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O Agora

Da edição de janeiro de 1974 dO Arauto da Ciência Cristã


Este instante é novo na criação. Este agora da eternidade é único e completo. O agora é a novidade de todas as coisas — a Vida divina que surge em expressão, original e irreprimível.

O Apocalipse apresenta este ponto de vista animador: “Aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as cousas.” Apoc. 21:5; A infinidade, de fato, não tem necessidade de repetir-se. A sr.a Eddy escreve em Ciência e Saúde: “A criação está sempre se manifestando e tem de continuar a manifestar-se eternamente, por causa da natureza de sua fonte inesgotável.” Ciência e Saúde, p. 507; A criação está se manifestando agora, surgindo do inexaurível e infinito Princípio divino do ser.

Podemos ver o agora como surgindo desta fonte infinita e contínua, o Espírito, e não das limitações materiais do tempo ou da existência mortal. Então vemos que a totalidade deste momento na Verdade absoluta — isto é, o agora do bem imutável — pode ter nossa confiança implícita. Vemos que o agora genuíno e eterno é tudo o que temos ou necessitamos ter. Sempre o tivemos; sempre o haveremos de ter — novo, brilhante, completo.

Todo o bem do passado surgiu dessa mesma fonte infinita e é permanente, porque a bondade não tem começo, é sempre nova e não tem fim. Toda história humana construtiva, inclusive as obras de Cristo Jesus e da sr.a Eddy, manifesta o surgimento espontâneo e original da criação perfeita. Por essa razão tal história nunca poderá ser deixada de lado ou obliterada. À medida que compreendemos isso, podemos capitalizar todo o bem que já surgiu na nossa experiência, sem desvitalizar a novidade do momento presente.

Podemos anular os efeitos das pretensões prejudiciais de que os momentos do passado podem ter emanado de uma fonte mal orientada ou malévola, ao invés de provir do Princípio divino do ser. Podemos recusar manter em nossa consciência do passado ou do futuro qualquer coisa que não desejamos ter na nossa experiência atual.

Que alegria é viver agora na originalidade desoprimida do Espírito! Aquele que o faz não se acomoda ao enfadonho da repetição ou da limitação. Também não costuma adiar as coisas, porque percebe que a obra da eternidade é a obra do agora. O agora não é uma exceção à eternidade; ele é o verdadeiro coração da eternidade.

A inspiração espontânea, que não é uma dádiva concedida a esmo, mas sim uma emanação divina, vem somente quando constantemente damos ouvidos ao ritmo perfeito do poder coordenador de Deus — Sua vontade — e agimos de acordo com essa vontade. Isso é essencial à prática da Ciência Cristã. Um estudo do uso que Jesus fazia das palavras e das idéias, mostra que o Guia nos deu um exemplo primoroso de inspiração espontânea. Nunca recorria a vãs repetições, mas estava sempre preparado para responder com excelentes ilustrações apropriadas à ocasião.

Alguém perguntou-me o que deveria dizer à filha a respeito de certo problema. A mãe achava já ter dito muitas vezes tudo o que podia ser dito — mas não tivera resultado. Respondi que nem eu nem ninguém lhe poderia antecipar o que deveria dizer. Provavelmente nem ela mesma poderia saber antes da hora, o que era o certo para o momento.

Ora, havia uma coisa que eu podia dizer: que quando viesse o momento em que achasse ter de falar novamente com a filha sobre tal problema, esse seria um momento inteiramente novo, independente de qualquer outro. Isto porque, em realidade, surgiria de uma fonte infinitamente boa e sábia, ou seja, do Princípio divino do ser, e certamente estaria repleto de sabedoria, coragem e amor inéditos. Não haveria necessidade de repetições ineficazes.

Essa mãe começou a renovar imediatamente o seu modo de pensar. Começou a admitir que Deus tem maneiras infinitas de dizer e fazer as coisas, todas elas originais. Devotadamente pôs sua confiança no surgimento constante da sabedoria crística, que, juntamente com o resto da criação, está jorrando de um modo novo, vindo de uma fonte inesgotável. Lembrou-se de que “se alguém está em Cristo, é nova criatura: as cousas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.” 2 Cor. 5:17;

Abandonando o erro de crer que a repetição cansativa e infrutífera era sua única alternativa, sentiu-se reanimada por uma esperança e inspiração renovadas. Regozijou-se com as possibilidades ilimitadas de uma nova ocasião na qual todas as “coisas antigas” — todos os fracassos do passado — já teriam passado.

Nunca mais foi necessário discutir o problema. A consciência da mãe estava tão imbuída da constante renovação de todas as coisas, que o conhecimento das diferenças antigas foi substituído pela expectativa antecipada de cada momento. Deixou de julgar a filha e a si mesma segundo as experiências infelizes e improdutivas do passado, e alegrou-se numa crescente consciência da “nova criatura”, o novo homem da criação de Deus. Como resultado, o problema desapareceu rápida e permanentemente.

Não é difícil compreender como os problemas de negócios, assim como as dificuldades na família, podem beneficiar-se da inspiração espontânea. Isso se origina de uma sintonização persistente e devotada com as qualidades e idéias divinas, e do esforço em expressá-las todos os dias.

Uma reunião de negócios pode, por exemplo, ser liberada e levada ao sucesso, por lhe reconhecermos uma novidade ilimitada. Aqui podemos, novamente, começar por admitir que Deus tem maneiras infinitas de concretizar o bem desejado. A infinidade aparece à consciência humana como um despertar à percepção de possibilidades e variedades ilimitadas. A originalidade completa do momento alvorece, suave como o orvalho, na consciência que não está bloqueada por pressões e limites retrospectivos ou em perspectiva.

Já que até mesmo o corpo se renova com isso, a novidade superna do agora também é de benefício enorme para a saúde do homem. Ora, essa renovação não é um processo físico; resulta ela do aparecimento da criação. A asserção de que o assim chamado corpo físico se renova a si mesmo é uma falsidade inacreditável para alguém que sabe que a vida provém da Vida divina e de nenhuma outra fonte.

A cura pode ser imediata. O tempo de fato nada tem a ver com a cura, porque o tempo é finito, não faz parte do agora. A cura instantânea manifesta a renovação espontânea, a auto-afirmação da Vida.

No encerramento dos cultos da Ciência Cristã é lido este trecho animador das Escrituras: “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque havemos de vê-lo como ele é.” 1 João 3:2; Isso nos assegura que o agora não é uma exceção à eternidade. Na nossa identidade genuína e espiritual, que é o único eu de cada um de nós, somos agora os filhos de Deus, com tanta certeza como sempre o seremos. Porque este fato divino torna-se aparente por meio de uma imensa variação, por transformação e renovação moral e espiritual, ele não tem de prejudicar o nosso estado imediato de filhos de Deus.

Assim como, quando éramos crianças, não aparecia o que havíamos de ser quando adultos, também no agora “ainda não se manifestou o que havemos de ser”. Em resposta a um profundo desejo de progresso, a modificação e a renovação se desdobram de glória em glória, emanando diretamente do infinito, como sempre o fizeram e sempre farão, sem pressa e sem tensão. E

... todo o bem que já passou,
Presente está no meu viver.Hinário da Ciência Cristã, n° 238.

A fonte divina é para sempre a mesma. A criação divina é sempre nova.

O agora é novo; é único. Suas possibilidades são ilimitadas. Deleitemo-nos com o que ele é.

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