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O desejo de curar

Da edição de agosto de 1976 dO Arauto da Ciência Cristã


Ajudar outras pessoas e curá-las é, por certo, uma meta maravilhosa. Poderia haver objetivo mais elevado do que o de orar a prece que cura o nosso semelhante? A expressão de amor fraternal — o compartir do Amor divino — provém da compreensão de Deus e realiza um bem sem limites.

Graças aos ensinamentos da Ciência CristãChristian Science — pronuncia-se: kris’tiann sai’ennss., o desejo de curar pode ser acalentado, alimentado e protegido até criar raiz e florescer em grandiosos resultados. Quando compreendemos ter a mesma Mente que havia em Cristo Jesus, refletimos, de modo natural, o amor sanador de Deus. O desejo de curar se relaciona com o desejo de dar, de manifestar a influência salutar e misericordiosa do Amor divino.

Essa inclinação cristã e natural pode ser cultivada cientificamente. O desejo e a habilidade de curar podem ser fortalecidos por nosso crescimento espiritual e pela regeneração.

Talvez digamos: “Sim, posso dar amor. Posso até ajudar um pouco, humanamente; mas, pensar que posso curar, seria pretensão de minha parte. Pensar que eu poderia ajudar outrém a ganhar domínio espiritual, independência e saúde, já, como filho perfeito de Deus, é ir longe demais!”

Às vezes, ficamos tão surpresos com as possibilidades espirituais como, há alguns séculos, certos observadores ficaram quando Jesus afirmou distintamente a sua origem divina e provou sua capacidade de curar. As autoridades se enfureceram por Jesus dizer-se o Filho de Deus. Mas o Mestre, por curar outros, demonstrou diariamente esse fato. Cristo Jesus vivia consciente de sua filiação espiritual, e essa compreensão imbuída do Cristo capacitava-o a levar a cura científica a muitas pessoas.

Apesar do ódio que o mundo devotou à verdade que Jesus ensinava, o Mestre manteve seu curso, mostrando à humanidade que obtemos salvação quando sustentamos a união do homem a Deus. O amor de Jesus não foi extinto pelo ódio. Sua vitória na ressurreição e na ascensão dão-nos coragem para provar que também nós podemos viver com êxito segundo a lei do Espírito e podemos começar a vencer o mundo.

Precisamos da coragem do Cristo para subjugar as crenças da mente mortal que, de outra forma, limitariam o nosso progresso e a habilidade de curar outros. Somos filhos e filhas de Deus. Podemos expressar também, em certa medida, o domínio e o amor fraternal que Cristo Jesus viveu, ensinou e demonstrou. Por meio de seu amor espiritual e de sua compaixão crística, ele nos mostrou o caminho da cura. Precisamos atender melhor aos nossos recursos internos de habilidade espiritual e estar mais dispostos a valer-nos deles para ajudar outros.

Curar pela Ciência Cristã traz recompensa, satisfação e inspiração. Todas as ilusões das trevas parecem unir-se para nos dissuadir do desejo de curar. Preocupações mundanas e temores podem tentar impedir o nosso trabalho de suprir a necessidade de ação e crescimento espirituais. Mas o anseio de curar, o amor à presença de Deus e o amor ao nosso irmão não podem ser realmente extintos quando sentimos que essas afeições espirituais são defendidas e sustentadas pelo conhecimento que temos do Cristo, a Verdade ideal.

Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, escreve: “A Descobridora desta Ciência poderia vos falar da timidez, da desconfiança própria, da falta de amigos, das fadigas, agonias e vitórias, sob o peso das quais ela necessitou de uma visão miraculosa que a sustivesse ao dar os primeiros passos nesta Ciência.”Rudimentos da Ciência Divina, p. 17; Tranqüilizados pelo que a Sr.a Eddy realizou ao fundar a Igreja de Cristo, Cientista, com sua missão curativa, podemos avançar com mais confiança. Quando verificamos que a compreensão da onipotência de Deus é o que cura, a falta de autoconfiança se desfaz.

Ao obtermos domínio sobre a insegurança, o nosso pensamento estende-se com naturalidade para ajudar outros. Estar cônscio de que a natureza verdadeira da outra pessoa é espiritual, é semelhante a Deus, nos capacita, se chamados a ajudar, a elevar o pensamento dessa pessoa para a percepção da verdade espiritual.

O Cristo impessoal, e o conceito claro que dele temos, é o que cura; não é a vontade humana ou pessoal. O Cristo, o ideal espiritual, já está na consciência do paciente e o cura quando o pensamento do paciente se põe em harmonia com o Cristo.

Quando somos atraídos à cura na Ciência Cristã, pode ser que nos perguntemos: “Como posso amar o bastante para curar de modo eficaz e permanente?” Se formos capazes de nos ver clara e continuamente como idéias completas do Amor divino, idéias que amam de maneira desprendida e pura, a criação espiritual de Deus, teremos amor bastante para curar com coerência.

Precisamos defender-nos contra atitudes e sugestões negativas por meio do conhecimento de que refletimos apenas a Mente única, Deus. Isso dá-nos a independência de demonstrar a verdade por meio da cura. Ver, à luz da Verdade, a irrealidade da matéria e a impotência da mente mortal, ou crença material, é defesa segura e científica contra os pensamentos que nos querem fazer acreditar em doenças e acidentes.

Certa mulher pediu a uma amiga que lhe desse ajuda pela Ciência Cristã. Sua filhinha de um ano havia pisado descalça na grade quente da lareira. Mostrando-se sensível ao pedido, e de maneira tranqüilizadora, a Cientista Cristã orou por orientação a fim de saber como defender a j ovem mãe e a criança contra essa crença dolorosa. A estudante lembrou-as da história de Daniel na cova dos leões, e salientou a afirmação de Daniel: “Foi achada em mim inocência diante dele [Deus].” Daniel 6:22; No pensamento de Daniel não havia animalidade com que os leões pudessem se alimentar!

A jovem mãe e a amiga compreenderam o fato de que a criança também era inocente diante de Deus, e portanto não podia sofrer. Com isso teve início imediato a cura da queimadura. A mãe acalmou-se e, quase no mesmo instante, cessou o choro da criança. A cura foi rápida e não deixou cicatrizes.

Ajudar outros traz grande alegria. A cura é acelerada com a nossa própria expectativa do bem. Um grande transbordamento de compaixão para com os outros provém de Deus. O Seu amor é deveras solícito para conosco. É suficiente amplo para que todos possam beber dessa fonte inesgotável.

Ao nos esforçarmos para ajudar e curar, pode nos dar muito alento esta descrição que a Sr.a Eddy faz de um verdadeiro adepto da Ciência Cristã: “O Cientista Cristão verdadeiro é uma maravilha, um milagre no universo da mente mortal. Como amor abnegado, ele inscreve no coração da humanidade, e transcreve nas páginas da realidade, a presença viva, palpável — o poder e a majestade! — da bondade. Ele vive para o bem de toda a humanidade e honra o seu criador.”Miscellaneous Writings, p. 294.


Amados, amemo-nos uns aos outros,
porque o amor procede de Deus;
e todo aquele que ama é nascido de Deus,
e conhece a Deus.

1 João 4:7

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