Faculdades são habilidades, poder, capacidade para uma função. Às vêzes dizemos que as faculdades são talentos. A perícia nas artes, nos negócios, nas ciências e nas profissões é uma faculdade manifestada como um talento. A audição, porém, é também uma faculdade, bem como os outros sentidos físicos. A habilidade de falar é outra das faculdades; a de lembrar é outra, a de raciocinar é outra ainda.
Como sêres humanos devemos estar bem preparados para viver com percepção e de maneira útil. Contudo, as faculdades humanas são freqüentemente imperfeitas ou subdesenvolvidas, daí resultando a limitação. Há uma maneira científica de eliminar tais condições adversas, e isso Cristo Jesus provou repetidas vezes. A um homem cego disse (Lucas 18:42): “Recupera a tua vista.” A um homem paralítico disse (Mateus 9:6): “Levanta-te, toma o teu leito, e vai para tua casa.” Ao homem com a mão mirrada, disse: “Estende a mão” (Lucas 6: 10) .
Em tôda cura realizada por Jesus, êle restaurava alguma capacidade de ação normal. Êle compreendia que as faculdades do homem são espirituais, que não estão relacionadas à matéria e que dependem, para expressar-se, apenas de Deus, o Espírito, o Criador do homem, o qual é a imagem do Espírito. Essa compreensão sempre fazia com que um vislumbre da infinidade das faculdades do homem, outorgadas por Deus, aparecessem.
As variações das faculdades humanas, tão evidentes na humanidade, são o efeito da crença material. As pessoas expressam o que crêem; e quando acreditam em faculdades limitadas, as expressam. A Ciência CristãChristian Science pronuncia-se: Crístian Çai'ens. destrói a crença falsa e revela as verdadeiras faculdades do homem, que estão latentes em todas as pessoas. E quando estas fazem um esfôrço para exercer a visão espiritual, o conhecimento e a ação espirituais, percebem que suas verdadeiras faculdades revivem. Então, suas faculdades humanas se fortalecem, e quaisquer anormalidades são curadas.
As crenças mortais que pretendem tornar as faculdades dependentes da matéria — do estado do cérebro, dos compostos químicos do corpo, dos impulsos elétricos das células — precisam ser postas de lado, e substituídos por verdades científicas. Então o Cristo, a verdadeira idéia de filiação que Jesus seguia, cumprirá sua missão de revelar as funções espirituais que pertencem aos filhos de Deus, para sempre.
Em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker Eddy escreve, (p. 162): “As faculdades indestrutíveis do Espírito existem sem as condições da matéria e também sem as crenças errôneas de uma suposta existência material.”
A Ciência Cristã melhora as faculdades humanas daqueles que trabalham para provar essa verdade, e o faz baseada no fato de que o homem é a idéia da Mente divina, ou Deus, e de que as faculdades da Mente se manifestam através do homem real. O mortal restrito que crê que suas faculdades residem na matéria e nunca poderão ser melhoradas, não é o homem de Deus, mas é uma contrafação totalmente dessemelhante daquele homem.
Se aceitarmos a noção mortal a nosso respeito, nos sujeitamos à crença geral de debilidade, que acompanha essa noção falsa, e que age como uma lei para os indivíduos que não se protegem dessa influência. Protegemo-nos das sugestões do mal quando reconhecemos que a verdadeira vida e seus poderes estão eternamente estabelecidos na Mente. Ninguém pode depender da matéria inerte para com ela expressar inteligência ou as habilidades de que é capaz. Se quizermos gozar de uma consciência cada vez maior de nossas verdadeiras faculdades e talentos, precisamos despertar para reconhecer a presença dessas faculdades e utilizá-las diligentemente.
Mrs. Eddy uma vez citou as seguintes palavras de Carlyle: “Se quizeres plantar para a eternidade, planta nas faculdades profundas e infinitas do homem” (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany — A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Miscelânea, p. 154).
Se impensadamente plantamos nossas esperanças nos conceitos rasos da mente carnal, ou mortal, nos arrastaremos pela vida sem a centelha da inspiração que provém de algo maior que a esperança — que provém do conhecimento real das “faculdades profundas e infinitas” que constituem a herança a que o homem tem direito. Sob o ponto de vista da Ciência divina, podemos saber que nossos talentos e funções são perfeitos e ilimitados agora. E do ponto de vista humano, podemos estar certos de que a Ciência Cristã nos proporciona a capacidade de melhorar nossas faculdades temporárias, até que a mente mortal cesse de assediar-nos com sugestões de limitação, e o ser real apareça.
Se as depredações causadas pela idade pretendem que algumas pessoas possam perder suas faculdades, essa pretensão pode ser expulsa como irreal e sem lei. Mrs. Eddy assim raciocina, com lógica (Ciência e Saúde, p. 215): “Se o Espírito, a Alma, pudesse pecar ou perder-se, então o ser e a imortalidade se perderiam juntamente com tôdas as faculdades da Mente; mas o ser não pode perder-se enquanto Deus existir.”
Como seria tolice aceitarmos desesperançadamente a deterioração das faculdades, quando podemos empenhar-nos em obter a realidade e provar a perfeição! Há uma verdade para vivermos, e a Ciência Cristã oferece a cada um a possibilidade de vivê-la. Os talentos e as faculdades, as habilidades e os poderes, jazerão adormecidos enquanto essa crença a seu respeito não fôr desafiada pela Ciência Cristã. Progredir no encalço da liberdade para expressar as faculdades infinitas da Mente é uma aventura à qual ninguém se pode furtar.
