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A Base da Humildade

Da edição de abril de 1966 dO Arauto da Ciência Cristã


A verdadeira noção de humildade baseia-se na relação entre Deus e o homem como causa e efeito. Quando compreendemos que Deus é a única causa, e que o homem é o efeito dessa grande causa, mantemos nossa existência em ordem. Essa relação científica é de importância vital para nossa saúde e bem estar.

Os ensinamentos mais profundos de Jesus baseavam-se nessa relação. Estava êle sempre consciente do fato de Deus ser o único poder, criador e animador, e de o homem funcionar como efeito, como resultado, dêsse Princípio divino. Essa verdade se expressa em declarações como esta (João 5:19): “O Filho nada pode fazer de si mesmo, senão sòmente aquilo que vir fazer o Pai: porque tudo o que êste fizer, o Filho também semelhantemente o faz.”

Subjacente a êsses ensinamentos está o fato de Deus, o Espírito, ser a única Mente, a única inteligência, e de a matéria não ter vida, poder criador ou efeito real. O universo espiritual e o homem retratam a harmonia, a ordem, o ritmo — efeitos do único Princípio divino universal, ou seja, Deus. Quando, em oração, reconhecemos isso, e adoramos êsse Deus uno e único, o efeito de Seu contrôle harmonioso torna-se cada vez mais aparente em nossas vidas.

A crença de que haja um ego criador na matéria é o que parece obscurecer a harmonia do ser verdadeiro. Essa falsa pretensão tenta perturbar o equilíbrio do verdadeiro govêrno espiritual, e acarreta em pecado, doença e desordem. Muitos tipos de doenças repousam sôbre essa falsa crença de egotismo na matéria, isto é, a crença de que a matéria possa criar ou destruir. Essa vontade mortal auto-afirmativa precisa ser negada e destruída. Nesse processo, vale muito adquirir uma verdadeira noção de humildade.

Mary Baker Eddy nos fala sôbre isso em Miscellaneous Writings — Escritos Diversos. Diz (pp. 195, 196): “O ‘eu’ irá ao Pai quando a mansidão, a pureza e o amor, instruídos pela Ciência divina, o Consolador, conduzirem ao único Deus: então o eu será encontrado, não na matéria, mas na Mente, pois só há um Deus, uma Mente; e o homem então não pretenderá ter mente separada de Deus.”

Qualquer crença de que o homem seja um criador, obscurece a relação de causa e efeito, e nos leva a errar o caminho. É a vontade humana que comete erros. Sòmente quando subordinamos o humano ao divino, é que podemos refletir a sabedoria da Mente onisciente.

Jesus disse: “Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra” (Mateus 5:5). Por que isso? porque os mansos reconhecem o contrôle que Deus exerce sôbre tudo. Estão conscientes da onipotência do Amor divino e do fato de que o Amor divino abençoa constantemente o homem, com todo o bem. É preciso ter humildade para compreender êsse fato, e assim herdar todo êsse bem.

Freqüentemente, é o egotismo que faz sentir a fricção e o esgotamento causado pelo contato diário com os homens. A humildade, baseada no conhecimento da dependência do homem em relação a Deus, alivia o fardo e restaura a vitalidade perdida. Quando, com tempo e com sossêgo, oramos e reconhecemos Deus como sendo a fonte e a substância do nosso ser, sentimos o efeito renovador dessa grande causa, a operar a nosso favor.

A humildade nunca deprecia o homem, mas reconhece suas qualidades como o efeito de uma única grande causa. Enquanto nos lembramos de que o homem é o efeito de Deus, podemos exigir todo o bem de Deus como nossa herança de direito. Isso é receber tudo que nos pertence, na qualidade de filhos de Deus.

Considerar o homem como um mísero pecador, não está de acôrdo com a Ciência da causa e do efeito. Êsse conceito do homem não é o efeito da Verdade e do Amor divino, e não representa a verdadeira humildade que se requer da humanidade. Compreendendo que Deus é a única Mente, elimina-se qualquer causa motivadora de pecado e qualquer causa para um pecador. A verdadeira humildade requer uma legítima apreciação pelo verdadeiro “status” de homem, e o auto-respeito que isso acarreta. Refletindo as qualidades corretas, estaremos correspondendo à causa una e única.

A negação de si mesmo, exigida na Ciência CristãChristian Science — pronuncia-se: Crístian Çai'ens., é a negação do eu mortal, o assim-chamado efeito da mente mortal. E isso é realmente a negação da mente mortal. Quando isso se tornar claro para nós, estaremos mais dispostos a seguir êsse caminho com vigor, e ganharemos a completa experiência resultante de expressarmos a única causa, a única Mente, que é Deus.

Jesus apresentava, a um só tempo, a humildade e o poder, porque reconhecia plenamente o homem como o efeito de Deus. Por estar cônscio, fielmente, dessa relação, fêz êle com que o poder de Deus atingisse os assuntos do homem. É o poder de Deus que cura o doente e o pecador. A humildade reconhece êsse fato e o demonstra.

Mrs. Eddy fielmente seguiu a orientação de Deus. Estava disposta a escutar Sua orientação, e era suficientemente humilde para segui-la. Com profunda experiência, diz ela (First Church of Christ, Scientist, and Miscellany — A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Miscelânea, p. 201): “Tenho grande esperança naquele que diz em seu coração:

Tua voz escutarei
para nunca errar;
e contente seguirei
a encosta a escalar.”

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