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Observar “de longe”

Da edição de maio de 1978 dO Arauto da Ciência Cristã


Deixar que nossos filhos tomem contato com o mundo de hoje parece ser um desafio maior do que nunca. Mas temos de deixá-los! Para o fazermos, porém, e continuarmos tranqüilos, sem dúvida se faz mister estarmos conscientes de que Deus, o bem, está presente e tem poder em toda a parte.

Na Oração do Senhor, que nos foi dada por nosso grande Guia e Mestre, Cristo Jesus, dirigimo-nos a Deus como “Pai nosso que estás nos céus”  Mateus 6:9;. Em Ciência e Saúde a Sra. Eddy interpreta deste modo tais palavras: “Nosso Pai-Mãe Deus, todo-harmonioso.” Ciência e Saúde, p. 16; A Ciência Cristã ensina que este Pai-Mãe Deus é Amor — onipresente, onipotente e onisciente.

Estudando a Ciência Cristã, torna-se-nos compreensível que, por estar o Amor sempre presente, onde quer que nossos filhos estejam, estarão com o Amor. Logo, estarão sempre bem cuidados. Os pais humanos amam e desejam proteger os seus filhos, mas quanto mais os ama e protege o próprio Amor!

Uma vez que com os nossos filhos partilhamos deste universo do Amor onipresente, não há razão para sentirmo-nos separados deles. E, com o auxílio da oração científica, é-nos possível colaborar para que nossos filhos progridam segura e harmoniosamente. Sendo o Amor supremo em poder, compreenderemos que em realidade não há nenhum poder oposto, nem barreiras ao Amor, Não existe terra ou povo que possam impedir nossos filhos de sentirem-se em segurança. O Amor onisciente sabe tudo o que é preciso saber para o bem permanente de cada um de seus filhos. Assim, nossa prece será sincera em sua firme compreensão de que o Pai-Mãe sempre presente, todo-poderoso e que tudo sabe, tem o caminho preparado, e está orientando e guiando os filhos.

Vejamos como se houve a mãe de Moisés, na experiência relatada no livro do Êxodo. Opondo-se à ordem de Faraó, de que fossem mortos todos os recém-nascidos israelitas do sexo masculino, ela escondeu o filho o máximo que pôde. “Não podendo, porém, escondê-lo por mais tempo”  Êxodo 2:3;, fez para ele uma pequena arca, pondo-a na margem do rio. Parte da definição que a Sra. Eddy dá para o termo “arca” é “segurança” e “Deus e o homem, coexistentes e eternos” Ciência e Saúde, p. 581;. Sabedores de que Deus é o nosso Pai-Mãe Amor e que o homem verdadeiro, espiritual, coexiste com este Amor, não poderíamos nós colocar os nossos filhos numa arca quando já não podem ficar conosco? Confiaremos em que se encontram em segurança, em que nunca podem, na verdade, estar separados do bem.

O relato bíblico diz que a mãe calafetou o cesto com betume e piche. Não poderiam ser estes símbolos da fé e confiança que ela depunha no bem? Elementos que contribuíram para tornar a pequena arca impermeável às águas do medo e do mal? Também é digno de nota que a irmã ficou a observar “de longe”  Êxodo 2:4;. Se tivesse ficado muito perto, teria posto em perigo a segurança do menino e a da família. Quando a filha de Faraó encontrou o pequeno Moisés, a irmã se apresentou no momento oportuno e ofereceu-se para procurar alguém que servisse de ama à criança. Tendo a mãe de Moisés se desprendido do filho na hora certa, a vida dele foi salva e, mais tarde, ela foi reunida a ele e o pôde criar.

Ao confiarmos nossos filhos ao cuidado de Deus, podemos ver o quanto vale ficar observando-os “de longe”. Quando nos achamos aturdidos e angustiados, talvez nos encontremos demasiado perto, e amiúde resultam disso atritos e mal-entendidos que frustram a experiência de pais e filhos.

Compreender o fato espiritual de que Deus é o único Pai-Mãe do homem trouxe grande consolo e calma à autora quando um de seus filhos quis abandonar os estudos, após freqüentar a faculdade por apenas um ano e meio, e ir morar sozinho numa grande cidade, longe de casa. Atenta ao fato de que está afeto ao Deus onipotente manter em segurança a Sua criação, foi-lhe possível alegrar-se com o rapaz quando este começou a procurar emprego e lugar para morar. Não ficou com pena de vê-lo deixar a faculdade, nem sentiu-se aflita por ele estar longe de casa.

Em pensamento, atinha-se sempre à realidade do Amor onisciente, e dava-se conta de que Deus, que tudo sabe, estava preparando o lugar em que o rapaz devia estar. Com isso, tranqüilamente afirmava que este não podia ser influenciado por más companhias. Em suas orações procurava compreender que, por ser ele filho do Deus onisciente, a integridade e o bem-estar do moço já se achavam estabelecidos de antemão e não podiam modificar-se com o ambiente ou as companhias. Mais tarde, quando ele entrou para o serviço militar e foi enviado para um lugar perigoso no Extremo Oriente, ela não se sentiu separada do filho. Sabia que ambos encontravam-se no mesmo universo — o universo do Amor onipresente.

A Sra. Eddy escreve: “Lembra-te de que não podes ser levado a situação alguma, por mais grave que seja, onde o Amor não tenha estado antes de ti e onde a sua terna lição não esteja à tua espera.” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, pp. 149–150. Certa de que isso era verdadeiro com relação ao filho, a autora sentia-se sempre grata a Deus por Seu cuidado bondoso e constante. Reconhecia que o rapaz precisava aprender muitas coisas e descobri-las por si mesmo. Achava-se confiante de que ele seria bem guiado. Quatro anos mais tarde o filho, cheio de alegria e gratidão, voltou à universidade e bacharelou-se em dois campos de atividade de grande significação para ele.

Ao reconhecermos a união que já existe entre o homem e o seu Pai-Mãe verdadeiro, o Amor, de quem o homem é a expressão completa e protegida, podemos, reverentemente, deixar os nossos filhos livres e observá-los “de longe”, regozijando-nos com suas experiências e sabendo que estão andando em segurança junto ao Pai-Mãe Deus.

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