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Sozinho, mas não solitário

Da edição de fevereiro de 1975 dO Arauto da Ciência Cristã


No coração humano existe um anseio por amizade — alguém com quem partilhar os sentimentos, um companheiro. Esse é um desejo humano natural. Em sua obra Miscellaneous Writings, a Sr.a Eddy escreve: “A humanidade pura, a amizade, o lar, o amor recíproco, trazem à terra o antegozo do céu.” Mis., p. 100; Se alguém perdeu um companheiro amado e o futuro parece negro sem esse ente querido, ou se alguém parece carecer de amigos, a Ciência Cristã mostra que há algo que se pode fazer para preencher tal vazio.

Basicamente, o sentido de solidão surge da crença errônea de que o homem é mortal, nascido na matéria e separado de Deus, o Amor divino; enquanto que a realidade é que o homem é imortal, isento de nascimento, jamais agonizante. É ele o filho de seu Pai-Mãe Deus, a Vida infinita, que o está cuidando ternamente.

Deus, a Mente divina, conhece e ama cada um de Seus filhos. Nenhum deles está excluído. Por ser o homem a auto-expressão da Mente, ele nunca pode estar separado de Deus. A idéia não pode ser desligada da Mente que a manifesta. Por que Deus é Tudo, e inclui tudo, o homem nunca está sem amigos e sozinho. “Com um só Pai, isto é, Deus”, escreve a Sr.a Eddy, “toda a família humana consistiria de irmãos.” Ciência e Saúde, pp. 469–470;

Visto que temos um único Pai, o Amor divino, que nos cinge a todos em Seu amor, todos estamos unidos em amor. Não há antagonismo entre as idéias de Deus. Temos, contudo, algo a fazer — precisamos usar esse amor, vivê-lo e sê-lo. À medida que reconhecemos o amor que Deus tem por nós, e em troca manifestamos esse amor a outros, sentimos nossa união com o nosso Pai-Mãe, e, como resultado, sentimos também nossa união com todos os filhos de Deus. Na proporção em que expressamos o Amor que é Deus, o sentimento de solidão se desvanece tão certamente como as trevas desaparecem na presença da luz.

À medida que cresce a compreensão de nossa união com Deus, olhamos menos para pessoas e mais para Deus como nosso melhor amigo, um amigo em quem sempre podemos confiar e a quem sempre nos volver. Moisés tinha esse sentido de proximidade com Deus. “Falava o Senhor a Moisés face a face, como qualquer fala a seu amigo.” Êxodo 33:11; Abraão, também, “foi chamado amigo de Deus” Tiago 2:23;.

Cristo Jesus compreendia claramente essa união divina. Disse: “Não estou só, porque o Pai está comigo.” João 16:32; Ele demonstrou-nos a união indissolúvel entre o homem e Deus — mostrou que o homem é o filho de Deus, refletindo o poder e a perfeição de Deus.

À medida que aprendemos a reconhecer Deus como nosso amigo e Pai, aprendemos a volver-nos a Ele em confiança, esperando que Ele nos mostre como sair de nossos problemas. O melhor dos amigos humanos não é capaz de dar um conselho que seja de inteira confiança. No entanto, podemos falar com Deus como a um amigo e encontrar profundo conforto nisso. As respostas surgirão, às vezes numa citação da Bíblia ou dos escritos da Sr.a Eddy. A Mente divina sempre comunica a inspiração que necessitamos para divisar nosso caminho. Como diz um hino:

Apraz-me em Ti pensar, Senhor,
De Ti dependo eu;
Afastas todo meu temor,
Fiel Amigo és.Hinário da Ciência Cristã, n° 225;

Esse amigo, que é o Amor infinito e divino, nunca nos falhará.

Certa vez, quando fiquei só, e diariamente me voltava a Deus para orientação na solução de vários problemas, alguém que necessitava de um lar pediu para vir morar comigo. Esse arranjo mostrou-se harmonioso, pelo tempo que foi necessário. Percebi que o Amor havia atendido minha necessidade de companhia amigável, e estava convicta de que assim continuaria sendo, sempre que houvesse necessidade. E assim foi. Quando a combinação se desfez, eu havia alcançado suficiente compreensão da plenitude do homem como reflexo de Deus para ser capaz de morar sozinha sem solidão, e este progresso tem sido contínuo.

Às vezes estamos sozinhos, por nos termos envolvido com pensamentos egocêntricos, estarmos voltados à crítica, e cheios de ressentimento. Esse tipo de pensar isola-nos, e nossa experiência se restringe cada vez mais. Mas quando nossos pensamentos estão cheios de amor, tanto nosso pensar como nossa experiência se expandem, e tornamo-nos mais amistosos, mais acessíveis e mais ativos no mundo. À medida que esse amor continua a crescer, verificamos que nossa disposição é imparcial e abarca todo o mundo.

De que modo aprendemos a estar de amizade com Deus, com o Amor? Quando expressamos amor, temos amizade com o Amor. Há tanta necessidade de amor no mundo, que existe uma constante procura de amor, e o “semelhante atrai o semelhante”. Nunca mais nos sentiremos sozinhos se nos tornarmos mais amáveis, e nunca mais estaremos em falta de boa companhia.

Há pessoas que temem ficar sozinhas. No entanto, períodos em que estamos a sós com Deus são necessários para o nosso avanço rumo ao Espírito. “O Cientista Cristão está a sós com seu próprio ser e com a realidade da existência” Message to The Mother Church for 1901, p. 20., diz a Sr.a Eddy. Esses períodos de íntima comunhão com Deus, permitemnos sentir em união com o Amor divino.

Quem já não se sentiu solitário, embora estivesse rodeado de pessoas? Pessoas, por si sós, não curam nossa solidão. Mas nunca nos sentimos solitários quando estamos próximos a Deus em pensamento. Essa satisfação vem de dentro de nossa própria consciência à medida que ganhamos um sentido de inteireza como reflexos de Deus.

O homem não tem falta de nada que é bom. Está unido à fonte do bem infinito. À medida que crescemos na compreensão de nossa união com o Amor divino e provamos o conseqüente sentimento de inteireza, obtemos um sentido crescente da presença contínua e do controle do Amor. Desenvolve-se a nossa confiança no terno cuidado do Pai, e desabrocham e crescem amizades duradouras, trazendo “à terra o antegozo do céu”.

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