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A coragem moral ajuda a cura

Da edição de outubro de 1976 dO Arauto da Ciência Cristã


Que é coragem moral?

Fundamentalmente é a integridade mantida a qualquer preço. É a qualidade que compele as pessoas a pôr de lado os expedientes egoísticos e expressar o que é ético, honesto e virtuoso. E isto é caracterizado, não meramente pela ausência do agir errado, mas por um bravo e ativo apoio ao que é correto. A coragem moral, que liberta e nos capacita a viver sem medo, não é obstinada nem restritiva. Sem ela nenhuma sociedade sadia pode existir. A Sr.a Eddy nos diz: “A honestidade é poder espiritual. A desonestidade é fraqueza humana, que perde o direito à ajuda divina.” Ciência e Saúde, p. 453;

A coragem moral habitual forja um clima onde a cura da Ciência Cristã ocorre; o amor à verdade é básico a ambos.

O amor inflexível à verdade, sobre a qual se baseia a coragem moral, requer pensemos sobre os outros como realmente são, em sua espiritualidade e perfeição ordenada por Deus. O homem, em seu verdadeiro ser espiritual, manifesta as qualidades de Deus — integridade, beleza, abundância e inteireza — nunca deformidade, feiura e carência. Qualquer outro modo de encarar os outros é uma mentira. A convicção da integridade sustentada e mantida por Deus é oração de cura.

A Bíblia nos dá diretrizes precisas para uma conduta responsável. Entre elas estão: “Não furtarás. Não adulterarás. Não dirás falso testemunho contra teu próximo.” Éxodo 20:14–16; Essas regras são tão aplicáveis hoje como quando foram dadas, quando se tornaram claras para Moisés. Elas não toleram nenhum desvio.

As injunções do Antigo Testamento podem parecer remotas para nós, mas será que elas realmente são? As coisas superficiais — o vestuário, a alimentação, a habitação — mudam. Os valores reais permanecem constantes. Isso se torna evidente quando compreendemos que muitos personagens bíblicos, pessoas como nós, enfrentaram os mesmos desafios básicos que nós, e venceram pela coragem moral. A não ser que sejamos moralmente corajosos, pode parecer fácil, mesmo quando sabemos o que devemos fazer, ceder às sugestões errôneas dos outros. Especialmente alguém que amamos ou respeitamos.

Quando tomamos posição pelo que é certo, sentimos domínio e felicidade verdadeiros. Ver a coragem moral exemplicada nos outros causa admiração. Por que, então, às vezes vacilamos?

O egotismo e a apatia muitas vezes apontam para o assim chamado caminho fácil. Às vezes, também, as questões entre o certo e o errado não estão claramente definidas, ou o fim parece justificar os meios. A serpente — o sentido corpóreo — sussurra coisas ilícitas: “Isto dá prazer e realização” ou, “Todo mundo faz.” A verdadeira coragem moral não faz concessões.

Normalmente o medo, sob alguma forma, é o culpado. Ele pode variar desde o desgosto de ser diferente ao pavor de uma dura pena. O medo pode fazer-nos esquecer de nosso domínio como filhos de Deus. Ele também insiste que alguém ou alguma coisa separada do bem infinito existe e que pode produzir o mal. A consciência de nossa individualidade real e espiritual rompe os grilhões do medo.

Não pode haver perigo no Amor sempre presente e onipotente. Tampouco nele pode estar a tentação. O homem real, a identidade de cada um de nós, tem todo o bem de seu Pai amoroso e sempre presente. Paz, saúde, suprimento em grande abundância, provêm dEle. Não precisamos de manobras humanas para ganhar substância; nós já temos tudo. O estar consciente do verdadeiro status do homem mantém nosso pensamento na perspectiva certa, e então naturalmente falamos e fazemos o que é certo.

O fato absoluto sobre o homem é que ele é perfeito. Ele não pode senão manifestar honestidade, pois ele é a imagem da Verdade, Deus. Humanamente, é possível que, às vezes, haja lutas; mas independentemente da distância aparente entre a perfeição e o estado atual, nós sempre podemos nos voltar instantaneamente para Deus e começar a andar no caminho da redenção. Nunca é tarde. Quem tem o ouvido duro? Não é Ele, mas nós. Nosso Pai está sempre presente. O eterno Pai-Mãe atende às nossas orações, nosso pedido de ajuda. Diante de Seus olhos somos sempre inocentes, honestos e bons.

Jesus alertou seus discípulos para orarem a fim de se guardarem da tentação. De fato, sua admoestação faz parte integral da Oração do Senhor. Certamente, isso vale para nós também. Podemos saber diariamente que Deus dirige nossos passos e nos dá a coragem para dar esses mesmos passos. A Mente divina, quando reconhecida como nossa única Mente, governa nosso pensamento e nos livra da interferência errônea ou do engano. A convicção inspirada por Deus sobre aquilo que é certo — e o que é errado — torna as decisões mais fáceis. Cristo Jesus confiava em Deus para fortalecer sua decisão ao enfrentar a tentação. Nosso Guia permanecia tão perto de Deus que não podia deixar de manifestar o mais alto bem.

Para manter firme nossa posição, é preciso vigilância diária. Muitas vezes, requer coragem para dizer as coisas exatamente como elas são. É preciso fortaleza de espírito sustentada por uma compreensão científica para confiar no poder curativo de Deus diante da tão propagada confiança no tratamento médico. Para recusar bebidas alcoólicas e fumo, às vezes é preciso ter coragem moral. Cada passo que damos em direção ao nosso mais elevado senso do que é correto, torna o passo seguinte mais fácil. Podemos saber e provar que Deus nos dá sabedoria e força. Ele nos mantém na verdade. “As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença, Senhor, rocha minha e redentor meu!” Salmo 19:14;

Muitas situações que não são imediatamente identificadas como reclamos de coragem moral, na realidade o são. Por exemplo, continuar alegremente quando tudo parece estar errado, ou continuar a ir à escola ou ao trabalho quando não se está com vontade. O desejo de paz a qualquer preço no lar ou nos negócios pode levar-nos a passar por cima dos problemas em vez de enfrentá-los. Isso é apenas protelar. A Verdade cura. Lealdade a Deus, em vez de simplesmente agradar às pessoas, motiva as ações do Cientista Cristão genuíno. Paulo admoesta os cristãos: “Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau.” Efésios 6:13; E a seguir explica que essa proteção é a verdade, a honestidade, e — acima de tudo — a fé.

Certa vez uma tosse persistente me incomodava. Várias vezes saí dos cultos da igreja porque me parecia um ato de amor não incomodar aos outros. Num domingo em que a tosse persistia, eu, mais uma vez, me preparei para sair. Ao escutar em oração os trechos que eram lidos, ouvi esta citação da Sr.a Eddy: “A coragem moral é «o Leão da tribo de Judá», o rei do reino mental. Livre e sem medo percorre a floresta.” Ciência e Saúde, p. 514; À primeira vista isso parecia não ajudar. Então compreendi sua relevância. Senti a necessidade de expressar a coragem moral de permanecer ali e de confiar no poder curativo e sempre presente de Deus, e isso teve prioridade até sobre meu desejo de ter consideração pelos outros. Uma maravilhosa certeza de domínio seguiu esta decisão. A tosse parou. Esse foi um grande passo à frente na cura completa.

Quando os sintomas da doença são fortes, as sugestões de medicação material tentam. Então é preciso insistir com firmeza que estamos espiritualmente livres de todas as doenças. Na onipresença divina não há medo, desânimo ou frustração. Compreender e reconhecer o Princípio que a tudo inclui, anula a pretensão de qualquer presença contrária, expressa sob a forma de doença ou pecado. Quando nos aliamos à Verdade, encontramos segurança e conforto.

Tiago assevera-nos: “Bem-aventurado o homem que suporta com perseverança a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam.” Tiago 1:12; Deus nunca tenta. Somente o mal, falando através dos desejos mortais, é que nos tenta. Manter a fé com coragem e segurar a mão de Deus com firmeza, preserva nossa pureza.

Deus governa o homem. O homem reflete perfeitamente Sua onipotência. Ele alegremente irradia a força do Princípio. Deus é Tudo. Na Ciência não existe outra presença ou influência. O homem, Seu reflexo, permanece puro e ereto. Esses fatos, compreendidos e aplicados, anulam a corrupção e fortalecem a integridade nos indivíduos e no governo. Ao saber estes fatos, homens, mulheres e crianças podem provar que as tentações não encontram receptividade em seu pensamento, que não podem causar mal e que nada dessemelhante de Deus lhes podem pertencer. A Sr.a Eddy nos faz lembrar que, “a vestidura do Espírito resplandece «de brancura», como as vestes de Cristo. Portanto, até mesmo neste mundo, «em todo tempo sejam alvas as tuas vestes». «Bem-aventurado o homem que suporta com perseverança [que vence] a provação; porque, depois de ter sido aprovado [considerado fiel], receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam».” Ciência e Saúde, p. 267.

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