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Qual próprio filho de Deus

Da edição de outubro de 1976 dO Arauto da Ciência Cristã


Aqueles que são versados nas coisas do Espírito jamais sentem-se solitários. São companheiros de anjos. O Pai cheio de amor é amigo deles. O fato espiritual de seu estado de união com Ele é a realidade central de seu ser.

O verso que se segue é de um hino dileto do Hinário da Ciência Cristã:

Em Ti, Espírito sublime,
Qual filho, vida encontrei;
Em Tua luz de glória pura,
De todo mal me despojei.Hinário, nº 154;

A solidão origina-se de uma falsa crença em separação. Quando nos sentimos sós, temos a impressão de estar excluídos do bem e de não nos termos realizado. Reivindicando nossa inseparabilidade do Espírito, descobrimos que somos filhos de Deus. Descobrimos que nada está longe demais; tudo o que é bom é nosso e está bem próximo de nós.

Suspiramos por amor pensando ser ele algo fora do nosso alcance. Entretanto, se afirmarmos e nos compenetrarmos de nossa união com Deus, o Amor, encontraremos amor em nossos corações. Isso faz com que o amor seja expressado com relação a nós, de várias maneiras perceptíveis em nosso estado atual de compreensão.

Desejamos exercer domínio para ter um alvo e um propósito em nossas vidas. À medida que abandonamos um sentido mortal e corpóreo a respeito de nós mesmos e reivindicamos nossa condição de filhos de Deus, o falso sentido é subjugado; conseguimos dominar as circunstâncias e em humildade preencher o objetivo e o desígnio da vontade de Deus para conosco, de acordo com Seu terno e infalível controle.

Cristo Jesus jamais sentiu-se solitário. “Eu e o Pai somos um”  João 10:30; era a nota tônica de sua vida, a pedra angular de seu sucesso. Antes de ser crucificado, Jesus volveu-se para seu Pai. “Tendo Jesus falado estas cousas, levantou os olhos ao céu, e disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que o Filho te glorifique a ti. ... E agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo.”  17:1, 5;

Quando Jesus demonstrou a compreensão de sua própria união ao Pai, seu pensamento, como a inundar tudo, envolveu e incluiu nessa unidade todos os que junto dele caminhavam espiritualmente. Disse ele então: “Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste.” versículos 20, 21;

Isso é que foi verdadeira amizade, à maneira do Cristo. Adotemos também essa maneira. A Ciência Cristã, o Consolador prometido por Jesus, revelou-nos essa maneira que não deixa lugar à dúvida. Quem, com honestidade, a procura não pode deixar de encontrá-la. Precisamos, entretanto, acautelar-nos contra a indolência da mente mortal, que quer esquivar-se de qualquer esforço mental e que sempre procura um atalho.

A mente mortal sussurra: “Se, ao menos, você tivesse um amigo, ou marido, ou esposa, você estaria feliz e seria capaz de dar o melhor de si.” O Espírito diz: “Você jamais será capaz de encontrar-se a si mesmo, até que você consiga descobrir que é Meu próprio filho, completo, sadio, tranqüilo, satisfeito, pois essa é a sua única identidade verdadeira por toda a eternidade.” Para progredir, precisamos silenciar a mente mortal. Isso poderá exigir de nós bastante vigilância; a recompensa, porém, é certa.

A Sr.a Eddy define “anjos” como: “Pensamentos de Deus que vêm ao homem; intuições espirituais, puras e perfeitas; a inspiração da bondade, da pureza e da imortalidade, neutralizando todo o mal, toda a sensualidade e mortalidade.” Ciência e Saúde, p. 581; Esse anjos, ou pensamentos vindos de Deus, estão sempre falando conosco. Precisamos cultivar o hábito de estar à escuta. A mente mortal tentará por certo desviar o nosso espírito, clamando por isso ou por aquilo. Nossa necessidade constante e única é a de atingir e manter a nossa união ao Pai. Conseguimos isso, através do Cristo.

Diz-nos a Sr.a Eddy que o Cristo é “a divina manifestação de Deus, que vem à carne para destruir o erro encarnado” ibid., p. 583;. Cristo Jesus teve o destino maravilhoso de demonstrar para todo o sempre, e sem sombra de dúvida, que o Cristo, a Verdade, não se encontra num lugar distante, mas que é acessível, aqui e agora, para podermos vencer as provações da carne.

Ao raiar de cada dia, é de bom alvitre estabelecer nossa comunhão com Deus, por intermédio do Cristo. Podemos cultivar o hábito de conversar com anjos e, acima de tudo, de escutar. Precisamos também ser ágeis em descobrir e repudiar os murmúrios insidiosos da mente mortal, que, agindo como magnetismo animal, tenta desviar-nos das coisas do Espírito e induzir-nos a depender do que é falso. A prática habitual e a vigilância constante tornarão cada vez mais fácil o esforço de estabelecer a diferença entre os pensamentos angelicais e as sugestões mentais agressivas. Tal como cerramos nossos olhos quando alguma coisa prejudicial deles se aproxima, assim, também, rejeitaremos rápida e instintivamente todas as sugestões de que o homem possa ser agitado, indefinido, incompleto e descontente, e seremos receptivos às verdades espirituais do liame Cristo-homem, qual próprio filho de Deus.

O ato de permanecer no Cristo não nos exclui do companheirismo humano, mas nos associa àquelas pessoas que têm aspirações similares. Jesus apreciava a amizade de Lázaro, Maria e Marta, e de Pedro, Tiago e, talvez, mais particularmente, de João. No entanto, ele nunca dependeu dessas amizades, procurando freqüentemente estar a sós com seu Pai.

A Sr.a Eddy escreve em Retrospecção e Introspecção: “O encontro dos que têm a mente voltada para as coisas do Espírito se dá nos degraus que conduzem ao amor espiritual. Esse afeto, muito longe de ser adoração pessoal, cumpre a lei do Amor, que Paulo recomendou aos gálatas. Essa é a Mente «que houve também em Cristo Jesus» e que não conhece limitações materiais. É a unidade do bem e o vínculo da perfeição.”Ret., p. 76.

Tal afeto não deve ser acompanhado de anseios impacientes ou pensamentos confusos, mas ser a reciprocidade do amor espiritual entre aqueles que se identificam como os próprios filhos de Deus.

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