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[Original em holandês]

Uma tarde, perto da hora do pique, viajei de bonde.

Da edição de fevereiro de 1983 dO Arauto da Ciência Cristã


Uma tarde, perto da hora do pique, viajei de bonde. Fiquei sentada desde a primeira até a última estação sem prestar atenção ao que se passava a minha volta. Aproveitei o tempo para ler atentamente um artigo da Ciência CristãChristian Science (kris’tiann sai’ennss). De um momento para o outro, conscientizei-me vividamente da onipotência do Amor divino. De repente, percebi que o veículo havia parado a meio caminho entre dois pontos. Um homem havia conseguido passar por entre os passageiros do veículo superlotado e estava, agora, perto do condutor. Completamente fora de si, o homem gritava e praguejava, ameaçava cometer suicídio e proferia insultos raciais contra pessoas de cor. Isso perturbou muito os outros passageiros, um dos quais disse ao homem que se calasse ou recorreria a outros meios.

Enquanto isso acontecia, eu estava ainda imbuída do mesmo senso maravilhoso da eterna presença harmoniosa de Deus. Encarei o homem bem nos olhos e vi que ele percebeu meu olhar. Sorriu, calou e sentou-se calmamente. O condutor deu partida no bonde, prosseguindo a viagem. A tensão geral diminuiu perceptivelmente. Vi o homem levantar-se, estender a mão ao passageiro que ele havia insultado e dizer: “Espero que me perdoe. Não tive intenção de ofendê-lo.” Depois de breve hesitação, o aperto de mão foi retribuído. Quando o homem desceu do coletivo, acenou para o condutor num gesto amistoso. Isso aconteceu numa época em que havia muito temor em nossa cidade por causa de assaltos que vinham ocorrendo, e muitas pessoas tinham esta opinião: “Não se meta, se não quiser levar uma bofetada na cara.”

Sou muito grata porque Mary Baker Eddy teve a coragem e a persistência de registrar sua descoberta sob forma escrita, no livro-texto, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, que nos dá compreensão clara da Bíblia. As inúmeras bênçãos que recebi incluem as seguintes: abundância de tudo o de que tenho necessidade, cura de problemas de relacionamento humano, casos freqüentes de proteção durante muitas viagens, cura de pneumonia e de todo tipo de feridas, e parto virtualmente sem dor. Também sou grata pelo apoio que a Ciência Cristã me deu ao educar minha filha.

Certa ocasião, era evidente que eu estava com um eczema no tornozelo. Esse mal era renitente e causava muita coceira, especialmente à noite, o que me mantinha acordada. Tentei ater-me às verdades espirituais que aprendemos na Ciência Cristã, a fim de demonstrá-las. Encontrei muito conforto nas palavras da Sra. Eddy na “exposição científica do ser” (Ciência e Saúde, p. 468): “Não há vida, verdade, inteligência, nem substância na matéria.” Também muito reconfortante foi o primeiro capítulo do Gênesis, onde consta (versículo 26): “Disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança.” Eu sabia que por ser Deus Espírito, Sua imagem, o homem, tem de ser inteiramente espiritual e não pode expressar nada que não seja semelhante a Deus. O amor de Deus e Sua paz envolvem todos os Seus filhos e os protegem. Deus não favorece um filho mais do que outro. Compreendi que a desarmonia, em realidade, não passa de uma ilusão da assim chamada mente mortal. Aparece sob a forma de medo, dúvida, desânimo e apatia que tentam fazer com que não confiemos em Deus.

Embora esse raciocínio trouxesse alívio imediato, o eczema voltou a aparecer, não desaparecendo de forma permanente. Às vezes, eu pedia ajuda a uma praticista da Ciência Cristã. Parentes e amigos, que não eram Cientistas Cristãos, me alertaram para a possibilidade de que uma doença pior viesse a se desenvolver. Então, comecei a usar calças compridas para ocultar a bandagem em volta do tornozelo. Depois, compreendi que ao fazê-lo eu estava subconscientemente dando atenção indevida à dificuldade e também pensando que eu tinha de provar algo aos outros. Em vez disso, o que eu precisava era pôr de lado completamente um sentido pessoal de identidade, através do reconhecimento de que “eu nada posso fazer de mim mesmo”, conforme disse Cristo Jesus (João 5:30). Eu podia apenas refletir a perfeição de Deus.

A mudança começou numa ocasião em que os sintomas se manifestaram com muita intensidade. Imediatamente, solicitei a ajuda de uma praticista, que logo começou a trabalhar em oração e recomendou-me o estudo de certas citações da Bíblia e de Ciência e Saúde. A febre desapareceu instantaneamente e eu me senti em paz, calma. Estava de cama e evitava olhar para a perna tanto quanto possível. Não havia mais dor, mas o aspecto físico não mudou. Embora eu retornasse às minhas atividades normais algum tempo depois, para meu desagrado um pequeno ponto permaneceu aberto no tornozelo e era preciso colocar ali uma atadura.

Naquela mesma primavera, sem que o esperasse, tive a oportunidade de fazer o Curso Primário de Ciência Cristã. As lições em aula e as tarefas que nos eram dadas destacavam a importância de se reconhecer a identidade espiritual e perfeita do homem, identidade essa que lhe é dada por Deus, e de se começar as orações sempre a partir desse ponto de vista.

Fazia parte de nossas tarefas preparar um tratamento pela Ciência Cristã para um problema específico indicado pelo professor. O tratamento deveria ser lido, em voz alta, em aula. Ninguém tinha conhecimento do problema que eu vinha enfrentando. Imagine-se minha surpresa quando me foi solicitado tratar de um caso renitente de eczema! Isto me forçou a usar minha recém-adquirida percepção espiritual mais profunda, para negar especificamente um por um todos os sintomas que eu conhecia tão bem e reafirmar minha verdadeira perfeição como filha de Deus. Depois de ser lido meu trabalho em aula, recebi o seguinte comentário: “Um tratamento muito bom.” Então, tomei a decisão de usar esse tratamento para mim mesma.

Embora pareça estranho, realmente não sei quando se completou a cura desse mal cutâneo. Certo dia, pouco tempo depois de retornar do Curso, percebi que já não estava mais usando atadura. Quando olhei para o tornozelo, vi que já não havia qualquer vestígio do mal. A crença errônea havia desaparecido de minha consciência, e os sinais da doença de meu corpo. Conforme a Sra. Eddy explica no livro-texto (p. 131): “Uma vez destruída pela Ciência divina, desaparece a falsa evidência que se apresenta aos sentidos corpóreos.” Vários anos se passaram desde então, e não houve qualquer sinal de recaída do mal cutâneo. Essa cura, muitas vezes, tem-me ajudado a enfrentar melhor outros desafios.


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