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A CONTINUIDADE DA BÍBLIA

[Série que mostra como o Cristo, a Verdade, vai se revelando nas Escrituras.]

Os últimos anos de Moisés

Da edição de agosto de 1976 dO Arauto da Ciência Cristã


Quando Moisés promulgou os Dez Mandamentos, estava no auge de seu sucesso. Embora esta parte de sua carreira tenha sido de importância vital, sua missão seguinte era a de conduzir seus vacilantes seguidores à Terra Prometida.

À medida que suas responsabilidades cresciam, o Senhor permitiu-lhe escolher setenta homens “dos anciãos do povo” para atuarem com ele (V. Números 11:24, 25); contudo, mesmo com esse apoio adicional, Moisés era assediado pelas dúvidas e interpelações do povo.

Ao considerar os últimos anos de Moisés, é importante notar certos aspectos da organização que ele estabeleceu. Intimamente ligada com a promulgação da lei estava a preparação da arca, uma caixa sagrada na qual eram preservadas as tábuas da lei e a qual era mantida no tabernáculo, ou tenda, um santuário portátil (V. Êxodo 25:8, 9) usado principalmente durante as peregrinações no deserto e descrito particularmente nos últimos capítulos do livro do Êxodo.

Aos hebreus, o tabernáculo e sua parte mais sagrada, a arca, eram mais do que meros simbolismos de Deus; eles os viam como indicadores de Sua real presença e poder. Intimamente associado à arca e ao tabernáculo, estava o conceito do Lugar Santíssimo, ou Shekinah (derivado do hebráico shakan — morar), lugar da permanência de Deus. O Lugar Santíssimo pode ser descrito como o resplendor ou a glória da eterna presença divina, guiando e guardando os hebreus em suas jornadas (V. Números 9:15–23; 10:33–36).

O livro dos Números (capítulo 13) registra que, por mandado de Deus, Moisés enviou doze representantes, um de cada tribo de Israel, para examinarem a terra de Canaã. Ao fim de quarenta dias voltaram com o relato de que ela produzia frutos em abundância, bem como “leite e mel”.

A meta da longa e árdua jornada desde o cativeiro até a liberdade parecia estar ao alcance imediato. Calebe e Josué jubilosamente afirmaram que as forças israelitas poderiam facilmente vencer as numerosas tribos de Canaã e dominar suas cidades. “Eia! subamos, e possuamos a terra,” proclamou Calebe, “porque certamente prevaleceremos contra ela.”

Contudo, os outros dez espias contrariaram o ponto de vista progressista de Calebe e Josué com os argumentos do medo, da dúvida, da demora e da autodepreciação indevida. Consideravam-se nada mais que gafanhotos, incapazes de enfrentar e superar os problemas de Canaã. A estatura gigantesca de seus oponentes e a suposta invencibilidade de suas cidades fortificadas, tudo contribuiu para o quadro desencorajador apresentado pela maioria dos espias. Esse relatório foi prontamente aceito pelo povo, que, censurando Moisés e os que o apoiavam, começaram a planejar uma infame retirada para o Egito.

Esta insolente rebelião custou-lhes a todos a severa punição de que aos meros quarenta dias em que os espias examinaram e inspecionaram a terra, seguiriam quarenta anos de peregrinação a esmo até que todos os hebreus adultos daquela geração, exceto Calebe e Josué, houvessem perecido.

Durante esse extenso período de provações, Moisés, ainda fiel a seu povo e, acima de tudo, a seu Deus, repetidas vezes reanimou os israelitas em seu progresso lento e indireto até alcançarem as fronteiras da Terra Prometida.

Embora ele mesmo não tivesse permissão de entrar (V. Números 20:12), ele destemidamente completara a tarefa de que fora incumbido. A mansidão pela qual foi louvado (V. Números 12:3) não incluía timidez, mas pode ser classificada como humildade impessoal. Melhor conhecido como líder e legislador inigualável, foi também lembrado como profeta (V. Deuter. 18:15; Oséias 12:13), bem como partilhou com Abraão a elevada honra de ser chamado amigo de Deus (V. Isaías 41:8; Êxodo 33:11).

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