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Superando mágoas

Da edição de junho de 1977 dO Arauto da Ciência Cristã


A Ciência CristãChristian Science (kris'tiann sai'ennss) está libertando muitas pessoas da moléstia mental chamada mágoa, a qual, até que seja superada, leva muitas vezes à irritação, à má vontade, ao ódio, e, às vezes, à vingança. Dessa sórdida sementeira mental brotam freqüentemente desordens físicas que resistem à sua erradicação até que seja corrigido o estado mental que elas objetivam.

Que é que ocasiona mágoas? O que é que se sente magoado? Qual o processo para destruir as mágoas?

Uma resposta está contida na declaração feita pela Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, Mary Baker Eddy, onde ela diz no livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “A base das discórdias dos mortais é um conceito errado acerca da origem do homem.” Ciência e Saúde, p. 262; Então o antídoto para cada uma das discórdias mortais é a verdadeira compreensão sobre a origem do homem. Uma vez que a mágoa é uma forma de discórdia mortal, ela tem seu começo em uma noção falsa acerca da origem do homem. Ela desaparece quando essa noção falsa cede à idéia verdadeira de Deus.

A Ciência Cristã dá aos homens um conhecimento de Deus. Ensina que pelo fato de a origem do homem ter de ser inteligente, essa origem tem de ser a Mente perfeita, porquanto a inteligência só existe na Mente genuína. O homem, ensina a Bíblia, existe como testemunha ininterrupta da Mente eterna, que é a Causa, ou como evidência dessa Mente. Mas a mágoa não se origina na Mente inteligente. A inteligência não pode produzir coisa alguma que seja desarmoniosa.

Se a mágoa não tiver sua procedência na única Mente inteligente, de onde, então, ela procederá? Ela provém da pseudo mente ignorante, que Paulo descreve como “o pendor da carne”, o qual, disse ele, “é inimizade contra Deus” Romanos 8:7;. Esse conceito carnal, ou material, sobre a mente é o único mal, a fonte de toda discórdia. Pretende usurpar o poder, o lugar e a prerrogativa de Deus, a Mente verdadeira, e assim dar origem a uma criação material e a um homem dessemelhante daquele cuja origem é a Mente divina, daquele que é bom e permanente. Nesse conceito não permanente e material sobre a criação, os mortais que têm o pendor da matéria pensam segundo o modo pelo qual são impelidos pela mente mortal, e dizem e fazem aquilo que não é gentil, e assim fazem com que outros mortais se sintam magoados. Será que essa é a verdadeira ordem do ser? Não. Por que não?

Cristo Jesus avaliou essa mente carnal como nada mais que um mentiroso, que não se firma na verdade. Ver João 8:44; Em outras palavras, a mente carnal e material, seus pensamentos e tudo quanto ouve, sente e reage a esses pensamentos, nunca faz parte da verdadeira Mente ou de suas identidades. O negativo e o mal estão para sempre excluídos daquilo que é positivo e bom.

Aquilo que magoa, e que sente mágoa, é o efeito dessa única mente má, o oposto de Deus. Suponhamos que essa mente pretenda criar e dar fôlego de vida a uma pessoa chamada Sr. Fulano; suponhamos que ela lhe incuta pensamentos rudes dirigidos à Sr.a Fulana, ou à Sr.ta Ciclana ou ao Sr. Beltrano. Suponhamos também que ela pretende prontificar a Sr.a Fulana, a Sr.ta Ciclana, ou Sr. Beltrano a se sentirem magoados quando o Sr. Fulano expressar tais pensamentos grosseiros.

Mas notem bem que tudo isso é uma miscelânea de negativos — uma noção negativa da mente e de seus pensamentos negativos, a vivificar sua noção material negativa sobre o eu. Esse fenômeno, em sua totalidade, não tem raiz na Mente inteligente ou na sua manifestação, e, portanto, não tem direito a ser aceito como verídico. Nada daquilo que tenha a substância da realidade pode resultar do que for basicamente falso.

Como é que isso pode ser demonstrado? Jesus deu a resposta em oito palavras: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” v. 32; A Ciência Cristã mostra-nos a maneira de conhecer a verdade, a qual tem de ser a verdade a respeito de Deus e do Seu reino, a respeito do criador e da criação. A Mente é a única causa universal possível, e o homem, individual e coletivamente, está definido na Bíblia como o filho de Deus, a mais alta evidência da Mente genuína. São estes os fatos que nós precisamos e podemos compreender, ou saber, serem os únicos fatos. Assim fazendo, ficamos mentalmente libertos da ilusão do mal chamado mágoa.

Aquilo que agressivamente sugere a você ou a mim sermos mortais com sentimentos magoados é a única mente mentirosa a fazer tais sugestões ao seu próprio conceito ou identidade errôneos, dos quais diz que são nossa identidade. Toda vez que você e eu aceitarmos a sugestão de que nosso eu é um mortal suscetível de ser magoado, teremos primeiramente de acreditar que existe um segundo deus que nos deu vida e consciência em separado do único Deus e sobre as quais um outro mortal pode impor sentimentos de mágoa. Isso é produto de mentiras, todas elas derivadas da mente mentirosa e má, a qual jamais conhece nem magoa o homem de Deus. Essa descrição, na sua totalidade, é desconhecida de Deus, da Mente que tudo sabe, e assim ela é desconhecida para a atividade conhecedora de qualquer um dos descendentes da Mente genuína, os quais eternamente estão conscientes daquilo que sua contínua fonte inteligente lhes incute na consciência, ou seja, a totalidade de Deus e de Suas obras.

Se um estudante de Ciência Cristã se vir confrontado pela tentação de crer que ele é um mortal com sentimentos magoados, o estudante enfrentará essa sugestão como algo que não é outra coisa senão a falação mesmérica da serpente. Ele reconhece que o mal básico, a mente mortal, de fato nunca foi a origem dele mesmo ou de seu irmão, porquanto Deus, o Espírito, é eternamente a causa única. As identidades a que Deus dá origem são naturalmente e para sempre iguais à sua fonte, inteiramente espirituais e boas. Elas são controladas pelas forças espirituais e morais da Mente delas, que age através de suas legiões de idéias corretas, os anjos que tornam verdade contínua o controle que o Amor exerce sobre todas as identidades.

O homem, tal como Deus faz com que ele seja para sempre, nunca pode magoar ou sentir-se magoado. Está tão invulnerável e livre de mágoas como o seu Ego, a Mente positiva, com a qual ele se amalgama, e de cuja imunidade contra as forças sem mente do mal ele participa para sempre. As forças do pensamento mortal rude nunca podem tocar, ou afetar, a consciência daquele que sabe que o seu único verdadeiro status e o de seu irmão, estão para sempre ocultos com Cristo, a idéia iluminadora de Deus, naquela Vida que é a Divindade.

Muitos mortais crêem que em certa fase de seu passado o mal abriu caminho de algum modo na continuidade do controle inteligente e carinhoso que Deus exerce sobre Sua família universal de identidades de mentalidade correta, e impeliu algumas delas a dizer ou a fazer aquilo que deixou cicatrizes mentais na mente de outros. Não há coisa alguma que apresente esse argumento senão o mal único, a mente carnal mentirosa. Ele não discute com o único Deus infinito ou com Seu reflexo, o homem, que é para sempre do Espírito onipresente e está nesse Espírito, a Mente. O mal apresenta seus argumentos somente ao seu próprio estado de consciência mortal. É importante conseguir entrar no reinado da verdadeira Mente e de sua fraternidade. Aquilo que é negativo e hipotético não tem o poder de projetar a si mesmo para dentro daquilo que é positivo e verdadeiro.

Assim, nossa defesa contra a mentira de que alguém nos ofendeu está em que o único “ele”, o único “eu”, o único “nós”, que eram reais quando a mente mortal mentirosa pretendia estar preparando a cena que ia produzir a mágoa, foi que o “eu”, o “ele” e o “nós” a que Deus, a causa única, dava existência, eram as verdadeiras identidades dos envolvidos no caso. Essas identidades estavam justamente então conhecendo os pensamentos espirituais que a Mente única estava revelando como a verdadeira consciência e vida delas, pensamentos que eram positivos, inteligentes, amáveis e bons; pensamentos que estavam produzindo compreensão, justiça e fraternidade. A falsa mente má, com seu sentido falso de identidades, a expressar falsa vivificação, falsa conversa e falsa ação, nunca poderia apresentar-se como substituta da Mente divina e infinita, e de suas manifestações infinitas, onde todas as verdadeiras identidades habitam para sempre em segurança e a salvo.

Porque a mente material reclama para si tudo que pertence a Deus, também pretende ser capaz de sentir. Esse sentir não é verdadeiro, assim como a noção que a mente mortal tem acerca da vida também não é um viver verdadeiro, e assim sua noção de substância também não é verdadeira substância. Só Deus, a Mente divina, tem realmente a faculdade de sentir. Nossa Líder, a Sr.a Eddy, assim o afirma: “A Ciência declara que é a Mente, não a matéria, que vê, ouve, sente e fala.” Ciência e Saúde, p. 485; Se é tão só a Mente infinita que sente, como pode existir qualquer sensação naquilo que lhe é oposto? Não pode existir, e aquilo que pretende ser uma noção mortal de sentir é somente um “não-sentir”, uma negação da verdadeira sensitividade. O fato é que o único eu verdadeiro de vocês ou de mim, nunca percebe ou sente as falsas forças de pensamento com as quais a mente má afirma que ela pode produzir mágoa.

Em realidade essas falsas forças de pensamento não podem ser sentidas, porque são o falso sentido da mente, a qual não está relacionada ao ser do homem como Deus fez com que o homem fosse — a expressão individual da atividade do único Ego, a Mente inteligente, a qual vê, ouve e sente. A Mente está para sempre exercendo a atividade da faculdade de sentir, e as únicas sensações do homem são as manifestações individualizadas daquele Um que-tudo-sente. Como a Mente não pode sentir mágoa, assim também o homem, o reflexo da Mente, não pode senti-la. As mágoas, sob a luz dessas verdades, caem no poço sem fundo da falsidade, logo que o indivíduo reivindique como sendo natureza dele a habilidade inata de sentir somente aquilo que seu Deus, a Mente, lhe está fazendo sentir, ou seja, a harmonia, a unidade e a paz que para sempre caracterizam o reino do Amor.

Jesus, na sua grande afirmação: “Eis aí vos dei autoridade ... sobre todo o poder do inimigo, e nada absolutamente vos causará dano,” Lucas 10:19; chamou-nos a atenção para a natureza invulnerável do homem. Provou que toda a malícia da mente mortal não podia deixar a mínima sensação de mágoa na sua consciência. Mas onde está o poder ao qual ele se referia, o poder que o Cristo dá a cada um de nós sobre o inimigo, a mente má, a qual pretende poder magoar-nos?

Esse poder está na Mente verdadeira, e está ao dispor de você e de mim nas legiões de idéias verdadeiras que a Mente faz desabrochar em nós como nossa única consciência e vida. É nesses pensamentos a que a Mente concede poder que está o poder da inteligência divina. É o poder onipotente da luz real, e ilumina de tal maneira nossa consciência com as realidades espirituais do ser — Deus perfeito e homem perfeito — que a mentira do mal de que sempre tenhamos sido, ou que agora possamos ser, um mortal magoado ou vulnerável à mágoa, se desfaz na sua falsidade inicial.

Pelo fato de a nossa Líder ter compreendido tão claramente essas verdades, ela pôde dizer sem qualquer reserva: “Digo-o com alegria, — nenhuma pessoa pode cometer uma ofensa contra mim, que eu não possa perdoar.” Message to The Mother Church for 1902, p. 19. Também nós precisamos descobrir que nosso eu é para sempre invulnerável à mágoa como expressão de nosso Deus que a ela é invulnerável.

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