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Em que Direção Estamos Olhando?

Da edição de julho de 1972 dO Arauto da Ciência Cristã

Christian Science Monitor


Todos nós temos, por assim dizer, um espelho retrovisor em nosso pensamento. Olhamos para ele e lembramos o que passou. Às vezes queremos reviver ocasiões felizes; às vezes esperamos que os fatos passados dêm úteis vislumbres para nossas ações presentes ou futuras. Sempre podemos aprender algo de nossa experiência passada.

Mas o que acontece, quando ficamos engolfados nesse mundo que passou, que começamos a viver nele, a tal ponto que ele toma conta de nossos pensamentos e de nossas ações? Estaremos, então, em perigo, como o estaria um motorista que se absorvesse a olhar pelo espelho retrovisor e se esquecesse de olhar os sinais de tráfego à sua frente.

Cristo Jesus conhecia muito bem as Escrituras de sua nação. Ele fazia uso das palavras e dos exemplos dos antepassados a fim de esclarecer uma situação contemporânea ou para orientar as ações do povo. Mas quando o passado estava errado ou não mais era aplicável, ele simplesmente o deixava de lado. “Ouvistes que foi dito (...)” declarou ele no Sermão do Monte, “Eu, porém, vos digo: (...)” (Mateus 5:43, 44).

Os Cientistas Cristãos concordam com o poeta Whittier, quando este diz: “Pois todo o bem que já passou, presente está no meu viver; e, hoje, bem feliz eu sou.” Mas eles também aceitam a afirmação de Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, quando escreve sobre o progresso espiritual em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras (pp. 323, 324): “A disposição de voltar a ser como uma criancinha e de deixar o velho pelo novo, torna o pensamento receptivo à idéia avançada. A satisfação de deixar os falsos marcos e a alegria de vê-los desaparecer — eis a disposição que contribui para apressar a harmonia final.”

Freqüentemente o maior obstáculo para obtermos aquilo que, com justiça, nosso coração busca, é que, enquanto tentamos alcançar esse algo, mantemos nosso olhar fixo em algum acalentado marco do passado. Quais são os falsos marcos que devemos deixar para trás? Talvez seja algum lugar, ou objeto, ou ocupação, cuja utilidade já está ultrapassada? Ou, talvez, seja o nosso conformismo a certas maneiras de pensar preconcebidas ou presumidas, pontos de vista errados a nosso respeito ou a respeito de nosso mundo, coisas que fomos acumulando ao longo de nossa jornada ou que fomos educados a levar conosco. A convivência com essas coisas talvez tenha dado origem a um sentimento de afeição a elas, mas se forem coisas erradas ou se não mais forem úteis, não podemos nos dar ao luxo de mantê-las.

Um dos falsos marcos que a Ciência Cristã ensina que prazerosamente devemos deixar para trás, é a crença de que o homem é material e vive sob leis materiais em um universo material. Em vez disso, a Ciência Cristã mostra que, em realidade, o homem é inteiramente espiritual, vivendo em um universo espiritual, sob leis espirituais, criado pelo Espírito e manifestando o Espírito infinitamente bom, o qual a Ciência Cristã identifica como Deus, a Vida, a Verdade e o Amor divinos.

Isso não significa que sejamos solicitados a abandonar o que é bom e verdadeiro, o útil ou o belo, em nosso ambiente presente. Mas significa que devemos abandonar a crença de que essas coisas estão confinadas na matéria limitadora e perecível. Em vez disso, necessitamos ver que toda bondade e verdade, tudo o que é útil e belo, toda identidade atraente e amável, manifesta-se mais verdadeiramente na substância ilimitada e perene do Espírito divino.

A história de Jesus foi caracterizada pelo amor. Ele denunciou e destruiu o mal e libertou os homens das limitações. Ele curou, restaurou, renovou, com compaixão e poder. Essa é, também, a história da Ciência Cristã, na medida da compreensão e da demonstração dos homens. Nessa demonstração de amor e de poder espiritual, um passo importante é reduzir o passado a uma perspectiva correta. Necessitamos tirar proveito do bem que houve no passado, mas temos de viver no presente. E necessitamos prosseguir confiantemente com o pensamento localizado no fato espiritual eterno de que o homem e o universo sempre vivem na eterna presença de Deus, o Amor divino.


Faze-me ouvir pela manhã da tua graça,
pois em ti confio;
mostra-me o caminho por onde devo andar,
porque a ti elevo a minha alma.

Salmos 143:8

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