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A Verdadeira Identificação

Da edição de julho de 1968 dO Arauto da Ciência Cristã


A Ciência Cristã mostra a importância de nos identificarmos como realmente somos — a imagem e semelhança de Deus, o Espírito. O Espírito não pode ter conhecimento da matéria, de personalidades materiais ou de um mundo material, onde há pecado e doença. Por isso o homem, o reflexo de Deus, não pode ter conhecimento de tais coisas. É salutar nos reconhecermos como idéias espirituais, que refletem a verdadeira consciência. Teremos tido um bom comêço em nossa marcha rumo a tal meta quando desejarmos ardentemente atingir essa consciência perfeita, e pensarmos amiúde no que Deus conhece.

Podemos conhecer o que um mortal conhece sòmente quando nos identificamos a nós mesmos como mortais. O pecado, a doença a carência, a infelicidade e outras formas de discórdia provêm do fato de pensarmos como pensam os mortais. Até o ponto em que o indivíduo se identifica a si mesmo como homem espiritual, êle é elevado acima da crença de que seja um mortal, conhecedor de coisas materiais e do mal, e então pode superar as discórdias que o homem mortal experimenta.

Quando tenha um problema, êste lhe parecerá menos real à medida que pense que é sòmente a um mortal que se podem apresentar problemas, porque Deus, que conhece tôdas as coisas, nada sabe acêrca de problemas. Na medida em que compreenda que é espiritual, cônscio sòmente do que Deus conhece, o indivíduo reconhecerá que não podem apresentar-se problemas à sua verdadeira individualidade de filho perfeito de Deus. E então verá operar a lei divina da harmonia na situação.

Deus, a Mente que a tudo conhece, está sempre ciente de tudo o que existe — o universo espiritual, a harmonia infinita. Ao identificar-se firmemente como o homem que reflete essa consciência perfeita de tudo, o indivíduo eleva-se cada dia a um estado de consciência mais alto, mais puro.

Escreve Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras (p. 14): “Tornai-vos conscientes, por um só momento, de que a Vida e a inteligência são puramente espirituais que não estão na matéria nem são da matéria — e então o corpo não proferirá queixa alguma. Se sofreis duma crença na doença, vos achareis repentinamente curados.”

A Ciência Cristã salienta quão importante é que nos consideremos unicamente como filhos de Deus, que nos identifiquemos sòmente como o homem real, que está sempre apercebido da presença de Deus e do universo infinito, perfeito. Diz Mrs. Eddy, em The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany (A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Miscelânea): “Jamais podereis demonstrar espiritualidade antes de vos declarardes imortais e de compreenderdes que o sois. A Ciência Cristã é absoluta; não está aquém do ponto da perfeição nem está avançando em direção a êle: ela está nesse ponto e tem de ser praticada tomando-se por base esse ponto. Se não percebeis plenamente que sois o filho de Deus, e que portanto sois perfeito, não tendes Princípio a demonstrar e nem regra alguma para a sua demonstração” (p. 242).

Naturalmente o mortal não é filho de Deus; logo, se alguém se julga mortal, se apercebe muito pouco do amor de Deus por Seu filho. Mas na proporção em que continue a identificar-se como idéia espiritual individual, experimentará o amor de Deus, e, pouco a pouco, sua crença de que seja um mortal se desvanecerá na nulidade que ela é.

Para têrmos uma boa vista humana, não devemos identificar a faculdade visual verdadeira com a matéria; não devemos considerar a vista como limitada e pessoal. A visão pertence à Mente, ou Espírito, pois a Mente possui toda percepção. O homem espiritual reflete essa percepção perfeita, mas não na matéria. Quando verdadeiramente se identifica a vista como faculdade espiritual da Mente, então, se supera a crença de que a visão possa estar deformada ou limitada.

Do mesmo modo podemos realmente identificar a audição como faculdade da Mente. Podemos superar a crença de haver audição limitada ao compreendermos que a percepção perfeita da Mente é refletida pelo homem.

A matéria não atua; a mente mortal é o sentido falso que diz que a matéria atua, que a vida, a substância e a inteligência são materiais. Assim, pois, à medida que realmente identificarmos a ação como pertencente à Mente, que é o Espírito todo harmonioso, nós estaremos superando as crenças de haver inação, superatividade ou outro qualquer sentido errôneo de ação que aparentemente esteja influindo em nossos corpos, negócios ou afazeres.

Certamente que Deus não conhece carência; portanto, se o nosso suprimento parecer insuficiente, deveremos compreender que a única razão de nossa pobreza é havermos estado a nos identificarmos como sêres mortais. A carência é simplesmente um conceito falso, um engano que podemos corrigir identificando verdadeiramente o bem como suprimento, como suprimento inesgotável e ilimitado por ser Deus o bem inesgotável, ilimitado.

Se identificarmos a habilidade como pertinente à pessoa, possuiremos uma noção limitada de habilidade. Ninguém jamais manifestou tanta habilidade, nem realizou tanto como o fêz Cristo Jesus, que disse: “O Filho nada pode fazer de si mesmo, senão sòmente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o que este fizer, o Filho também semelhantemente o faz” (João 5:19). Êle não identificava habilidade com personalidade corpórea, mas sempre considerava o Ego como o Pai, como a Mente, o Espírito. Sabendo que a Mente perfeita é o único Ego, e que êste se manifesta individualmente através do homem espiritual, podemos elevar-nos acima do conceito limitado de habilidade e fazer tudo bem.

Reconhecemos nossa identidade verdadeira ao compreendermos o que Deus é e o que o homem é Seu — filho amado. Assim começa um hino do Christian Science Hymnal (Hinário da Ciência Cristã, n° 154):

Em Ti, ó Espírito verdadeiro e terno, encontro minha vida como filho de Deus.

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