Provavelmente cada semana se verificam no mundo dezenas de milhares de curas pela Ciência Cristã. Todas contribuem para mostrar que a Verdade é a panacéia universal, o remédio único para toda doença ou discórdia. Será que o mundo ouve falar o suficiente a respeito dessas demonstrações e será que lhe está sendo dada a oportunidade de ficar sabendo como aconteceram? Sei de quantidade de curas notáveis que nunca foram relatadas em uma reunião de quartas-feiras ou nos periódicos da Ciência Cristã.
Uma das finalidades importantes dos testemunhos é a de comunicar o fato de que a Ciência Cristã harmoniza, cura e salva, que ela é valiosa para a experiência humana. Os estudantes desta Ciência não podem esperar que a humanidade a abrace, a não ser que a demonstrem em suas vidas diárias e que o mundo tome conhecimento dessas provas. Mary Baker Eddy diz, a esse respeito: “Se a Ciência Cristã não oferecesse provas de ser boa e útil, destruir-se-ia, pois repousa apenas na demonstração.” Miscellaneous Writings, p. 365; Também diz, no Manual de A Igreja Mãe: “O testemunho relativo à cura dos doentes é de grande importância.” Manual, Art. 8°, § 24;
As reuniões de testemunhos das quartas-feiras indicam a vitalidade — ou a falta de vitalidade — dos membros da filial local da Igreja de Cristo, Cientista. As lições para os cultos dominicais se encontram no Livrete Trimestral da Ciência Cristã, mas as reuniões de testemunhos são principalmente uma demonstração local.
Embora as expressões de alegria e de agradecimento desempenhem parte importante nessas reuniões, o novato necessita saber o que é que anima os Cientistas Cristãos, o que é que os torna agradecidos. Expressar nosso apreço pelas bênçãos sem relatar especificamente o que aconteceu e os passos de oração pelos quais se realizou a demonstração, pode deixar os novatos no ar ou até mesmo gerar neles o cepticismo. Se uma moléstia foi diagnosticada, identificá-la com clareza ajudará o visitante a compreender o relato.
Para tornar seus testemunhos e observações significativos para o visitante, os estudantes de Ciência Cristã precisam ter os pés na terra, ainda que em pensamentos estejam longe de estar presos à terra. Ao invés de dizer que estávamos sofrendo de uma “crença” ou de um “sonho” (o que confunde e afasta os novatos), melhor seria dizer francamente qual era o problema, ainda que nós mesmos compreendamos a natureza mítica do caso, em conseqüência da totalidade de Deus, o bem.
Testemunhos a respeito de demonstrações simples podem ser muito interessantes quando são encadeados com observações que mostram o quanto a Ciência Cristã ajuda. Ainda que seja bom relatar curas recentes, não deveríamos negligenciar as curas obtidas no passado. E o gozo contínuo de boa saúde é em si mesmo uma ótima demonstração digna de um testemunho.
E sempre necessário destacar claramente a diferença entre o homem espiritual, real e perfeito, que Deus criou — a nossa identidade verdadeira — e o ser humano que se afigura em parte material e em parte espiritual. A não ser que esteja bem claro, esse é um ponto que se presta a confusão e até a causar ridículo. O humano não é o filho perfeito de Deus, mas a nossa identidade espiritual é. O aspecto da regeneração do caráter, no que diz respeito à cura, é vital, particularmente em curas que levam tempo para se realizar. Se isso não é ressaltado, os novatos são capazes de ficar às escuras e perguntarem-se se há alguma diferença entre uma recuperação normal e a cura pela Ciência Cristã.
As reuniões de testemunhos deveriam ser ocasiões acolhedoras, humanas e enaltecedoras. O senso de humor e um pouco de informalidade podem ajudar a quebrar o mesmerismo da reserva e da frieza na congregação. Uma atmosfera muito rígida e formal faz gelar a inspiração e não está de acordo com o amor expansivo que deveria caracterizar o nosso movimento.
A maioria de nós pode fazer mais para contribuir nas nossas reuniões de testemunhos — não só com nossa presença e apoio metafísico, mas também dando testemunhos. Se cada membro planejasse assistir a cada reunião de testemunhos e partilhar curas ou observações, toda a atmosfera seria transformada pelo entusiasmo resultante.
Quase todos sabemos o que é sentir-se colado ao assento. Mas esse problema, como qualquer outro, pode ser banido pelo trabalho em oração na Ciência Cristã. Podemos saber que não somos mortais sentados ao lado de uma porção de outros mortais críticos. Nem somos seres materiais separados de Deus, com medo de nós mesmos, com medo de cometer enganos, com medo de tremer como varas verdes. Essas são as características de um sentido errôneo de identidade, os síndromas do sentido pessoal e limitado do eu, os quais não pertencem ao homem que Deus criou.
Na realidade, somos imortais, a expressão de Deus, governados pela Mente única, elevados pelo Princípio, amados pelo Amor onipresente, fortalecidos pela Vida eterna, constituídos pelo Espírito incorruptível, alimentados pela Verdade infinita e mantidos pela harmonia da Alma.
Nossa Líder diz: “O Amor nos inspira o caminho, ilumina-o, no-lo designa e nele nos guia. Motivos justos dão asas ao pensamento e força e liberdade à palavra e à ação.” Ciência e Saúde, p. 454; Preparar-se antecipadamente pela oração e afastar o eu do caminho, pode produzir maravilhas. Deixemos a Mente falar e expressar a fluência da Alma. Deixemos fluir o calor e o sentimento do Amor, e refletir-se a vitalidade da Vida. Deixemos o Cristo, a Verdade, pronunciar-se através de nós.
Se algo nos está impedindo de freqüentar as reuniões de testemunhos das quartas-feiras com regularidade — quer sob a pretensão de serem obrigações de família ou de negócios, ou outras atrações — precisamos enfrentá-lo como um problema que tem de ser solucionado na Ciência. O magnetismo animal gostaria de nos separar da Igreja, mas podemos saber, em oração, que esse assim chamado poder de atração do mal não possui inteligência, poder ou realidade. Não existe uma crença negativa e falsa de apatia ou de oposição à Verdade que possa se colocar no caminho da revelação de Deus.
Temos autoridade para compreender que todos os filhos de Deus, expressando inerentemente o Cristo e correspondendo à Verdade, estão incluídos na Igreja, que é a expressão divina do Seu amor e que é por Ele fortalecida. Ao manifestar essa Igreja perfeita, a Ciência Cristã é o cumprimento da profecia. É a luminosa revelação da Verdade, à qual nenhuma escuridão da crença ignorante pode resistir ou sobreviver. Compreendendo isso, deixemos brilhar a nossa luz para o bem da humanidade sofredora.
Jesus recomendou a seus discípulos: “Pregai que está próximo o reino dos céus. Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios; de graça recebestes, de graça dai.” Mateus 10:7, 8. A Ciência Cristã, o Consolador que Cristo Jesus prometeu enviar em seu nome, nos capacita a atender a exortação de Jesus. O mundo precisa saber que o Consolador está à mão. As nossas reuniões de testemunhos podem ajudar a comunicar esse fato.
