Uma figura solitária sentada num banco de praça; um homem, ou uma mulher, encolhido num quarto frio escassamente mobiliado; uma criança abandonada e faminta agachada na beira do caminho — são imagens conhecidas retratando solidão e desespero. Talvez sejam elas o que nos vem ao pensamento quando nos lembramos do dever cristão de consolar o solitário e o aflito. “A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações. ...” Tiago 1:27; Nossos corações se enchem de compaixão por tais indivíduos desolados, e ansiamos por ajudá-los.
Ora, a experiência nos diz que infelizes não são apenas as pessoas que se acham sentadas sozinhas. A solidão é um problema muito maior do que se apresenta aos nossos olhos — e, de um ponto de vista humano, é bem mais complexo. Sabemos que os nossos esforços no sentido de ajudar o solitário precisam ser guiados pela sabedoria ou não terão o efeito desejado.
Incontável é a quantidade de pessoas que admitem sofrer de solidão apesar de estarem perto da família, de amigos e de colegas de trabalho. Proximidade a pessoas não é a resposta final a este problema de desolação mental. Um amigo verdadeiramente considerado talvez ajude, enquanto que um contato pessoal com alguém que é desajeitado talvez torne as coisas piores. Em alguns casos de solidão, as pessoas é que aparentemente são o problema — até mesmo as pessoas prestativas. Talvez pareçam incompatíveis ou insólitas, tendo pouco ou nada em comum com os próprios interesses e as aspirações do outro. No caso de pessoas prestimosas, às vezes, até parece que elas estão procurando ajudar outros só para se sentirem bem elas mesmas. O sentimento de solidão pode ser agravado pela presença delas e minorado quando vão embora.
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