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Nós e a televisão

Da edição de outubro de 1976 dO Arauto da Ciência Cristã


Em algumas nações existem quase tantos aparelhos de televisão quantas são as habitações. A televisão tem, indubitavelmente, uma forte influência cultural. Os conceitos veiculados por meio da combinação audição-visão podem ser poderosos. Anunciantes, que despendem enormes somas em dinheiro, evidentemente aceitam esse ponto como verdadeiro.

O vigor desse meio de comunicação não pode deixar de despertar interesse e preocupação em nós. O Cientista Cristão, em sua crescente percepção da primazia do pensamento em determinar o modo pelo qual as pessoas sentem e agem, necessariamente se preocupa pelas coisas que influenciam o pensamento. Por isso deveríamos estar alerta tanto para os prós como para os contras dos meios eletrônicos.

Mary Baker Eddy estava alerta e preocupada o suficiente para analisar refletidamente a literatura de sua época — uma época em que ainda não havia televisão — e para prover um espaço às suas conclusões no livro-texto da Ciência CristãChristian Science — pronuncia-se: kris´tiann sai´ennss., Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras. Depois de referir-se às teorias especulativas, à ficção nauseante e aos dogmas superficiais de alguns tipos de educação, ela acrescenta: “As novelas, que são notáveis apenas por suas descrições exageradas, por seus ideais impossíveis e por seus exemplos de depravação, transmitem aos nossos jovens leitores gostos e sentimentos deturpados. O mercantilismo literário está rebaixando o padrão intelectual, para explorar a procura de literatura barata e satisfazer uma exigência frívola de distração, em vez de corresponder à necessidade de aperfeiçoamento. Pontos de vista incorretos rebaixam o padrão da verdade.” Ciência e Saúde, p. 195;

Muita programação da atual televisão é de um padrão elevado e de responsabilidade. Mas, o que a Sr.a Eddy disse ao condenar certo tipo de literatura, poderia servir de depoimento contra bom número de programas da televisão de hoje.

Que luz pode a Ciência Cristã trazer às comunicações? Esta Ciência mostra que Deus é a Mente infinita, a fonte de toda a inteligência. Quando percebemos o que isso significa e aceitamos a Mente divina como a única fonte de nossa inteligência, percebemos melhor tanto os perigos como os potenciais dos modernos meios de comunicação. Podemos analisar com discernimento (com o propósito de curar o que está incorreto) tudo o que parece acontecer no reino da crença material e obter uma convicção mais firme da irresistível atividade inteligente que tem lugar no reino do real, no universo eterno da Mente.

Considerada superficialmente, a “televisão” poderia ser tomada como um utensílio que nos dá entretenimento e um pouco de educação. Analisada mais a fundo, a televisão envolve uma vasta gama de conceitos significativos — a aceitação de que há muitas mentes, umas poucas em comunicação com multidões; algo que intrinsicamente não é nem bom nem mau, mas um instrumento cuja aplicação poderia adquirir qualquer um desses aspectos; um meio de despertar atividade mental ou de hipnotizar e entorpecer o pensamento de milhões de pessoas.

É essencial que os modernos meios de comunicação sejam utilizados para os melhores propósitos em vez de para os piores, e pela oração podemos colaborar nesse sentido — afirmando a onipotência da Mente que é Tudo, e anulando o que parece opor-se a ela. Enquanto pensamos na comunicação como apenas um acontecimento que envolve mentes finitas, pouco podemos fazer para melhorar os meios de comunicação. Podemos, no entanto, auxiliar a aprimorar padrões ao admitirmos a irresistível inteligência da Mente divina.

O raciocínio baseado na premissa de que há uma Mente infinita inevitavelmente tem de dar-nos um sentido de comunicação diferente que o do ponto de vista cotidiano. A consciência eterna que a Mente tem de Sua identidade infinita constitui a comunicação real. É possível que, a muitas pessoas, isso pareça tão transcendente que se torne quase impossível de compreender e de pouca importância nos assuntos humanos. Mas é um ponto que merece ser considerado, pois quanto mais puro for o nosso conceito de comunicação, tanto maior será a eficácia com que poderemos contribuir para diminuir o que é indigno e destrutivo nos meios de comunicação e para promover a apresentação do que é substancial, satisfatório e sanador. O pessoal da TV, os autores de “scripts”, os produtores, os estúdios, as estações transmissoras, não são a origem das idéias reais. A Mente divina é essa origem. E as idéias que têm sua morada na Mente — as quais Cristo Jesus demonstrou ao curar — são puramente espirituais. Revelam o poder e a grandiosidade de Deus e do Seu Cristo, a pureza e nobreza do homem e do universo. “Toda palavra de Deus é pura; ele é escudo para os que nele confiam” Prov. 30:5;, diz a Bíblia. O conceito material acerca de comunicação — que envolve impulsos eletromagnéticos, antenas e assim por diante — subordinase à realidade científica da comunicação como estando sempre inseparável da onisciência de Deus, a Mente divina.

“Deus é ao mesmo tempo o centro e a circunferência do ser” Ciência e Saúde, pp. 203–204., afirma Ciência e Saúde. Não poderia esta verdade absoluta ser o ponto de partida para apressar-se o reconhecimento e o desenvolvimento do enorme potencial de aperfeiçoamento que a TV oferece? Tal reconhecimento pode ajudar a reduzir o número de oportunidades de fazer o bem, que foram perdidas ou parcialmente aproveitadas, e que a televisão promete. Isso poderá levar-nos individualmente a olhar a nossa TV mais judiciosamente.

Dando-nos conta da oni-ação da Mente, podemos negar realidade e poder às motivações meramente materiais que querem rebaixar “o padrão intelectual, para ... satisfazer uma exigência frívola de distração, em vez de corresponder à necessidade de aperfeiçoamento”. Então poderemos ser levados a assistir programas de maior valor e ficar menos satisfeitos com os que não passam de “ficção nauseante”, “descrições exageradas” e “ideais impossíveis”.

Não é de nossa intenção escurecer sua tela de TV! Ou de sugerir que até os programas mais deliciosos e humorísticos sejam apenas perda de tempo. Mas o que queremos é aludir às possibilidades que todos temos de contribuir para um mundo melhor.

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                                                                                        Mary Baker Eddy

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