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A CONTINUIDADE DA BÍBLIA

[Série de artigos que mostram o desenvolvimento progressivo do Cristo, a Verdade, do começo ao fim das Escrituras.]

Israel no Egito: De José a Moisés

Da edição de fevereiro de 1975 dO Arauto da Ciência Cristã


O êxito extraordinário de José na corte de Faraó e o modo pelo qual, sob sua administração, o povo do Egito foi poupado da devastação causada pela fome fez com que o Faraó aceitasse o pai de José, Jacó, e os seus onze irmãos, juntamente com suas grandes famílias e numerosos servos. Vivendo no fértil território de Gósen, perto do delta do Nilo, “os filhos de Israel foram fecundos, aumentaram muito e se multiplicaram, e grandemente se fortaleceram; de maneira que a terra se encheu deles” (Êxodo 1:7).

Durante algum tempo esse aumento assombroso da população dos hebreus passou, aparentemente, desapercebido pelos egípcios. José ainda era considerado herói nacional. O Faraó a quem ele havia prestado tão bons serviços foi com toda a probabilidade um dos últimos membros dos Hicsos conquistadores, linhagem de reis pastores, que originariamente vieram da Ásia e governaram o Egito durante vários séculos. Esse fato explicaria ademais ter esse Faraó aceito os pastores israelitas. Além disso, tem sido afirmado que o Faraó, com o qual José estava ligado, era de certo modo um monoteísta, o que lhe foi um elemento adicional de ligação com os hebreus, que tão fielmente sustentavam a adoração de um só Deus.

Os acontecimentos relatados na Bíblia, no fim do livro do Gênesis, e que, segundo a aparência, passam repentinamente aos acontecimentos encontrados nos primeiros capítulos do Êxodo, poderiam levar-nos à conclusão de que o lapso de tempo decorrido entre a feitura dos dois livros tivesse sido relativamente curto, mas alhures a Bíblia sugere que esse lapso foi consideravelmente mais longo do que talvez se suponha, estendendo-se por uns quatrocentos anos ou até mais (V. Gênesis 15:13, 14; Êxodo 12:40).

É pouco provável que a opressão amarga e, muitas vezes, desarrazoada que se exerceu sobre os israelitas, conforme registrado no livro do Êxodo, represente repentino ataque contra eles. Esse deve antes ser considerado como o clímax de um processo de atormentar os israelitas, processo lento e contínuo, que começou, sem dúvida, com a intensa antipatia que os egípcios nativos manifestavam aos pastores (V. Gênesis 46:34), antipatia essa que se intensificava por um crescente sentimento de inveja e ciúme levantado pelo óbvio êxito e prosperidade crescente dos imigrantes hebreus.

Evidencia-se, portanto, que com o falecimento de José e a expulsão final da dinastia dos Hicsos amigos por outra linhagem de faraós, que não manifestavam nenhum interesse pela religião ou pela ocupação habitual dos israelitas, o status e a influência dos filhos de Israel gradativamente declinou, e que o aumento fenomenal de sua população veio a ser considerado pelos egípcios não só um perigo para a nação como também para sua economia.

Na ocasião em que subiu ao trono “novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José” (Êxodo 1:8), o rei rapidamente lançou mais combustível às chamas do ressentimento que seus súditos já nutriam contra os hebreus, dando ênfase ao fato de que, como ele proclamou, “o povo dos filhos de Israel é mais numeroso e mais forte do que nós”; e ao mesmo tempo argumentava ele que, no caso de guerra, esses estrangeiros hebreus talvez se juntem às forças do inimigo virando a sorte da batalha contra os egípcios.

O novo rei envidou todos os esforços no sentido de quebrantar o moral, bem como o físico dos hebreus, forçando-os a passar do pastoreio, que era ocupação habitual deles, à construção de cidades que guardariam o tesouro real, ao mesmo tempo em que interpunha todos os obstáculos possíveis visando a impedilos de levar a bom termo as tarefas de que os hebreus haviam sido incumbidos. A situação dos hebreus era de fato intolerável, mas em breve um menino — Moisés — havia de nascer entre eles, o qual, depois de atingir a idade adulta, se tornaria seu líder e libertador.


Para a liberdade foi que Cristo
nos libertou. Permanecei, pois, firmes
e não vos submetais de novo
a jugo de escravidão.
O fruto do Espírito é:
amor, alegria, paz, longanimidade,
benignidade, bondade, fidelidade,
mansidão, domínio próprio.
Contra estas cousas não há lei.

Gálatas 5:1, 22, 23

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