Certo dia Sara foi trabalhar com o pai. Ela gostava de dizer que ia trabalhar com o pai toda vez que ele saía serviço e a levava junto. O pai construía casas e tinha muitos homens trabalhando sob suas ordens. Dessa vez, eles foram a uma casa que estava sendo aumentada. Estavam construindo uma peça muito grande, com três andares de altura.
Papai contou-lhe que os trabalhadores estariam ocupados colocando um andaime. Sara não sabia o que era um andaime até que o pai explicou que era uma plataforma bem simples sustentada por cordas compridas e grossas, e que os trabalhadores o usavam para erguer madeira e ferramentas. Quando puxado até a altura certa, diversos homens podiam ficar em pé nele e trabalhar. Sara estava contente. Seria divertido ver isso. Esperava que lá chegando lhe fosse permitido subir no andaime. Quando voltasse para casa seria tão bom poder contar o que vira ao irmão.
Sara ficou um pouco desapontada quando o pai lhe disse para ficar embaixo e não caminhar muito porque os trabalhadores estavam ocupados e não podiam conversar com ela. Mesmo assim, era bom estar ali, vendo tanta coisa acontecer.
O pai estava lá em cima no andaime com um dos homens, e, quando Sara olhou, não mais se sentiu triste por não poder estar junto. Imaginou que teria medo de estar tão alto sem algo em que se firmar. Mas ela aprendera na Escola Dominical da Ciência Cristã que a oração põe fim ao medo. A Oração do Senhor dada por Cristo Jesus inclui estas palavras: “Venha o teu reino.” Mateus 6:10; Sara gostava em especial dessa frase, porque em seu livro Ciência e Saúde, a Sr.a Eddy explica que isso quer dizer: “O Teu reino já veio; Tu estás sempre presente.” Ciência e Saúde, p. 16. Como poderia alguém sentir medo, aqui mesmo, no reino de Deus? Ele é o “esconderijo” sobre o qual a Bíblia fala no salmo noventa e um. No primeiro versículo você pode encontrar essas palavras.
Sara viu que todo mundo ao seu redor estava atarefado, e assim tratou de se ocupar também, e procurou alguma coisa bonita para mostrar ao pai. Alguns pequenos pedaços de madeira no chão apresentavam formas bonitas e Sara começou a juntar uns poucos.
De repente, ouviu forte ruído e uma gritaria! Os homens que estavam trabalhando perto dela lhe diziam alguma coisa; ouviu gritos vindos de cima, onde estava o andaime. Quando olhou para o alto, viu que o andaime se soltara! A corda cedera num lado e tudo estava vindo abaixo, inclusive seu pai e o trabalhador que se achava com ele!
Papai gritou para ela sair do caminho, e os homens, ali embaixo, tentaram chegar até ela. Mas grandes pedaços de caibros que se achavam no andaime caíam à sua volta. Para onde ir? Parecia não haver tempo de fazer algo, a não ser refugiar-se em Deus e saber que ela vivia no reino de Deus, a salvo com Ele.
Ferramentas, pregos e madeira caíam ao redor dela, mas Sara lembrou-se de que Deus está em toda parte! Um grande caibro veio cair bem perto, mas ela disse em voz alta: “Meu refúgio e meu baluarte, Deus meu, em quem confio.” Este é o segundo versículo do salmo noventa e um, e toda a classe de Sara na Escola Dominical tinha aprendido um pouco dele cada semana.
De repente, tudo ficou quieto, depois de todo aquele barulho. Lá estava o pai levantando-se e vindo ver se ela estava bem. Ele pegou-a nos braços e bem depressa todos os trabalhadores o cercaram, surpresos de que ninguém se machucara e que um milagre acontecera pois nada tocara a menina. Havia tábuas por todos os lados, mas nenhuma caíra ali onde ela estava parada.
Todos se espantaram ao ver que os dois homens que estavam no andaime não se tinham ferido com uma queda de tão alto. Vários trabalhadores concordaram que tinham sido protegidos pela oração que ela dissera em voz alta. E só então Sara deu-se conta de que havia gritado as palavras mais alto do que todo aquele barulho! Ela não tivera medo, pois sabia que Deus cuidaria de todos. E Ele de fato cuidou.
