Quando um vulcão nas montanhas orientais de Bali, na Indonésia, entrou em erupção cêrca de quatro anos atrás, eu estava hospedada com minha filha numa casa afastada, cêrca de 600 metros encosta acima. Pudemos ver as rochas que eram jogadas para fora da cratera, e logo rios de barro prêto grudento, e torrentes de água muito quente precipitaram-se para baixo, seguidas de lava que destruía tudo em seu caminho. Eu era a única estudante de Ciência Cristã na casa. Voltei-me das evidências materiais de destruição para a verdade apresentada pela Ciência Cristã, de que o homem é espiritual e indestrutível.
Nativos feridos e horrorizados, bem como gado, fugiam das vilas que estavam mais acima. Firmei-me no confôrto do Salmo 91, versículos 2 e 3: “Diz ao Senhor: Meu refúgio e meu baluarte, Deus meu, em quem confio. Pois êle te livrará do laço do passarinheiro, e da peste perniciosa.”
Durante semanas vivemos em uma atmosfera de gases odoríficos estranhos. Caíram chuvas de fuligem, poeira e flocos de enxofre. A montanha tremia constantemente, e havia ruído incessante de lava borbulhante, mas nenhum mal nos sobreveio, embora aparecesse em todo o nosso derredor.
Sempre que possível eu lia o livro Ciência e Saúde, de autoria de Mrs. Eddy. Não pude, dêsse lugar isolado, entrar em contacto com um praticista da Ciência Cristã para pedir auxílio, mas como diz Ciência e Saúde (p. 559): “O “cicio tranqüilo e suave” do pensamento científico estende-se sôbre os continentes e oceanos, até às extremidades mais remotas do globo.” De fato se estendeu, e o poder salvador da Verdade nos protegeu maravilhosamente.
Quando chegou a hora de deixarmos a casa, percorremos descalças a maior parte do percurso até uma espécie de estrada, porque nossos sapatos se estragaram ao passarmos por meio do lodo dos arrozais destruídos, misturados aos elementos expelidos pelo vulcão, mas nossos pés não ficaram machucados.
Uma cura notável foi a de cistite aguda, que me causara incômodos durante anos. Cêrca de nove anos atrás durante um ataque que tive, preparei com grande dificuldade um bolo, e o coloquei no forno para assar. A partir daí o meu único pensamento era obter alívio através da leitura de Ciência e Saúde. Mas por causa da dor intensa, não podia ver as palavras; assim tentei lembrar-me de frases que me ocorressem de estudos anteriores. Procurei saber que uma idéia espiritual não pode sentir discórdia, mas a mente mortal insistia que eu estava em grande dor.
De repente, lembrei-me do bolo, e procurei salvá-lo com a maior brevidade possível. Quando o havia tirado comecei a arrastar-me de volta para o lugar onde estivera descansando, acalentando a minha dor, uma dor que para meu espanto não existia mais. A cura foi instantânea e permanente.
Pelo cuidado constante de Deus em minhas viagens, pelas curas físicas, e ainda mais, por uma melhor compreensão de Deus, eu sou muito grata.
Penzance, Cornwall, Inglaterra
