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E se você não pudesse ir?

Da edição de agosto de 1978 dO Arauto da Ciência Cristã


O sofá estava convidativo depois de um dia comprido e cheio. Estava anunciado um programa de TV de uma série que eu queria ver e que perdia toda vez. Como terceira desculpa para não ir à reunião de testemunhos de quarta-feira, pensei que eu tinha direito a uma mudança de vez que durante anos meu comparecimento fora tão fiel. Ora, a ausência de uma só pessoa a um serviço, não haveria de fazer grande diferença.

Mas quando já estava para desistir do meu costumeiro programa de quarta-feira, pensei: — Faça-se, Pai, o que Tu decidires, o que Tu quiseres. Não o que eu penso querer fazer ou o que a opinião humana diz que devo fazer.

Mal e mal me havia apoiado contra as confortáveis almofadas, quando vigorosamente veio-me ao pensamento a pergunta: — E se eu não pudesse ir à igreja? — E enquanto ainda lutava com as implicações desta pergunta, ela voltou com nova ênfase: — E se você não pudesse ir?

Num pulo me pus de pé, e parecia que eu não conseguia transpor a porta da casa tão ligeiro quanto desejava. Comparecer à igreja passou a ser algo outra vez precioso. A caminho dela pensei nos muitos lugares de todo o mundo em que não se acham disponíveis serviços da Ciência Cristã ou em que têm de ser feitos às caladas, ante a possibilidade de represália. Quão grata devia eu ser por ajudar o meu próximo reunindo-me a outros para glorificar Deus!

Agradeci a Deus pelo nosso Guia e Modelo, Cristo Jesus. E por haver Ele, mediante a Sra. Eddy, nos provido, na presente era, do Consolador prometido, a Ciência do cristianismo.

Ninguém precisava lembrar-me de prestar atenção ao serviço da igreja, naquela noite. Para mim a leitura, os hinos e os testemunhos de cura estavam todos cheios de inspiração. Fui para casa com um sentimento de renovação e de contentamento que eu não teria obtido se tivesse ficado sentada no sofá da sala de estar. E senti que minha atitude de antegozo e apreço havia contribuído para a atmosfera sanadora que houve no serviço.

O proveito que tirei desta singela experiência não esteve limitado àquela noite. Fiz-me ainda outras perguntas, tais como: — E se você não tivesse nenhum periódico para ler? — Por conseguinte, comecei a encarar os periódicos da Ciência Cristã sob nova luz, tendo os olhos abertos, dispostos a ver, e passei a valorizá-los mais. Encontrei muitos artigos de especial interesse que eu talvez poderia deixar escapar. Constatei, também, que eu podia partilhar com outros os periódicos, tomada de maior alegria e mais liberdade. O que costumava aceitar sem lhe dar o devido valor, fossem os serviços na igreja, os periódicos ou as Salas de Leitura, passou, de repente, a ser algo novo e emocionante.

Lembro-me particularmente do dia em que havia batalhado com a irritação e a frustração, quase que um sentimento de culpa por não terme ocupado de modo mais produtivo. Quando por fim cheguei em casa, a correspondência estava à espera. Peguei o número corrente do Christian Science Sentinel como se ele fora uma sobremesa oferecida a uma criança que relutantemente conseguira comer sua porção de espinafre. Comecei pelo primeiro artigo e li a revista inteirinha. Raramente faço assim, pois costumo escolher um artigo e concentrar-me nele. No entanto, cada página daquele número tinha algo a me dizer naquele momento, e eu estava atenta à mensagem.

Mais tarde, naquela noite, o fone tocou: era um pedido de ajuda em Ciência Cristã.

Quando me voltei a Deus em humilde oração, eu só conseguia pensar em minha gratidão pelas oportunidades de aprender que aquele dia me oferecera. Via que o mesmo Amor divino que me ensinava como refleti-Lo era o Amor que provia esses periódicos. Sentia profunda gratidão por todo o movimento da ciência Cristã e por todos os que estão colaborando com ele. Sabia estar vendo de maneira concreta o Amor divino que cura.

Em apenas alguns minutos obtive uma convicção absoluta de que no universo de Deus, no universo governado e controlado por Seu amor, não há lugar para a dor ou qualquer tipo de discórdia. E tive a certeza de que esse universo espiritual e perfeito está aqui, agora, e que em realidade não há nenhum outro. Fora-me pedido para chamar de volta, e quando o fiz, uma prazenteira voz me atendeu, afiançando-me que tudo estava bem.

No Glossário de Ciência e Saúde a Sra. Eddy assim define “Igreja”: “A estrutura da Verdade e do Amor; tudo o que assenta no Princípio divino e dele procede.

“A Igreja é aquela instituição que dá provas de sua utilidade e que vem elevando a raça, despertando de suas crenças materiais a compreensão adormecida, para que perceba as idéias espirituais e demonstre a Ciência divina, expulsando assim os demônios, ou o erro, e curando os doentes.” Ciência e Saúde, p. 583; Não havia eu sentido uma prova do poder que a Igreja tem e da aplicação dessa definição?

Talvez tenhamos negligenciado o comparecimento à igreja, arrazoando assim: — Ir é um transtorno; não gosto da congregação; não vejo a importância de comparecer, quando posso estudar em casa e ser revigorado. — Não deveríamos examinar bem o nosso próprio conceito de Igreja, e pesar quanto amor e inspiração levamos a ela?

Paulo escreveu aos efésios: “Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem cousa semelhante, porém santa e sem defeito.” Efésios 5:25–27

Perguntemo-nos: — Estou encarando minha igreja como “igreja gloriosa”, vendo cada membro individualmente como o homem criado por Deus em vez de como um ser humano provavelmente complicado? Penso mesmo na Igreja como “a estrutura da Verdade e do Amor”, como aquela “que assenta no Princípio divino e dele procede”? Se assim for, então a estou vendo como incapaz de ter mácula, defeito, falha ou divisão.

Nossa igreja manifesta o tipo de pensamento que seus membros entretêm. A menos que vejamos o homem como perfeito e o reflexo de todas as qualidades que pertencem ao seu Criador, de que maneira haveremos de ver a Igreja na sua perfeição?

Se mantivermos sempre em mente as preciosas oportunidades que se nos oferecem de comparecer aos serviços da igreja, de partilhar com outros o nosso progresso contínuo e o apreço crescente pela Ciência Cristã, então os serviços de nossa igreja serão realmente um poder curativo e vivo, a iluminar a humanidade toda.

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