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Onde há fumaça há fogo, será mesmo?

Da edição de junho de 1977 dO Arauto da Ciência Cristã


“Onde há fumaça há fogo.” Isso é dito muitas vezes impensadamente como uma verdade incontestável. Por certo, no mundo natural à nossa volta, essa é uma afirmação justa. Mas quando está ligada a falatórios, rumores e especulação maldosa, pode ser algo totalmente enganador e cruel. Pode deixar de ser uma afirmação relativamente leviana e passa a acarretar sérias conseqüências.

Quando os inimigos de Cristo Jesus o entregaram nas mãos de Pilatos e pediram sua crucificação, alegaram ter ele ambições políticas perigosas. Não temos meios de saber o que Pilatos realmente pensava, mas não seria muito provável que ele houvesse raciocinado nos termos desta asserção, de que onde há fumaça há fogo? Nesse caso, a pretensa fumaça não passava de névoa do sentido material maldoso e nela realmente não havia fogo algum.

O termo “magnetismo animal”, como é empregado na Ciência CristãChristian Science (kris´tiann sai´ennss), denota processo mental hipotético que tem a morte — num sentido lato — como objetivo final. O magnetismo animal pretende impor a mortalidade e o mal sobre nós não só num sentido físico, a morte do corpo, mas gostaria de matar a boa vontade, a cooperação, o entusiasmo, a esperança — e a reputação ilibada.

Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã e sua Líder, foi objeto de calúnia maldosa, mentiras, julgamentos errôneos, ódio e libelo. É compreensível que seus comentários sobre esse tema sejam bem fortes, e ela os faz sem rodeios. Em Miscellaneous Writings, devota ela um trecho a esse assunto sob o título “Perfídia e Calúnia”. Declara ali: “A lei julga necessário proteger o inocente contra os caluniadores — essas pragas da sociedade — quando o crime por eles cometido está dentro da jurisdição dela. De modo que fugir às penas da lei e, no entanto, com malícia premeditada propagar suas más intenções, é a sutileza de que se valem para pôr o peso de suas alegações nas mãos da maledicência! Pode ser que alguém destituído de senso de caridade as leve adiante, e, antes que se dê conta, torne-se ele mesmo responsável por bondosos (?) esforços.” Mis., p. 227;

Ser um elo na corrente da malícia gerada pela mente mortal é estar num estado tão lamentável como a pessoa que é o alvo. Nos baixos escaninhos do pensamento humano, a maledicência talvez pareça ter delicioso apelo. Os ataques ao caráter de uma pessoa podem parecer (ao pensamento fascinado pela crença de realidade na matéria) possuir a força da diversão e a atração duma peça teatral, ou o peso da honestidade. Mas a consciência espiritualizada está desperta para o dano e o intento do magnetismo animal e se defende dele. E os que estão se volvendo do palco onde a personalidade mortal se apresenta para a Mente divina e sua idéia, protegem-se a si próprios e ajudam a apoiar os outros.

O magnetismo animal nunca pode atacar o Espírito e suas idéias. Pode parecer que ataque no nível da existência humana aqueles que se esforçam para perceber e viver as realidades espirituais. Seu intento destruidor visa ao Cristo, à Verdade, mas nunca o pode encontrar. Quando muito — e então apenas na crença humana — pode meramente parecer atingir àquilo que humanamente representa o real, o verdadeiro e o bom.

Para ilustrar. Na Ciência Cristã percebe-se o Cristo como a idéia espiritual de Deus, eterna, pura, imortal. O Cristo foi apresentado em seu mais elevado grau pelo homem chamado Cristo Jesus. A mente mortal, a soma total de tudo o que é mau e letal, sempre haveria — se o pudesse — de aniquilar o Cristo, seu antídoto e destruidor. Cristo Jesus, transparência ao Cristo a um ponto singular, foi objeto desse ódio, o que culminou na sua crucificacão. Mas o ódio não podia nunca ter êxito na expulsão do Cristo. Compreendendo a imortalidade e a pureza da Vida e sua idéia, o homem, Jesus ressuscitou do túmulo e por fim ascendeu.

Devido à sua pureza de pensamento, Cristo Jesus podia afirmar: “Aí vem o príncipe do mundo; e ele nada tem em mim.” João 14:30; A Sr.a Eddy explica o êxito dele em frustrar a malícia mortal: “O Cristo real não tinha consciência da matéria, do pecado, da doença e da morte, e só tinha consciência de Deus, do bem, da Vida eterna e da harmonia. Logo o Jesus humano tinha acesso ao seu eu mais elevado e à sua relação com o Pai, e ali achava repouso das tribulações irreais, na consciente realidade e realeza de seu ser, — mantendo o mortal como irreal e o divino como real. Foi essa retirada do eu material para o espiritual que o fortaleceu para triunfar sobre o pecado, doença, e morte.” Não e Sim, p. 36.

A malícia do sentido material não se acha reduzida hoje em dia. O pensador espiritual desperto não tropeçará na sua armadilha por deixar de vigiar os seus passos, nem será ele induzido a cair nela pelas sugestões mesméricas de que há justificativa para crer nas sugestões enganosas da malícia — ou que se possa encontrar prazer em deter-se numa personalidade mortal.

Por outro lado, não devemos encobrir com o descaso e a indiferença problemas que precisam de nossa atenção e de correção. Mas adotar a atitude de sair a farejar fumaça e, quando julgamos ter encontrado alguma, lançar-nos em alegações desordenadas de que há fogo, é sermos nós mesmos vítimas do magnetismo animal e do pecado. Os que estão obcecados à procura de faltas nos outros talvez estejam inconscientes de que suas próprias vestes estão em chamas, e podem estar perigosamente cegos ao risco que correm.

Seja nas esferas políticas, nos lares, nas universidades ou nas igrejas, a necessidade primordial é da visão espiritual que admite a presença e o poder de Deus e os compreende, e, que sobre tal base, desvenda — com o fim de fazer o bem — tudo o que necessita ser curado e corrigido.

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