O êxito extraordinário de José na corte de Faraó e o modo pelo qual, sob sua administração, o povo do Egito foi poupado da devastação causada pela fome fez com que o Faraó aceitasse o pai de José, Jacó, e os seus onze irmãos, juntamente com suas grandes famílias e numerosos servos. Vivendo no fértil território de Gósen, perto do delta do Nilo, “os filhos de Israel foram fecundos, aumentaram muito e se multiplicaram, e grandemente se fortaleceram; de maneira que a terra se encheu deles” (Êxodo 1:7).
Durante algum tempo esse aumento assombroso da população dos hebreus passou, aparentemente, desapercebido pelos egípcios. José ainda era considerado herói nacional. O Faraó a quem ele havia prestado tão bons serviços foi com toda a probabilidade um dos últimos membros dos Hicsos conquistadores, linhagem de reis pastores, que originariamente vieram da Ásia e governaram o Egito durante vários séculos. Esse fato explicaria ademais ter esse Faraó aceito os pastores israelitas. Além disso, tem sido afirmado que o Faraó, com o qual José estava ligado, era de certo modo um monoteísta, o que lhe foi um elemento adicional de ligação com os hebreus, que tão fielmente sustentavam a adoração de um só Deus.
Os acontecimentos relatados na Bíblia, no fim do livro do Gênesis, e que, segundo a aparência, passam repentinamente aos acontecimentos encontrados nos primeiros capítulos do Êxodo, poderiam levar-nos à conclusão de que o lapso de tempo decorrido entre a feitura dos dois livros tivesse sido relativamente curto, mas alhures a Bíblia sugere que esse lapso foi consideravelmente mais longo do que talvez se suponha, estendendo-se por uns quatrocentos anos ou até mais (V. Gênesis 15:13, 14; Êxodo 12:40).
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