realidade das coisas.”
Estar a sós com Deus é estar separado do êrro. A consciência de si mesmo desaparece em nossa percepção de que Deus é Tudo. Os clamores do sentido pessoal são substituídos pela serenidade espiritual e pela calma. Na quietude da meditação silenciosa as ideias de Deus se revelam ao sentido espiritual. Utilizando-as para a solução de nossos problemas, experimentamos atividade justa, saúde, alegria e paz de espírito.