Um dos personagens extraordinários em O Mercador de Veneza, de Shakespeare, é Pórcia, mulher de grandes encantos, indubitável integridade e elevado intelecto. Onde é que Pórcia morava? Em Veneza? Em Pádua? Não, ela vivia na mente de seu autor, que a tinha criado. Só podia fazer, ser, e expressar aquilo que a mente de seu autor lhe ordenava fazer, ser e expressar. Até mesmo seu discurso imortal sobre a misericórdia, que ela descreveu como “um atributo do próprio Deus”, era realmente um enunciado de seu autor, embora parecesse provir dos próprios lábios dela.
A sr.a Eddy escreve em Ciência e Saúde: “Aqueles que estão instruídos em Ciência Cristã alcançaram a gloriosa percepção de que Deus é o único autor do homem.” Ciência e Saúde, p. 29;
Onde é que o homem vive? Na Mente de seu autor — na Mente divina que é seu autor — e em nenhum outro lugar. Que é que o homem faz? Faz aquilo que a Mente única, seu autor, lhe ordena fazer — e nada mais. Por quê? Porque é uma idéia concebida exclusivamente pelo único Pai-Mãe Deus. Em realidade, não podemos estar fora da Mente de nosso autor e expressar algo que não esteja nessa Mente perfeita, assim como também Pórcia não podia estar fora da mente de Shakespeare e ser algo que ele não houvesse criado.
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