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A Ciência Cristã não é uma mera pílula a mais

Da edição de fevereiro de 1975 dO Arauto da Ciência Cristã


Inúmeros anúncios no rádio e na televisão apresentam pílulas que supostamente trazem alívio imediato para dores de cabeça, resfriados, tensões, dores nas costas, noites mal dormidas.

A mente humana está à procura de soluções rápidas e fáceis para seus males. Se não estivermos alerta poderemos ser tentados a usar a Ciência Cristã como mais uma pílula para alívio imediato a qual exige pouco ou nenhum esforço de nossa parte e não produz nenhuma mudança em nosso caráter.

As vezes nos atarefamos demais deixando de dedicar tempo suficiente para orar a Deus. Pode então acontecer que sejamos perturbados por uma doença física, um problema financeiro ou por relações humanas abaladas. Possivelmente leiamos a Lição-Sermão constante do Livrete Trimestral da Ciência Cristã ou procuremos o auxílio de um praticista da Ciência Cristã sem fazermos nós mesmos qualquer esforço consagrado e em espírito de oração. Se a cura não for imediata talvez nos sintamos desanimados chegando mesmo a murmurar contra o que pensamos seja a ineficácia da Ciência Cristã ou do praticista.

Precisamos nos perguntar como é que a Ciência Cristã cura. Um Cientista Cristão não ora para transformar um mau mortal em um mortal bom, ou a matéria doente em matéria sadia. Antes alinha seu pensamento com o que já é verdadeiro. Reconhece e reivindica a perfeição eterna e presente do homem verdadeiro como a expressão espiritual de Deus. A compreensão dessa verdade atua como lei que dissolve todo erro que os sentidos físicos dizem ser verdade. Essa verdade está lindamente resumida em Eclesiastes: “Sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe pode acrescentar, e nada lhe tirar; e isto faz Deus para que os homens temam diante dele.” Ecles. 3:14;

Ao contrário da pessoa que toma uma pílula, o paciente sob tratamento na Ciência Cristã tem sua parte a cumprir na cura. Deus é o único médico; no entanto, a consciência do estudante precisa ser espiritualizada e evangelizada a fim de habilitá-lo a consistentemente responder e aceitar a sempre disponível atividade sanadora de Deus.

A Sr.a Eddy nos diz: “Os remédios de Deus para os doentes consistem de doses de Suas próprias qualidades.” Miscellaneous Writings, p. 268; A fim de tomarmos essas doses divinas, faz-se necessário que realmente nos esforcemos por aceitar e manifestar as qualidades que Deus nos outorga. Nossos corpos, nossas vidas, nosso meio ambiente, são primariamente manifestações da qualidade de nosso pensamento.

Uma das doses divinas para a cura é a pureza — pureza de motivos e desejos. Realmente desejamos tornar-nos mais semelhantes a Deus, ou desejamos mero alívio imediato?

Um trecho do livro Um Século de Cura pela Ciência Cristã mostra o efeito sanador de um motivo puro: “O culto a Deus é, em seu sentido mais elevado, um comprometimento absoluto à Verdade, indiferente às conseqüências que disso advenham para o indivíduo.

“Isso se acha ilustrado no testemunho de uma mulher que se voltou para a Ciência Cristã depois que o médico lhe disse que nada mais podia fazer por ela. Sofrendo de um tumor interno, totalmente cega, quase de todo paralítica e finalmente em estado de semicoma, ela ouviu o marido dizer ao praticista que fora chamado: «Se a Ciência curar minha mulher, eu me tornarei o melhor Cientista Cristão que o senhor terá na sua organização.» E o praticista lhe respondeu: «Não diga isso. Se a Ciência Cristã não é a verdade, o senhor não a quererá, ainda que cure a sua esposa. Mas se é a verdade, o senhor a quererá ainda que sua esposa não seja curada.» Repentinamente, como essa mulher veio a explicar mais tarde, «o medo de morrer deixou-me quando compreendi que o que eu realmente queria era conhecer melhor a Deus — conhecê-Lo como Ele de fato é conhecer a verdade». E na mesma noite, foi instantaneamente curada.” Um Século de Cura pela Ciência Cristã (Boston: The Christian Science Publishing Society, 1972), p. 245;

A humildade, também, é indispensavél à cura. Quando nos volvemos a Deus em total auto-rendição, não somos tentados a nos limitar com imperfeições humanas e processos humanos. Deixamos de lado o sentido pessoal de responsabilidade, e, como Cristo Jesus, podemos dizer: “Eu nada posso fazer de mim mesmo” João 5:30;, e, “o Pai que permanece em mim, faz as suas obras.” 14:10;

O amor precisa ser expresso para que se torne força ativa, ou dose, para nós. O amor não pode ser usado como se fora um amuleto, destinado a afastar os maus espíritos. Nem pode a mera repetição de palavras como “Deus é Amor” agir como mágica e realizar a cura. Para suprir a necessidade humana o amor precisa ser ativamente vivido em nossa vida diária.

A Sr.a Eddy proporcionou-nos muitas maneiras de expressarmos amor em nossas igrejas. Uma dessas maneiras é o consistente apoio aos serviços religiosos de nossa igreja. Vamos à igreja meramente para nos beneficiarmos e para sermos pessoalmente elevados, ou, em sinal de gratidão à Ciência Cristã, procuramos abençoar outros?

De muitas maneiras podemos procurar abençoar outros. Em primeiro lugar, podemos dedicar alguns minutos antes dos cultos para reconhecer em oração que a Palavra de Deus atrai. Em segundo lugar, durante o culto podemos silenciosamente orar para compreendermos que Deus está abençoando a congregação. Em terceiro lugar, podemos chegar-nos até o estranho com calorosas boas-vindas. Na proporção em que estamos dispostos a servir a igreja altruisticamente, fazemos com que nosso trabalho se afaste do sentido pessoal e se eleve ao espiritual e universal, se afaste da atividade centralizada no eu e se eleve à atividade centralizada em Deus.

A Sr.a Eddy escreve numa mensagem a uma filial da Igreja de Cristo, Cientista: “As orações silenciosas de nossas igrejas, ressoando através dos obscuros corredores do tempo, seguem avante em ondas de som, num diapasão de pulsar de coração, vibrando de um púlpito a outro, e de um coração a outro, até que a verdade e o amor, mesclando-se em uma oração justa, circundem e cimentem a raça humana.” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 189;

Consistência e integridade também são qualidades espirituais exigidas para o progresso na demonstração da Ciência do ser. Será que pensamos que os outros podem fazer por nós a maioria de nossas orações, ou pensamos que apenas precisamos aplicar a Ciência Cristã quando estamos doentes ou com algum problema? É verdade que Jesus afirmou de maneira tranqüilizadora: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” Mas temos que lembrar que essa afirmação é precedida destas suas palavras: “Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos.” João 8:31, 32; Essa é uma diretriz específica. A Sr.a Eddy diz em Ciência e Saúde: “Quem quiser demonstrar a cura segundo a Ciência Cristã precisa ater-se estritamente às suas regras, estar atento a cada declaração e avançar a partir dos rudimentos estabelecidos. Nada há de difícil ou trabalhoso nessa tarefa, quando o caminho está indicado; mas só a abnegação de si mesmo, a sinceridade, o cristianismo e a persistência obtêm o prêmio, como geralmente acontece em todas as atividades da vida.” Ciência e Saúde, p. 462.

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