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Autodefesa científica

Da edição de agosto de 1976 dO Arauto da Ciência Cristã


É muito comum pessoas prudentes desejarem defender-se de perigos e distúrbios em potencial. Gostamos de sentir proteção contra exigências financeiras inesperadas, acidentes e assim por diante. Mas como levar a cabo esse desiderato? Conseguimos a autodefesa de um modo cientificamente espiritual quando descobrimos o que vem a ser o nosso eu real e agimos de acordo com esse eu.

Pensar acerca de nós mesmos como de personalidades mortais, encerradas numa forma física mais ou menos frágil, é um erro. Defender esse falso eu pode parecer difícil, incerto, fortuito. Ainda que tomemos precauções comuns contra possíveis azares, exigências inesperadas ou crimes, nossa autodefesa mais elevada e inteiramente segura se realiza por nos identificarmos como a expressão indestrutível do Espírito indestrutível, a Divindade infinita. O Espírito é imortal, e é Tudo. O Espírito, em virtude de sua natureza infinita, é “defendido” contra a destruição porque ele não inclui lugar ou espaço no qual uma ameaça contra sua infinidade possa existir e vir à tona. O homem, expressão completa do Espírito, está defendido contra o perigo porque sempre está acompanhado pelo Espírito e é inseparável dele. “A Ciência explica que a existência separada da divindade é impossível”Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 522;, escreve Mary Baker Eddy.

No sentido exato da palavra, naturalmente, o conceito de que Deus e o homem estão defendidos contra o perigo é despropositado, e isso se torna evidente quando se compreende que a natureza da criação do Espírito é onipresente, inteiramente concordante e imutavelmente perfeita. A ressurreição de Cristo Jesus, ao se livrar da própria morte, é uma demonstração incomparável disso, e, por nos tornarmos espiritualmente maduros, podemos começar essa demonstração por nós mesmos.

Na proporção em que encararmos a existência a partir da perspectiva do Espírito, e espiritualizarmos assim genuinamente nosso pensamento, estaremos nos defendendo do magnetismo animal — a pretensão de que o homem é material e finito e que, portanto, sua saúde, sua paz, seu suprimento estão potencialmente ameaçados. Na Ciência do Espírito, o Ser é autoprotegido porque ele é o Deus infinito e é infinitamente bom. Com uma compreensão sólida e coerente disso — e defendido por vigília inteligente — podemos lidar com os argumentos falsos de que o homem é mortal e o mal é real, e vencê-los; podemos defender-nos contra o contágio, o acidente e mesmo contra a morte.

A Sr.a Eddy sabia da necessidade que há de aprofundarmos nossa convicção sobre nossa identidade real e assim defender-nos cientificamente daquilo que quer empurrar-nos para longe do Espírito, como também cercear-nos, nublar nosso sentido de oportunidade e de progresso espiritual. Tão convencida estava ela da necessidade que os membros de sua Igreja têm de autodefesa científica, que preceituou no Manual de A Igreja Mãe: “Será dever de todo membro desta Igreja defender-se diariamente contra sugestão mental agressiva, e não se deixar induzir ao esquecimento ou à negligência quanto ao seu dever para com Deus, para com sua Líder e para com a humanidade. Segundo as suas obras será julgado — e justificado ou condenado.”Manual, § 6° do Art. 8°;

Defendemo-nos da sugestão mortalmente mental quando coerentemente recusarmos nos identificar como entidades feitas de matéria e nos regozijarmos sem reservas no fato de sermos feitos do Espírito. E adotaremos mais coerentemente essa posição espiritualmente científica quando estudarmos a Bíblia, juntamente com as obras da Sr.a Eddy, e fizermos as introspecções inspiradas das quais decorre a base de nosso raciocínio e vivência. Quando o Cientista Cristão reconhece humildemente o homem como idéia do Espírito e se identifica com esse homem, ele está no bom caminho para cumprir seu dever para com Deus, para com sua Líder e para com a humanidade.

O viver a Ciência CristãChristian Science — pronuncia-se: kris’tiann sai’ennss. não induz à imprudência nem ao relaxamento imprevidente. Muito pelo contrário, essa vivência nos torna mais sábios e eficientes, mais acautelados e precavidos, simplesmente porque nos desperta do sonho de que há dois universos — um finito e um infinito — para a realidade da existência exclusivamente espiritual. Faz com que cessemos de crer em enganos mortais e conceitos errados. A Ciência desvenda a realidade essencial de Deus e do homem; ela não é uma excursão dentro do misticismo, mas sim promove uma jornada que parte da crença material e penetra na verdade espiritual. Ela nos protege progressivamente de sermos enganados de uma ou de outra forma.

Alguns Cientistas Cristãos talvez possam pensar que aceitar servir publicamente e de alguma forma a seu movimento, tal como tornar-se Leitor numa filial da Igreja de Cristo, Cientista, expõe o indivíduo a perigo crescente e influências sinistras. Mas o indivíduo que assume um cargo a serviço da Ciência Cristã como resultado de seu crescimento espiritual, bem como pela percepção espiritual daqueles que o indicaram para o cargo, não precisa ter medo. Se parecer que o julgamento do mero sentido mortal dos membros ou do sentido pessoal deles nos colocaram num cargo todo especial — ou que nós, mal aconselhados aceitamos um cargo — talvez tenhamos de aprender algumas lições. Mas havemos de aprendê-las bem rapidamente por realizar a realidade espiritual de que nunca estivemos fora do reino e do cuidado do Espírito que nos quer bem. A Sr.a Eddy dá-nos a única base para a demonstração: “Com toda segurança, podemos deixar com Deus o governo do homem. É Ele quem designa e é Ele quem unge os Seus portadores da Verdade, e Deus é para eles defesa e refúgio seguros.”Retrospecção e Introspecção, pp. 90–91;

Compreender que nós não somos mortais a serviço de uma organização material mas que somos imortais a serviço do Espírito, no sentido de darmos testemunho da bondade e da perfeição do Espírito, conduz-nos a maneiras de pensar e de agir que nos defendem das pretensões de que as coisas podem ir mal. Essa é a essência do trabalho verdadeiramente eficaz em prol da igreja e de sua segurança.

A afirmação bíblica em relação à segurança de Jerusalém pode ser aplicada à consciência imbuída da verdade do ser: “Como pairam as aves assim o Senhor dos Exércitos amparará a Jerusalém: protegê-la-á e a salvará, poupá-la-á e a livrará.” Isaías 31:5.

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