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Partilha Alegre

[Original em alemão]

Da edição de janeiro de 1966 dO Arauto da Ciência Cristã


Em um mundo que, aparentemente, está se tornando cada vez menor, é necessário, mais do que nunca, darmo-nos conta de que temos a plenitude das riquezas para partilharmos uns com os outros — que temos de partilhar essa plenitude uns com os outros e que seremos felizes em fazê-lo.

Grande parte da discórdia reinante no mundo origina-se da crença de que não existe o bem em quantidade suficiente para circular, e de ser necessário nos apoderarmos de tudo o que pudermos para, no fim, não ficarmos sem coisa alguma. No entanto, Jesus indicou que nosso Pai celestial designou todo o bem para cada um de nós, pois, na parábola do filho pródigo, não disse o pai para o filho mais velho (Lucas 15:31): “Tudo o que é meu é teu”?

Se consideramos a bem-aventurança: “Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra” (Mat. 5:5), como contendo uma promessa, reconhecemos que a humildade demonstra o govêrno divino, que dá ao homem domínio sobre tôda a terra.

A humildade volve-se para a fonte divina e dela recebe, sem prejudicar a outros. Por que? Porque admitimos que Deus é infinito. Essa infinidade não pode encontrar expressão na carência, nem pode seu suprimento jamais esgotar-se, não importa quantos dêle estejam participando. Lembremo-nos como os cinco mil, que vieram ter com Jesus para ouvir a Palavra de Deus, foram alimentados no deserto. Todos ouviram a Palavra, independentemente de seu número, e todos participaram dos pães e dos peixes; e aquêles que haviam trazido os pães e os peixes, não se privaram. Eis uma cena de alegre partilha!

Não precisamos apressar-nos para chegarmos à frente de outra pessoa, com mêdo de que o suprimento termine justamente antes de chegar a nós. Não precisamos abrir caminho a cotoveladas através da multidão, com mêdo de que, se assim não fizermos, não sobre lugar para nós — falando física ou figuradamente. A Ciência Cristã ensina que o Amor divino, nosso Pai-Mãe Deus, cuida de nós e de todos igualmente. Cada um ocupa o seu próprio nicho e ao mesmo tempo participa das riquezas eternas.

E de que é que, de fato, estamos usufruindo e o que estamos partilhando? Como Deus é o Ser infinito, essa infinidade não pode ser a matéria, que é limitada em todos os sentidos. A Bíblia declara: “Deus é Espírito” (João 4:24), e Mrs. Eddy diz em Miscellaneous Writings — Escritos Diversos — (p. 307): “Deus vos dá Suas idéias espirituais, e elas, por sua vez, vos dão suprimentos diários.” Algumas linhas adiante, ela prossegue: “Que gloriosa herança nos é dada através da compreensão acêrca do Amor onipresente! Mais não podemos pedir; mais não queremos; mais não podemos ter.”

Uma dessas idéias é o amor espiritual; concede-nos inteligência para trabalharmos para o bem-estar de todos e para fomentarmos as possibilidades para o bem, em tôda parte do mundo. Nenhuma perda precisa ocorrer pelo fato de que todos os homens podem partilhar essa idéia conosco, pois todos podem pô-la em prática de modos individuais, e todos podem com isso ser enriquecidos. Com amoroso cuidado para com o mundo todo, partilhamos com o mundo inteiro.

Dando-nos conta de que Deus é o Pai de todos, não acharemos difícil ver o nosso próximo à luz adequada. Tomando por base que somos, de fato, tôda a descendência de Deus, como a Bíblia o diz, temos de rejeitar o testemunho dos sentidos, de que é difícil viver em harmonia com o resto da humanidade, e, com êsse mesmo resto, repartir nossa herança comum.

Não está em harmonia com a Ciência do Cristo, confundir os mortais com o verdadeiro homem espiritual da criação de Deus, ou fechar nossos olhos às aflições causadas por relações difíceis. A irrealidade absoluta da discórdia mortal e de uma existência mortal tem de ser reconhecida e rejeitada mediante as verdades acêrca de Deus e do homem.

Pode o homem ser cobiçoso? Não, porquanto o único homem que existe no universo de Deus já possui, por reflexo, a plenitude divina, e está consciente disso.

Pode, em verdade, haver desconfiança, e, com ela, uma tendência constante para a auto defesa, a qual, em sua cegueira, poderia fàcilmente levar à destruição universal? Não, porquanto Deus é todo-sábio e só conhece o bem. O homem, Seu reflexo, só pode, portanto, agir do ponto de vista da compreensão da perfeição e da boa vontade.

Pode o homem ser privado de sua liberdade de gozar da herança que Deus lhe deu? Não, tal privação só parece real para o sentido material ilusório, e os elementos materiais não governam o homem real ou espiritual. Na proporção em que esse fato fôr compreendido em tôda a sua significação, a evidência material gradualmente perderá sua influência e finalmente desaparecerá.

Nossa Líder não só descobriu a Ciência do ser, mas também fundou a Igreja de Cristo, Cientista, e assim partilhou seu grande reconhecimento da Verdade com o mundo inteiro. Em seu livro Ciência e Saúde, ela diz (p. 57): “A felicidade é espiritual, nascida da Verdade e do Amor. Não é egoísta; por isso, não pode existir sòzinha, mas exige que tôda a humanidade compartilhe dela.”

Vigiemos e oremos para que tôda a humanidade possa valer-se das riquezas incessantes que lhe pertencem, à medida que reconheça que Deus e Sua criação completa, infinita e perfeita, são as únicas realidades.


Aceitai o meu ensino, e não a prata,
e o conhecimento antes do que o ouro
escolhido. Riquezas e honra estão
comigo, bens duráveis e justiça. Ando
pelo caminho da justiça, no meio das
veredas do juízo, para dotar de bens
os que me amam, e lhes encher os
tesouros. — Provérbios 8:10, 18, 20, 21.

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