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Guiar em segurança

Da edição de agosto de 1976 dO Arauto da Ciência Cristã


Hoje em dia está havendo muita discussão sobre a instalação de apetrechos de segurança nos carros. Os Cientistas Cristãos estão aprendendo que muitíssimo mais eficaz do que apetrechos de segurança é a maneira de pensar, a qual estabelece a segurança.

Ao mesmo tempo não sugerimos a adoção pouco prática de medidas de quem tem a cabeça nas nuvens. É muito importante que façamos uma revisão nos nossos carros, que estejamos alerta, que tenhamos bom julgamento e que obedeçamos as regras do trânsito. Mas, acima de tudo, o reconhecimento consciente da presença, do poder e da direção de Deus vem a ser o pensamento que garante nossa segurança. É de bom alvitre termos em mente a promessa de Deus: “Eis que eu envio um anjo diante de ti, para que te guarde pelo caminho, e te leve ao lugar que tenho preparado.” Êxodo 23:20;

Ao lado de algumas estradas de rodagem foi colocada esta Placa: “Pense na segurança.” Pensar na segurança — em vez de pensar em calamidades — é um passo na direção certa, mas ele ainda se encontra no reino da mente mortal e é simplesmente uma crença melhorada. O único modo de “pensar na segurança”, de maneira infalível e eficaz, consiste em compreendermos que Deus está guiando com exatidão o homem e o universo espirituais. Esse reconhecimento da realidade divina elimina aqui e agora o elemento sorte. Destrói o medo, proporciona confiança e segurança ao motorista e leva os viajantes a salvo ao seu lugar de destino.

É de especial importância lembrarmo-nos, enquanto estamos dirigindo, que o termo Princípio é sinônimo de Deus indica o governo ordeiro e infalível de Seu universo perfeito e espiritual.

Deus de fato exerce o governo sobre tudo, inclusive sobre a identidade real e incorpórea de cada um de nós. Uma vez que, em verdade, não há poder algum separado de Deus, não pode haver interferência no Seu controle harmonioso. O reino do Princípio, que impõe a lei, não permite qualquer confusão, desordem ou elemento de sorte, mas mantém todos em perfeita harmonia um com o outro, nos lugares que lhes foram indicados por Deus. No universo espiritual do Princípio nunca uma das idéias de Deus interfere nem colide com outra, porque cada qual, em virtude de lei divina, é mantida na sua própria posição e relação quanto a seu próximo. Essas verdades gloriosas, por encherem nossos pensamentos, tornam-se lei na nossa vivência humana e excluem a possibilidade de acidentes.

Se virmos um acidente na estrada, podemos ajudar a nós mesmos e àqueles nele envolvidos por negar imediatamente a evidência dos sentidos e afirmar o fato científico de que em todo o reino do real não há acidentes. Se acreditamos que alguma outra pessoa sofreu acidente, então aceitamos a possibilidade de que nós possamos sofrer acidente. Em Ciência e Saúde a Sr.a Eddy escreve: “Os acidentes são desconhecidos a Deus, a Mente imortal, e precisamos abandonar a base mortal da crença e unir-nos à Mente única, a fim de substituir a noção de acaso pelo conceito apropriado acerca da direção infalível de Deus, e assim trazer à luz a harmonia.” E a seguir ela acrescenta: “Sob a Providência divina não pode haver acidentes, porquanto na perfeição não há lugar para a imperfeição.”Ciência e Saúde, p. 424;

A perfeição nos transportes inclui perfeita estabilidade e domínio. Se estivermos confrontados com pavimentação coberta de gelo ou escorregadia, podemos apelar para as forças da adesão, coesão e atração — aquelas tremendas forças espirituais de Deus às quais se dá ênfase na Ciência — para nos manter em segurança na rodovia.

Às vezes constatamos que nossas viagens nos levam através do vento ou da chuva, de tempestades de neve, de areia ou de poeira. O Mestre, Cristo Jesus, provou o poder de Deus por aquietar grande tempestade de vento quando ele e seus discípulos corriam perigo num barco no Mar da Galiléia (V. Marcos 4:35–41).

Também nós, como humildes seguidores de Cristo Jesus, podemos provar o domínio de Deus sobre qualquer condição adversa, reconhecendo Sua presença e poder que a tudo abarcam. Em todo o bom universo de Deus não existe qualquer elemento destrutivo.

Existe a crença generalizada de que dirigir o carro em longas distâncias a alta velocidade produz um entorpecimento mesmérico da vigilância perceptiva e da inteligência. Às vezes chamam a isso “Hipnose da estrada.” Claro que é prudente parar a intervalos normais para um período de descanso; mas é também muito importante reconhecer que nossa inteligência não pode ser estultificada, porque nós a temos como reflexo da Mente divina. Uma vez que Deus é em verdade a causa única, nossa vigilância e acuidade não podem ficar embotadas por qualquer causa hipotética. Em Ciência e Saúde, lemos: “Só há uma causa primária. Portanto, não pode haver efeito algum de qualquer outra causa, e não pode haver realidade naquilo que não proceda dessa causa grande e única.”ibid., p. 207;

Os animaizinhos que vemos ao longo da estrada também são queridos de nosso Pai. Queremos ser cuidadosos e considerados para com eles, e incluí-los no nosso modo de pensar sobre segurança, realizado em espírito de oração.

Está o cansaço tentando atormentar-nos depois de termos dirigido durante horas na estrada? Sabendo que nós nada podemos fazer por nós mesmos, mas que tudo quanto fazemos é por reflexo de Deus, descobrimos que nossa força se renova. Apoiando-nos em Deus, somos revigorados, e gozamos de uma energia não diminuída.

Tem-se dito que a cortesia é amor manifesto em trivialidades. Por certo que é amável sermos corteses com outros motoristas nas estradas. A cortesia torna-se aí também um elemento de segurança. Ao ceder o direito de passagem, parando para deixar que outro motorista entre numa longa fila do tráfego, atendendo a várias outras gentilezas na estrada — tudo isso contribui para um dirigir agradável e seguro. Talvez a coisa mais amável que podemos fazer — e isso não é trivialidade — seja reconhecer que na realidade divina existe uma só Mente, Deus, e que todas as idéias de Deus refletem de Deus a habilidade de serem inteligentes, de estarem vigilantes e de terem a sabedoria e o discernimento de fazer o que é correto.

Os sentidos materiais em certas ocasiões dizem-nos que alguns dos motoristas que encontramos são estúpidos, descorteses, descuidados. Será que então reagimos com raiva e ressentimento? Quanto melhor será olhar através da aparência mortal e além dela a fim de vislumbrar por meio dos sentidos espirituais as idéias de Deus, inteligentes e sábias! Em vez de condenar e criticar, iremos então apegar-nos à verdade espiritual acerca do homem e, assim, em espírito de oração, dar aos nossos próximos, ou seja, aos outros motoristas, nossa consideração e apoio. Isso não pode deixar de abençoá-los como também de nos abençoar. É claro, os passageiros num carro podem ajudar muitíssimo seu próprio motorista por ampará-lo desse mesmo modo com pensamentos em espírito de oração.

Em Provérbios lemos: “O que confia no Senhor está seguro.” Prov. 29:25; Há alguns anos atrás fiz uma longa viagem de automóvel com amigos que são estudantes de Ciência Cristã. Estávamos rodando ao longo de uma estreita estrada de duas pistas. O tráfego era intenso e movia-se em alta velocidade. De repente, um carro da pista oposta saiu de sua fila numa disparada, tentando tomar a dianteira. A fileira do tráfego formava uma linha sólida, de maneira que o carro se viu obrigado a continuar diretamente contra nós.

Aí nossas orações diárias, que reconhecem o controle harmonioso e ordeiro do Deus Todopoderoso, vieram em nosso auxílio. Nosso motorista pisou com força no freio, nosso carro deu uma guinada e os dois carros cruzaram-se velozmente. Nosso carro, aparentemente desgovernado, mas sob o controle de Deus, lançou-se para o outro lado da estrada, exatamente quando na outra linha de trafego se fazia uma abertura. Aí parou de frente para a direção oposta. Ninguém ficou machucado; nenhum carro sofreu um arranhão. Demos graças a Deus por Seu constante cuidado e amor.

Enquanto estamos dirigindo, podemos colocar-nos na dependência do Deus todo-sábio, o Princípio, para nos dirigir e guiar, quando com gratidão procurarmos Sua direção e procurarmos conhecer Seu controle. Até mesmo a menor compreensão que se tiver sobre Sua lei invariável da harmonia produz maravilhas. O erro não pode agir na presença da Verdade. A Sr.a Eddy nos diz: “Os pensamentos bons são uma armadura impenetrável; assim revestidos, estareis completamente resguardados contra os ataques do erro de qualquer espécie. E não só vós estareis protegidos, mas também todos sobre quem repousarem vossos pensamentos, serão por esse meio beneficiados.”The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 210.

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