Na Ciência Cristã a moléstia é curada graças ao reconhecimento de que ela é irreal. Negar a realidade da moléstia tem sua base nesta clara compreensão: que Deus, o bem, é a fonte da perfeita saúde e da harmonia, e que Deus, o Tudo-em-tudo, não pode ter oposto. Por não ter lugar real, ou poder, a discórdia é uma ilusão.
Em Ciência e Saúde a Sr.a Eddy declara: “Não existe moléstia.” Ciência e Saúde, p. 421; E, ao mostrar o emprego dessa verdade absoluta, na experiência humana, ensina-nos o seguinte: “De início, argumenta mentalmente, não em voz alta, que o paciente não tem moléstia e formula o argumento de maneira que destrua a evidência da moléstia. Insiste mentalmente que a harmonia é a realidade e que a doença é um sonho temporal. Compenetra-te da presença da saúde e do fato de que o ser é harmonioso, até que o corpo corresponda às condições normais de saúde e harmonia.” ibid., p. 412;
Ficar sabendo que não existe moléstia é uma experiência que nos enriquece e liberta. Esse conhecimento, porém, não vem através da mera compreensão intelectual da letra da Ciência Cristã. A demonstração de evitar e curar uma doença é o melhor mestre. A compreensão de Deus, o Espírito, como sendo todo poder e toda presença, como a única Vida, substância e inteligência, e do homem como Sua semelhança perfeita, eleva nosso pensamento para que vejamos a realidade e nos capacita a discernir o nada da imperfeição e do sofrimento.
Esta declaração profunda: “Não existe moléstia”, contradiz ousadamente o testemunho do sentido físico. A Ciência Cristã, entretanto, não ignora a necessidade de se destruir a ilusão de moléstia da qual as pessoas sofrem. Expõe a origem da doença como sendo mental. Revela que a doença é uma crença falsa da consciência mortal e não o estado real do homem. Ao compreendermos em sua totalidade a declaração da Ciência Cristã, vemos que a doença é mesmerismo e que dela podemos libertar-nos despertando da experiência desse sonho.
“Para aquele que cura de acordo com a Ciência Cristã”, declara Ciência e Saúde, “a doença é um sonho do qual o paciente precisa ser despertado. A doença não deveria parecer real ao médico, porquanto é demonstrável que o modo de curar o paciente consiste em fazer que compreenda que a doença é irreal. Para tanto o médico precisa compreender que, segundo a Ciência, a moléstia é irreal.” ibid., p. 417;
A doença é a ausência hipotética da saúde. O que conhecemos a respeito da saúde perfeita na Mente divina, dá-nos a compreensão da nulidade da doença. Compreendendo que a saúde é real e espiritual, podemos provar que ela está sempre presente conosco.
Isso não é difícil quando admitimos que a verdadeira substância é Deus, o Espírito. Uma vez que não há discórdia no Espírito, não pode manifestar-se discórdia no homem, o reflexo espiritual de Deus. Tudo o que Deus faz é perfeito. Nada pode modificar esse fato. A perfeição de Deus e do homem é a base da cura na Ciência Cristã, a qual demonstra que não existe moléstia. Quando se sabe que o homem é espiritual e perfeito, a ilusão da doença deixa de parecer real.
A imagem de Deus nunca esteve sujeita à doença ou ao erro de qualquer espécie. Dor, ação imperfeita, indisposições, são ilusões da crença mortal e não existem no homem que Deus criou. O homem imortal nunca foi e não pode ser o agente ou veículo da doença. Sendo sua substância e seu ser a evidência espiritual da Vida, da Verdade e do Amor divinos, o homem nunca é menos que perfeito. A cura de uma moléstia na experiência humana, é a destruição de uma mentira na consciência humana. Não é a modificação do homem real; é a prova de que o verdadeiro ser e a verdadeira ação do homem são sadios e harmoniosos.
Apesar do testemunho do sentido material, podemos elevar nossos corações em gratidão pela evidência do sentido espiritual que assegura que, na realidade, a saúde perfeita não tem oposto. Quando Maria e Marta solicitaram a Jesus que viesse em socorro do irmão delas, Lázaro, que estava doente, o Mestre esperou alguns dias. Quando chegou, Lázaro havia morrido.
Cristo Jesus, porém, não aceitou a falsa crença de que há verdade na moléstia e de que o homem pode morrer em conseqüência de doença. Ao invés disso, elevou o pensamento acima da matéria e expressou gratidão a Deus porque tudo estava bem. Com confiança irrestrita, exclamou: “Pai, graças te dou porque me ouviste. Aliás, eu sabia que sempre me ouves.” João 11:41, 42; Completamente consciente da eterna perfeição do homem e de sua continuidade no Espírito, Jesus apresentou Lázaro vivo e completamente curado.
Às vezes, em nossas orações, chegamos a um nível em que se obteve grande melhora mas não a cura completa. Ao argumentarmos mentalmente nosso caso, precisamos ter o cuidado de lembrar que tudo está perfeito agora mesmo — que não há nem mesmo um pouquinho de doença. Metaforicamente, o homem perfeito não está dentro de um buraco do qual tenta sair. Nunca houve tal buraco.
Sem dúvida, o progresso humano é indispensável e precisamos ser gratos por ele. Mas se os sentidos materiais apresentam um indivíduo que está saindo de um problema, deveríamos estar atentos para perceber que o homem real já está livre. Ele está bem, agora. O progresso humano e a cura permanente se realizam quando admitimos a presença apenas da saúde e da harmonia. Uma vez que Deus é “tão puro de olhos, que não [pode] ver o mal, e a opressão não [pode] contemplar” Habac. 1:13., o Amor divino, o Princípio perfeito, ou Mente, que cria e governa o homem, não toma conhecimento de moléstia. Nem tampouco a manifestação da Mente, o homem, toma conhecimento dela.
Compreendidas cientificamente à luz da Verdade, estas três palavrinhas — “Não existe moléstia” — têm a capacidade de curar o caso mais difícil. As palavras representam uma idéia divina, uma mensagem de Deus. O desdobramento do significado espiritual dessas palavras na consciência humana, é o resultado do Amor divino a despertar-nos do sonho de que a perfeita saúde está ausente. Embora Deus não tenha consciência do sonho, Ele é nosso auxílio sempre presente, quando o sonho parece agigantar-se e apresentar-se como real.
A idéia correta que rompe o mesmerismo da moléstia, é Emanuel, “Deus conosco”. É a presença do Amor infinito — é o Cristo, a Verdade, a salvar-nos, a elevar-nos à consciência perfeita de que Deus é Tudo-em-tudo e de que tudo está bem. Quando se desdobra esta compreensão espiritual de Deus perfeito e homem perfeito, sabemos que “não existe moléstia”. E “as condições normais de saúde e harmonia” são demonstradas na experiência humana.
