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AS SENTINELAS

Da edição de dezembro de 1975 dO Arauto da Ciência Cristã


Que elevado prêmio a profetiza da tribo de Aser conquistou,
essa sábia mulher, sem marido e sem lar,
— e com ela muitas sentinelas de Jerusalém —
naquela primeira manhã, que na terra a luz do Natal despontou.
Embora o arauto Gabriel não as tenha vindo avisar,
Suas preces no caminho do arauto se fizeram brilhar.

Que alto prêmio coube a Maria quando ouviu
em resposta à queixa: “Levaram meu Senhor,”
a voz calma de Jesus que pelo nome a chamava,
a ela que no Calvário sentinela de amor montara,
e na manhã da Páscoa correra para contar
que seu Mestre vivia, para sempre imutável.

E que dizer daquel’outra Maria, cuja lâmpada pacientemente
brilhou até que por entre o sofrimento pôde ela vislumbrar
a Verdade divina, impessoal, sempre-presente,
para que todo homem dela possa partilhar, claramente
promulgada como leis do Espírito, que governam céus e terra,
e que essa Maria comprovou, preceito sobre preceito, regra sobre regra.

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