Na física aprendemos que as características de uma certa substância material são determinadas pelas forças que constituem essa substância. Um objeto material não é o que parece ser, mas, cientificamente encarado, é em sua maior parte espaço vazio. O que faz com que apareça como o vemos é a energia que forma os átomos dessa substância em particular. Do ponto de vista da pesquisa física, não sabemos o que essa energia é ou de onde vem. Apenas notamos que ela está presente e de nossas observações podemos tirar conclusões suficientes para nos habilitar a construir usinas atômicas e a enviar naves espaciais para um ponto exato na lua.
Eliú, falando a Jó, disse: “Há um espírito no homem, e o sopro do Todo-poderoso o faz entendido.” Jó 32:8; Que exista qualquer conexão entre o espírito no homem, que se evidencia em fé religiosa, e a energia, a maioria dos cientistas físicos negaria ou consideraria especulativo. E o mundo das ciências físicas geralmente prefere evitar tomar em consideração a possibilidade de que as curas de Cristo Jesus tenham resultado de sua compreensão supremamente científica tanto do Espírito como da matéria.
Admitindo por um momento que tenha sido natural o poder que restaurou a mão ressequida e que chamou Lázaro de volta do túmulo, não deveríamos considerar Jesus como um verdadeiro Cientista natural? Sua Ciência, a Ciência do Cristo, a Verdade, era a Ciência de todas as forças do ser real. A Ciência Cristã hoje em dia é a Ciência que Jesus viveu e ensinou.
As demonstrações que Jesus fez do poder do Espírito naquilo que pareciam ser circunstâncias e condições materiais, excitaram de tal forma o povo do seu tempo, que este tentou dar cabo dele. Mas, porque o Espírito é o único poder, a crucificação levou à ressurreição e à ascensão. Esses acontecimentos liberaram na consciência humana coletiva a força do Cristo, a eterna Verdade do Espírito, e essa força liberada mudou a história do mundo.
Mary Baker Eddy descobriu a Ciência CristãChristian Science — pronuncia-se: kris’tiann sai’ennss. e revelou sua verdade a fim de que todos possam compreender. O que ela descobriu foi que em realidade não existem dois mundos, o material e o espiritual, mas apenas um, o espiritual. Deus é o Espírito, a Mente infinita, e o homem é espiritual, a idéia da Mente. O universo não é matéria, mas idéia, ou manifestação, do Espírito. Não há energia separada do Espírito ou Mente, nenhuma ação senão aquela que é espiritual ou divinamente mental. Aquilo que julgamos ver como substância material é um sentido falso de energia expressado. Do ponto de vista da Ciência Cristã a energia real não é material. É a Mente a expressar-se. E só existe uma Mente única. A cura resulta de compreendermos essa verdade, e essa cura demonstra a verdadeira natureza da energia.
Uma colisão de estrelas ou uma doença na carne sugere que a inteligência esteja na energia material. Do ponto de vista da física, o estado doentio seria tratado compensando-se biológica ou quimicamente alguma coisa que a chamada energia natural fez em demasia ou insuficientemente, ou então ajustando-se ou removendo-se pela cirurgia o estado lesivo. Do ponto de vista da Ciência Cristã a situação tem de ser tratada neutralizando-se a sugestão de que haja inteligência na energia material, mediante a verdade de que a inteligência é Mente.
O Espírito, a Mente, é o único poder, e toda substância é de inteligência divina e está nela. Os objetos no universo material são fenômenos mentais. O que aparece em nosso universo ou em nossa experiência carnal é o que a mente humana aceita como real. Quando reconhecemos que o Espírito é a única força motivadora, nossa crença em uma mente não inteligente ou em uma energia sem controle cede à compreensão da inteligência divina. Os objetos ou as condições anormais formados pelas forças da assim chamada inteligência na matéria, desaparecem. Ficou provado que são ilusões. A moléstia está curada.
O poder sanador do Espírito não está separado da energia que forma a substância do universo real. Mas quando olhamos para o átomo, ou para a matéria sob qualquer forma, e insistimos em que estamos observando o universo, separamo-nos da verdade.
Essa crença, de que a substância e a energia estejam na matéria e de que a inteligência seja matéria a expressar-se, é o erro básico ou o pecado da existência mortal. E é desse erro que nossa suposta separação do Espírito, Deus, parece surgir. Mas reconheça-se a verdade de que o Espírito é a única Mente, a única substância ou inteligência, e o erro terá sido vencido. Seus efeitos também estarão vencidos.
Qualquer que seja a doença, ela pode ser curada pela nossa compreensão da totalidade do Espírito, e da nulidade da matéria. Como o Espírito, a Mente divina, é o único poder, a matéria é destituída de inteligência e de poder. Com essa compreensão podemos verificar que até mesmo a ilusão de desordem na carne — átomos fora de controle cede à energia divinamente inteligente que é o Espírito, Deus, o bem.
A sr.a Eddy diz: “A ação atómica é Mente, não é matéria. Não é nem a energia da matéria, o resultado da organização, nem o produto da infusão da vida na matéria: é o infinito Espírito, Verdade, Vida, a desafiar o erro ou a matéria.” Miscellaneous Writings, p. 190; E no livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, ela nos anima, dizendo: “Sintamos a energia divina do Espírito, que nos leva à renovação da vida e que não reconhece poder algum, mortal ou material, como capaz de praticar alguma destruição. Regozijemo-nos por estarmos sujeitos às divinas «autoridades que existem”.Ciência e Saúde, p. 249.