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Pedindo ajuda ao pastor

Da edição de novembro de 1984 dO Arauto da Ciência Cristã


Para os que se apegam à tradição, talvez pareça haver um vazio na Igreja de Cristo, Cientista, cujos únicos pregadores são a Bíblia, e o livro-texto da Ciência CristãChristian Science (kris’tiann sai’ennss), Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de autoria de Mary Baker Eddy. Talvez haja os que pensem não terem um lugar a que recorrer, quando precisam de ajuda para demonstrar, como Ciência e Saúde declara, que “toda realidade está em Deus e Sua criação, harmoniosa e eterna” Ciência e Saúde, p. 472..

No entanto, à medida que alguém progride em obter compreensão mais completa da Ciência Cristã, torna-se-lhe aparente que o pastor singular desta Igreja oferece, a cada estudante, ajuda em tempo integral e esta ajuda está sempre disponível para atender à necessidade do momento. Numa mensagem a A Igreja Mãe, a Sra. Eddy, Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, explica este assunto da seguinte maneira: “Vosso pastor dual e impessoal, a Bíblia e ‘Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras’, está convosco; e a Vida que estes transmitem, a Verdade que ilustram, o Amor que demonstram, é o grande Pastor que apascenta o meu rebanho, e o guia ‘para junto das águas de descanso’.” Miscellaneous Writings, p. 322.

Não importa qual pareça ser a natureza do problema — grande ou pequeno — nosso pastor aí está para nos confortar, fortalecer e animar. O que precisamos fazer é nos volver a Deus com coração humilde e pedir-Lhe a ajuda; e o pastor que a Verdade ordenou dar-nos-á a orientação de que precisamos, a fim de concretizar uma cura. Desta forma cresceremos em nossa compreensão de como expressar o espírito da Verdade com maior coerência em todos os aspectos de nossa vida. Para ilustrar, permitam-me contar-lhes como uma estudante desta Ciência encontrou cura ao pedir ajuda ao pastor.

Cedo pela manhã essa mulher estava dando uma vista d’olhos nas páginas do jornal The Christian Science Monitor e notou o artigo religioso diário, que versava sobre o tema do perdão. Detendo-se abruptamente, ela recordou-se de um incidente a respeito do qual vinha abrigando sentimentos de mágoa e autojustificação, ao invés de conceder o perdão às pessoas envolvidas no caso. Após a leitura do artigo, feita com vivo interesse, a mulher sentiu o grande desejo de curar a situação e uma voz suplicante dentro dela clamou: “Ó, Deus, estou de fato me esforçando!”

A seguir, sentou-se para ler a lição-sermão semanal do Livrete trimestral da Ciência Cristã, pedindo a ajuda do pastor para inclinar-lhe o coração a perdoar e assim obter a paz a respeito dessa situação. Resolveu também escutar o que cada citação da Bíblia e do livro-texto da Ciência Cristã lhe dizia sobre a maneira de curar o infeliz relacionamento. Aquela não era a primeira vez que lia a lição bíblica da semana, cujo tema era “Verdade”, mas era a primeira vez que procurava especificamente a ajuda de Deus na solução daquele problema em particular.

A leitura alternada continha trechos da Bíblia que contavam como Cristo Jesus havia sido conduzido por seus acusadores e entregue a Pilatos para ser crucificado. Mencionava que Pilatos lhes havia perguntado: “Que acusação trazeis contra este homem?” e terminava com a pergunta de Pilatos a Jesus: “Que é a verdade?” João 18:29, 38.

Foi naquele ponto, no final da leitura alternada, que a mulher ouviu uma voz interior dizer-lhe: “Esta é a sua resposta.” Não entendendo a “resposta”, ponderou a conhecida história bíblica em relação ao problema. Raciocinou que, naquele instante em particular, seu pensamento realmente não podia ser comparado ao dos acusadores de Jesus, visto que ela não estava tentando ferir ou punir ninguém. Por outro lado, ela não achava ter chegado ao pensamento crístico de Jesus, pois estava abrigando sentimentos de mágoa e de autojustificação. Assim ficou curiosa, procurando imaginar como era que tudo isso se aplicava a si e àquela situação.

A resposta que lhe veio foi a de encarar o relato bíblico como nunca o havia encarado antes. Percebeu que seu pensamento com relação ao problema em pauta era, de alguma forma, igual ao de Pilatos: confuso, mas querendo fazer o que estava certo, desejando conhecer “Que é a verdade?” Prosseguiu raciocinando que ela, tal como Pilatos, tinha de escolher no que crer. Mas, aí a semelhança com Pilatos terminava.

A mulher sabia que não tinha de acreditar nas acusações dos cinco sentidos físicos nem confiar na vontade humana, a fim de solucionar o problema. Podia aceitar como Verdade o que o Cristo estava revelando aos seus sentidos espirituais; podia aceitar como real, naquela situação, somente a evidência do Espírito e rejeitar como irreal todo pensamento e ação opostos a Deus e a Sua criação harmoniosa e eterna.

Exatamente naquele instante, antes de seguir lendo a lição-sermão, ela reexaminou especificamente as “acusações” dos sentidos físicos, sobre as quais a vontade humana atuara: Nos últimos seis meses os novos vizinhos freqüentemente se retraíam e mostravam-se invejosos. E mantinham do lado de fora um cão preso que ladrava e uivava freqüentemente e avançava contra os estranhos. Embora os donos lhe dessem comida e água, o cão ficava muito carente de afeição. A Cientista Cristã esforçava-se ao máximo para ser gentil e amiga, tanto com os vizinhos como com o cão deles. Quando, por diversas vezes, o cão se soltou, os vizinhos decidiram que não valia a pena procurar mantêlo preso. O cão, daí por diante, adotou o jardim dessa mulher e sua porta como lar.

Ao perceber a Cientista Cristã que a solução do problema viria de escutar o que o Cristo, a Verdade, lhe dissesse a respeito da criação de Deus e de agir partindo dessa base, a inspiração começou a fluir-lhe. Deus não havia criado uma identidade que não fosse amável, querida, que estivesse fora de lugar, cheia de ferocidade bestial. E Deus nunca fizera um homem descuidado e irresponsável, ou invejoso. Ciência e Saúde explica: “O Amor é imparcial e universal na sua adaptação e nas suas dádivas.” Ciência e Saúde, p. 13. As pequenas gentilezas da Cientista Cristã, o amor que manifestava, tinham de abençoar a todos: os vizinhos, ela mesma e o cão. A Cientista Cristã declarou que as idéias de Deus podem expressar apenas Sua bondade. Viu que o verdadeiro estado do homem, a harmonia, podia ser percebido e, portanto, demonstrado, em cada relacionamento em que ela se achasse incluída.

A resposta estava ali mesmo e a mulher a reconheceu e compreendeu. Seus apelos por ter um coração amável e capaz de perdoar, e por paz, haviam encontrado resposta imediata. As acusações cederam ao amor pela bondade divina e pelo cuidado de Deus para com todas as Suas idéias e à melhor compreensão de como o poder governante da Mente pode incidir em todos os aspectos da vida de uma pessoa. A inspiração de como pensar e agir desde uma base mais espiritual, naquela situação específica, continuou a desenvolver-se enquanto a mulher escutava o pastor e a ele correspondia mediante o estudo das seis seções da lição bíblica. Não só recebeu ânimo e orientação, mas toda a situação ficou repentinamente resolvida.

Mais tarde, na mesma manhã, enquanto a Cientista falava com os vizinhos, estes expressaram preocupação pelo fato de terem sido incapazes de manter o cão no jardim deles. Entre as diversas opções que mencionaram, achava-se a de levar o animal de estimação a uma sociedade humanitária. Alertada sobre essa possibilidade, a mulher reafirmou o governo que a Mente exerce sobre cada idéia espiritual e recusou-se a aceitar que uma idéia pudesse estar deslocada, ficar sem lar ou ser destruída.

Naquela tarde os vizinhos, alegres e cordiais, contaram-lhe que haviam levado o cão para o abrigo de animais e que, depois de haverem chegado àquele lugar, uma mulher à procura de um animal de estimação viera de carro até o mesmo local. Ela havia escolhido o cão que eles acabavam de entregar e o levara para a casa dela! Que alegria a Cientista Cristã e os vizinhos sentiram com tal resultado. E quão grata a Cientista se sentia pela ajuda recebida naquela manhã, enquanto lia a lição.

Toda vez que nos volvemos para o nosso pastor com um coração que perscruta, encontramos, de fato, a inspiração que atende às nossas necessidades. A cura total pode evidenciar-se repentinamente ou pode levar algum tempo. Em ambos os casos, desde logo podemos manter a firme convicção de que não estamos a sós em nossa luta. Quando obstáculos para uma cura surgem, nosso pastor dá-nos o ânimo necessário e a orientação de que precisamos a fim de remover as obstruções tais como o medo, a frustração, a confusão, o sentimento de incapacidade ou seja lá o que for. E, atentos, com um sentido de antecipação e descoberta, provaremos a veracidade desta promessa de Jeremias: “Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, que vos apascentem com conhecimento e com inteligência.” Jeremias 3:15.

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